tag:blogger.com,1999:blog-71328023816729259342024-02-06T19:47:27.720-08:00Edward DennettTextos por Edward Dennett (1831-1914).
Ilustrações de Londres por Joseph Pennell (1857-1926)Unknownnoreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-88053447226211826862014-07-07T10:43:00.000-07:002014-07-07T10:43:00.407-07:00Cartas a um novo convertido - 12 - Oracao<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Oração</span></b></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpKupovXdeZPCnCZSiNIfHvXWS5QtD99BKX_IZ1Bg1DaPkfQLJy4mWv0ZCeqakJI5SxEfKJ6rI9yhtsLTU768wpzJwwTl126AqXk348-JiCrksJ84PDJxNVoCuboBIbbQQEJAHdatUlJx2/s1600/p19plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpKupovXdeZPCnCZSiNIfHvXWS5QtD99BKX_IZ1Bg1DaPkfQLJy4mWv0ZCeqakJI5SxEfKJ6rI9yhtsLTU768wpzJwwTl126AqXk348-JiCrksJ84PDJxNVoCuboBIbbQQEJAHdatUlJx2/s1600/p19plate.jpg" height="400" width="321" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">Prezado irmão,</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Resta apenas mais um assunto para lhe apresentar nesta série de cartas. Em minha última carta mostrei a importância da Palavra de Deus e agora gostaria de falar da oração e de sua conexão com a vida espiritual. Ambas as coisas - a Palavra de Deus e a oração - estão sempre ligadas. Assim também foi nos benditos afazeres da vida de nosso Senhor. Após um longo dia de ministério, encontramos um registro como este: "Porém Ele retirava-se para os desertos, e ali orava" (Lucas 5.16); "E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus" (Lucas 6.12). O mesmo encontramos nos primórdios da igreja, pois quando surgiram dificuldades com respeito à distribuição das ofertas dos santos, o apóstolo disse, "Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas... nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra" (Atos 6.2-4). O apóstolo Paulo também uniu a Palavra de Deus à oração quando descreveu a armadura completa de Deus: "Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito" (Efésios 6.17,18).</span></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: inherit;"><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Temos, além do mais, exortações diretas para a oração, como por exemplo, "perseverai na oração", "orai sem cessar", etc. (Romanos 12.12; I Tessalonicenses 5.17, e também Lucas 18). Se você ler também as introduções das epístolas de Paulo, verá como ele próprio agia de acordo com as suas exortações. À medida que você for seguindo o caminho do apóstolo, como nos é traçado no livro de Atos, chegará a pensar que ele nunca fez coisa alguma além de pregar; mas ao ler as introduções e outras partes de suas epístolas, você quase chegará a conclusão de que ele nunca fez outra coisa senão orar. Aproximando-se do exemplo de nosso bendito Senhor em Seus incansáveis trabalhos, iremos encontrar que Ele descobriu - sim, que Ele até mesmo aprendeu - a necessidade de esperar constantemente em Deus. De modo semelhante, a oração é uma necessidade para cada filho de Deus, pois em nós mesmos somos fracos e incapazes, totalmente dependentes, e a oração nada mais é do que a expressão de nossa dependência nAquele a Quem oramos. Sendo dependentes de Deus para tudo, nossas próprias necessidades nos levam correndo à Sua presença; e pela liberdade de acesso que temos por meio de Cristo, graças ao lugar que ocupamos e em virtude do parentesco que desfrutamos, é mister que "cheguemos pois com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça a fim de sermos ajudados em tempo oportuno" (Hebreus 4.16).</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">1. Nosso Senhor ensina como deveria ser, por assim dizer, a maneira de orarmos. Falando aos Seus discípulos acerca da época quando Ele estaria ausente, Ele diz, "E tudo quanto pedirdes em Meu nome Eu o farei"; e mais uma vez, "Se pedirdes alguma coisa em Meu nome, Eu o farei" (João 14.13,14). Duas coisas estão envolvidas nisto. O nome de Cristo é nossa garantia para nos apresentarmos diante de Deus, diante do Pai, recordando-nos de que nossas únicas credenciais para essa aproximação encontram-se em Cristo somente. Com certeza isto nos dá confiança. Se fosse para pensarmos em nós mesmos, em nossas falhas e indignidades, nunca iríamos nos aventurar a entrar na presença de Deus; mas quando os nossos olhos estão voltados para Cristo, para o que Ele é em Si mesmo, o que Ele é para Deus, e o que Ele é para nós, lembrando-nos de que entramos na presença de Deus em toda a infinita aceitação que Cristo ali desfruta, somos levados a compreender que Deus tem prazer em nós - em nos aproximarmos, em nossas lágrimas e orações. Somos, assim, encorajados a nos aproximarmos de Deus, e a derramarmos nosso coração diante dEle a qualquer hora de tribulação ou necessidade.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Mas pedir em nome de Cristo é mais do que usar o Seu nome como uma credencial de acesso; trata-se, na verdade, de nos apresentarmos diante de Deus munidos de todo o valor e autoridade daquele nome. Se, por exemplo, eu vou a um banco para sacar o dinheiro de algum cheque que recebi, estou retirando aquele valor em nome da pessoa que assinou o cheque. Do mesmo modo, quando me apresento diante de Deus em nome de Cristo, estou apresentando minhas súplicas a Deus com base em todo o valor que aquele nome tem para Deus. É por isso que nosso Senhor diz que, "se pedirdes alguma coisa em Meu nome Eu o farei" (João 14.14), pois trata-se verdadeiramente de um gozo para o coração de Deus aceitar toda petição que é assim apresentada. A promessa é absoluta, sem qualquer limitação; pela simples razão de que nada poderia ser pedido em nome de Cristo que não estivesse de acordo com a vontade de Deus. Pois não poderíamos nos valer de Seu nome para qualquer pedido que não tivesse sido inspirado em nosso coração pelo próprio Espírito de Deus.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">2. No capítulo 15 de João, nosso Senhor nos dá mais instruções a respeito do mesmo assunto. "Se vós estiverdes em Mim, e as Minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito" (João 15.7). Podemos conectar isto com outra passagem: "E esta é a confiança que temos nEle, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve" (1 João 5.14). Vemos que é segundo a vontade de Deus, o que exclui tudo aquilo que não esteja neste caráter. Mas nosso Senhor diz, "tudo o que quiserdes", e isto nos traz diante de um aspecto muito importante da oração. Neste caso trata-se de algo condicional: "Se vós estiverdes em Mim, e as Minhas palavras estiverem em vós"; isto é, permanecendo em Cristo, lembrando-nos sempre de nossa dependência dEle para tudo, e de que sem Ele nada podemos fazer; e Suas palavras permanecendo em nós, nos moldando conforme a Sua vontade, nos fazendo conformes a Si mesmo, necessariamente iremos expressar Seus próprios pensamentos e desejos, e, consequentemente, o "tudo o que quiserdes" acabará sendo, neste caso, "segundo a Sua vontade". Será notado, ao mesmo tempo, que o poder de nossas orações depende de nossa condição espiritual. Trata-se de um princípio infalível. O mesmo é apresentado pelo apóstolo João: "Se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que os nossos corações, e conhece todas as coisas. Amados, se o nosso coração nos não condena, temos confiança para com Deus; e qualquer coisa que Lhe pedirmos, dEle a receberemos; porque guardamos os Seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à Sua vista" (1 João 3.20,22). Tiago também nos diz que, "a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos" (Tiago 5.16). Isto é de extrema importância, pois se negligenciarmos nosso estado espiritual, e como consequência perdermos nossa presente comunhão com Deus, nossas orações se tornarão frias e sem vida, degeneradas em uma repetição de verdades conhecidas ou de velhas frases, perdendo assim todo o seu significado e transformando-se em fórmulas mortas. As palavras se repetirão a fim de satisfazer a consciência, mas não expressarão qualquer necessidade sincera, e nenhum derramar da alma perante Deus, deixando de trazer qualquer tipo de resposta ou bênção. Cuidado com um tal estado de espírito! Ele geralmente é prenúncio de um descarrilamento na vida do crente, e, se não for reprimido a tempo pela graça de Deus, irá acabar lançando a alma em aberta vergonha e desonra ao nome de Cristo.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">3. Os usos da oração são múltiplos. Em primeiro lugar, o Senhor nos associou Consigo mesmo em todos os Seus desejos. Sim, nossa comunhão é com o Pai, e com o Seu Filho Jesus Cristo (1 João 1.3). Por isso, Deus espera que o nosso amor seja dirigido para tudo aquilo que é precioso ao Seu próprio coração. Ele nos incluiu em Seus interesses, e, portanto, quer que nos inteiremos da Sua vontade e que esta seja o objeto de nossas orações. Que imenso privilégio! Ele nos permite percorrer todos os Seus propósitos que nos são revelados na Sua Palavra; assistir com gozo ao cumprimento dos mesmos; observar a todos eles convergindo para a Pessoa do Seu amado Cristo e irradiando da mesma Pessoa, enquanto que tudo se reverte em glória ao Seu nome! Verdadeiramente, se formos capazes de entrar totalmente no gozo dessa esplêndida posição, pelo poder do Espírito, não deixaremos de ter um assunto ou um motivo para orar.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Além disso, podemos expressar em oração as múltiplas necessidades de nossas próprias almas. "Não estejais inquietos por coisa alguma: antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus" (Filipenses 4.6,7). O mais marcante nesta passagem é que ela é encontrada no mesmo capítulo em que o apóstolo nos assegura, "O meu Deus, segundo as Suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus" (Filipenses 4.19). Apesar desta bendita confiança que temos, continua válido o desejo de Deus para que nós, com toda a liberdade que temos como filhos, façamos conhecidas diante dEle as nossas petições; e embora Ele não nos prometa que sempre atenderá a todas elas sem distinção, Ele nos assegura que a Sua paz guardará os nossos corações. É desta forma, portanto, que se estabelece a confiança em nosso relacionamento para com Deus; que é formado o inestimável hábito de podermos abrir o nosso coração, sem reservas, para com Ele, e que é cultivada a intimidade de comunhão. Foi em relação a isto que o salmista exclamou, "Confiai nEle, ó povo, em todos os tempos; derramai perante Ele o vosso coração" (Salmo 62.8); e o apóstolo Pedro disse, "Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós" (1 Pedro 5.7).</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">4. Deve ser acrescentado que a palavra de Deus dá grande ênfase à conexão da fé com a oração. Nosso Senhor diz, "Por isso vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis" (Marcos 11.24). Tiago também, após sua exortação para que se peça a Deus a sabedoria, diz, "Peça-a, porém, com fé, não duvidando" (Tiago 1.6); e em outra passagem, acrescenta que "a oração da fé salvará o doente" (Tiago 5.15). O mesmo encontramos em Hebreus, quando lemos que "sem fé é impossível agradar-Lhe: porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que O buscam" (Hebreus 11.6). É fácil compreender isto, pois certamente Deus tem o direito de contar com nossa confiança em Seu amor e no Seu caráter, e com nossa fé na Sua Palavra, uma vez que Ele já Se revelou tão plenamente a nós na Pessoa de Seu Filho. Por isso, seria uma desonra para o Seu nome se duvidássemos ao nos aproximarmos dEle. E assim como Ele espera que tenhamos confiança e fé, Ele deseja que contemos com Sua fidelidade e amor. Por isso o nosso bendito Senhor recorda a Seus discípulos, "vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós Lho pedirdes" (Mateus 6.8). E o apóstolo Paulo nos ensina que, "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" (Romanos 8.32). Portanto, é o dom do Seu próprio Filho, Sua maior dádiva e a mais perfeita garantia do Seu amor, que é o fundamento sobre o qual podemos descansar, em completa confiança de que Ele não nos privará de qualquer bem, e que ainda Se deleitará em nos abençoar conforme o Seu próprio coração, e de acordo com o Seu próprio conhecimento de nossa necessidade.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">5. Mais uma vez, toda verdadeira oração deve ser no Espírito Santo, e por meio dEle. (Leia Romanos 8.26,27; Filipenses 3.3; Judas 20). Ele é o poder para a oração, como também o é para toda atividade da vida espiritual. Somos, assim, totalmente dependentes do Senhor Jesus Cristo para termos acesso a Deus; dependentes do Espírito Santo para termos o poder para orar, e dependentes de Deus para recebermos as bênçãos que buscamos. Ao Seu nome seja dado todo o louvor!</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Não vou me estender mais do que isto. Porém creio que você entenderá que devo exortá-lo quanto à importância de perseverar em oração. Não temos o direito de impor quaisquer normas ou regras quanto a este assunto, seja com respeito à hora ou à frequência com que se deve orar. Mas de uma coisa você pode ter certeza - nunca é demais orar. E se você permanecer na presença de Deus, encontrará sempre o momento e a disposição necessários à oração. Nossa responsabilidade é orar sem cessar, sempre mantendo sem interrupção a consciência de dependência, e de nossa necessidade da graça divina. Assim estaremos sempre lançando sobre Deus toda a nossa ansiedade, sempre desfrutando de liberdade de coração em Sua presença, e consequentemente estaremos sempre encontrando, no constante recebimento de Suas misericórdias, graça e bênção como respostas às nossas petições, as quais certamente se transformarão em novos temas para louvor e ações de graças.</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-74579637371986644312014-07-06T10:39:00.000-07:002014-07-06T10:39:00.062-07:00Cartas a um novo convertido - 11 - A Palavra de Deus<div align="center" style="background-color: white;">
<span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>A Palavra de Deus</b></span></div>
<div align="left" style="background-color: white;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZAXhTeiqfMiWozZ03zsen_DguoS4lanYpMLljaqAud-HH6lYluU8uT-b_-Lh4rS7z-KY64VatPmlabTBRprqss3Hcydm4kMcbEajEixiOHpWRzdHOHZFe_ayEOI64rsdWhYq8GnM4E53_/s1600/p07plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZAXhTeiqfMiWozZ03zsen_DguoS4lanYpMLljaqAud-HH6lYluU8uT-b_-Lh4rS7z-KY64VatPmlabTBRprqss3Hcydm4kMcbEajEixiOHpWRzdHOHZFe_ayEOI64rsdWhYq8GnM4E53_/s1600/p07plate.jpg" height="400" width="312" /></a></div>
<div style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="left" style="background-color: white;">
<span style="font-family: inherit;">Prezado irmão,</span></div>
<div style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br />Nunca é demais darmos ênfase à importância e ao valor da Palavra de Deus. O amor a ela deveria verdadeiramente ser uma característica de todo crente; e não seria demais acrescentar que o nosso crescimento na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo está amplamente ligado a ela. Veja, por exemplo, o Salmo 119 e você irá constatar como ele está relacionado com cada fase na vida espiritual do salmista. Algumas de suas expressões podem bem nos deixar humilhados, na medida em que nos revelam o lugar que a Palavra ocupava em suas afeições. Ele diz, "Recrear-me-ei nos Teus estatutos: não me esquecerei da Tua palavra", "também os Teus testemunhos são o meu prazer e os meus conselheiros", "e recrear-me-ei em Teus mandamentos, que eu amo" (vers. 16, 24, 47). Em uma linguagem ainda mais forte, ele exclama, "Oh! quanto amo a Tua lei! é a minha meditação em todo o dia"; e ainda mais, "Pelo que amo os Teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino" (vers. 97, 127). Jó, de maneira semelhante diz, "as palavras da Sua boca prezei mais do que o meu alimento" (Jó 23.12). E desde aquela época até os nossos dias, a mesma característica sempre foi encontrada em todas as mentes sinceras, devotas e espirituais. Proponho, portanto, mostrar a você nesta carta alguns dos muitos aspectos nos quais a Palavra de Deus é apresentada, em sua relação com o crente.</span></div>
<a name='more'></a><span style="color: black; font-family: inherit;"><br />1. É por meio dela que se dá o novo nascimento. "Segundo a Sua vontade, Ele nos gerou pela palavra da verdade." (Tiago 1.18). "Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre" (1 Pedro 1.23). Nosso Senhor ensina a mesma verdade quando diz que o homem tem que "nascer da água e do Espírito" (João 3); pois a água é um bem conhecido símbolo da Palavra (compare com Efésios 5.26).<br /><br />2. Assim como por meio dela se dá o novo nascimento, ela é também o alimento adequado para a nova natureza. Pedro assim declarou: "Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo: se é que já provastes que o Senhor é benigno" (1 Pedro 2.2,3). Somos constantemente lembrados de que "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus" (Mateus 4.4; Deuteronômio 8.3). A Palavra é, portanto, o alimento e sustento adequado para a vida espiritual, o meio de nos mantermos nutridos e fortalecidos em Cristo, à medida que seguimos em nossa jornada através do deserto, aguardando a volta do Senhor, ou a nossa partida para estarmos com Ele, o que é muito melhor. Digo em Cristo, pois, como você já sabe, o próprio Cristo é nosso alimento, tanto no sentido do maná ou do fruto da terra prometida (Êxodo 16.15, 31; Josué 5.11,12), como também, voltando ainda mais no tempo, o cordeiro assado no fogo de que nos fala Êxodo capítulo 12; e é somente na Palavra de Deus que Ele nos é revelado nestes Seus diversos caracteres. Se queremos colher o maná para nossa necessidade diária, temos que percorrer os evangelhos e epístolas, onde encontramos Cristo apresentado de uma forma especial para nós como o humilde Cristo encarnado; e do mesmo modo, se desejarmos nos alimentar dEle como o "fruto da terra", o Cristo glorificado, somos levados a buscar as epístolas, como Colossenses 3 ou Filipenses 3, que O apresentam em num caráter assim para nossa alma. As Escrituras são, deste modo, os "verdes pastos" aos quais o Bom Pastor quer levar o Seu rebanho.<br /><br />3. A Palavra de Deus é nosso único guia. "Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra, e luz para o meu caminho." (Salmo 119.105). Quando Josué estava para introduzir o povo de Israel na terra de Canaã, o Senhor lhe disse, "Tão somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que Meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e então prudentemente te conduzirás" (Josué 1.7,8). Do mesmo modo como ocorre no Antigo Testamento, no Novo Testamento a Palavra de Deus é constantemente apresentada como nosso único guia, à medida que atravessamos este mundo cheio de perigos.</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><em style="font-family: inherit;">"Qual pilar de fogo numa noite atroz</em></span></div>
<span style="color: black; font-family: inherit;">
<em></em></span>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><em><em style="font-family: inherit;">E radiante nuvem na jornada ao dia;</em></em></span></div>
<span style="color: black; font-family: inherit;"><em>
<div style="text-align: center;">
<em style="font-family: inherit;">Se nos ferem ondas deste mar veloz,</em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="font-family: inherit;">Tua Palavra é âncora, bússola e guia!"</em></div>
</em>(Leia Atos 20.32; 2 Tessalonicenses 3.14; 2 Timóteo 3.15-17; 2 Pedro 1.15; 1 João 2.27; Judas 3).<br /><br />4. A Palavra de Deus é nosso meio de defesa contra as tentações e "ciladas do Diabo", ao mesmo tempo em que é chamada de "espada do Espírito" (Efésios 6.17). Foi a única arma de nosso bendito Senhor durante a Sua tentação. A todas as seduções que Satanás colocou diante de Sua alma - e Satanás O atacou por todos os lados e de todas as formas - Ele respondia, "Está escrito...". Da primeira à última, Ele nunca expressou um pensamento sequer de Si mesmo, mas confiou a Sua defesa inteira e unicamente na Palavra de Deus. Consequentemente, Satanás ficou completamente sem poder algum contra o Senhor; não podia avançar um passo sequer, tendo que bater em retirada derrotado e frustrado em seu intento. E como aconteceu então, ele fica sem poder ainda hoje, quando é enfrentado da mesma maneira. Ele não pode tocar um crente obediente e dependente de Deus. Que todo crente, jovem ou velho, possa ter sempre isto em mente!<br /><br />5. A Palavra de Deus é o único padrão de doutrina e de prática. Por isso temos que provar pela Palavra tudo aquilo que nos for apresentado. Em cada uma das cartas às sete igrejas, lemos, "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Apocalipse 2.7,11,17,29; 3.6,13,22). Tanto elas como suas práticas tinham que ser avaliadas segundo o infalível padrão da Palavra. Do mesmo modo, com frequência o apóstolo Paulo recorda, àqueles a quem escreve, a responsabilidade de avaliar tudo à luz daquilo que ele havia ensinado. (Veja, por exemplo, em Gálatas 1.8,9; 1 Coríntios 15.1-11; 2 Tessalonicenses 2.15; 3.14.)<br /><br />6. A Palavra de Deus é o meio pelo qual alcançamos santidade prática. Nosso Senhor assim orou, quando Se apresentou diante do Pai: "Santifica-os na verdade: a Tua palavra é a verdade" (João 17.17). É, portanto, somente pela aplicação constante da Palavra em nós mesmos, em nosso andar e em nossos caminhos, que vamos sendo gradativamente afastados do mal; do mesmo modo como é pela aplicação da Palavra por meio do Espírito que o Senhor, como nosso Advogado perante o Pai, lava os pés daqueles que são Seus. Esta é a obra que Ele, em Sua graça, tem executado em nosso favor. Não devemos, porém, nos esquecer da responsabilidade que nos cabe de continuamente nos julgarmos pela Palavra na presença de Deus. Quantas provas e repreensões seriam evitadas se fossemos mais fiéis neste particular! "Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados" (1 Coríntios 11.31). Sendo assim, o salmista pergunta, "Como purificará o mancebo o seu caminho? observando-o conforme a Tua palavra" (Salmo 119.9). E ele reafirma, "pela palavra dos Teus lábios me guardei das veredas do destruidor" (Salmo 17.4). É somente pelas Escrituras que aprendemos a vontade de Deus; e é pela aplicação da Palavra no poder do Espírito que somos separados, por um lado, daquilo que é contrário à Sua vontade, e somos levados, por outro lado, a nos conformar com essa mesma vontade. Isto se torna um processo constante no qual vamos atingindo uma santidade cada vez maior, cuja perfeição só é encontrada no Cristo glorificado à direita de Deus.<br /><br />7. Finalmente, gostaria de lembrá-lo do valor que Deus dá à obediência à Sua Palavra. Veja, por exemplo, a conhecida passagem, "Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra, e Meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada" (João 14.23). Veja que imensa bênção está condicionada a guardarmos a Sua Palavra! Por isso jamais deveríamos passar por alto o fato de que nesta passagem é inteiramente condicional a promessa do amor do Pai e de Sua vinda juntamente com o Filho para fazer morada conosco. E ainda no capítulo seguinte, Ele diz, "Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; do mesmo modo que Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e permaneço no Seu amor" (João 15.10). Embora sem querer multiplicar as citações, pode-se acrescentar o versículo que se encontra no final do registro sagrado, quando Ele diz, "Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro" (Apocalipse 22.7). Desta forma Ele não apenas espera que apreciemos e entesouremos aquilo que Ele Se dignou a nos comunicar, mas também que nos deliciemos, em nossos corações, com cada Palavra que procede da Sua boca. Sim, Ele fez da obediência a mais alta expressão de nosso amor. "Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos" (João 14.15).<br /><br />Por meio deste simples esboço de alguns dos usos da Palavra de Deus, e de algumas de nossas responsabilidades em relação a ela, você irá pelo menos reconhecer sua suprema importância para o crente. Permita-me, então, fazer uma ou duas observações práticas que poderão ser úteis a você e a outros jovens cristãos. Antes de mais nada, você verá a necessidade de se familiarizar com as Escrituras. Por exemplo, eu não poderia repelir uma tentação, como o Senhor o fez, a menos que estivesse familiarizado com as passagens das Escrituras que atendessem àquela necessidade específica. Do mesmo modo, podem existir muitas situações em que eu poderia me desviar simplesmente por não saber que o Senhor já revelou a Sua vontade na Sua Palavra para aquele determinado caso. Portanto, uma das primeiras obrigações do crente é estudar a Palavra de Deus. "Filho Meu, se aceitares as Minhas palavras, e esconderes contigo os Meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, e para inclinares o teu coração ao entendimento, e se clamares por entendimento, e por inteligência alçares a tua voz, como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria: da Sua boca vem o conhecimento e o entendimento." (Provérbios 2.1-6). É neste espírito que você deve buscar e sistematicamente estudar as Escrituras, se deseja estar "perfeitamente instruído para toda a boa obra" (2 Timóteo 3.17). Não estou dizendo: "Não leia outro livro", mas sim que faça da Bíblia sua principal companhia, e limite-se tanto quanto for possível a ler somente aqueles livros que irão ajudá-lo a compreendê-la, pois deveria ser o principal desejo de todo crente conhecer plenamente a mente e a vontade de Deus.<br /><br />Devo também aconselhá-lo, se você lê muito, que medite bastante. "O preguiçoso não assará a sua caça" (Provérbios 12.27). Ele encontra seu prazer na caçada, mas uma vez que encontra uma caça, já se dá por satisfeito. Assim acontece com muitos ao lerem a Palavra. O seu prazer fica sendo adquirirem a verdade, e uma vez que conseguem, se satisfazem e acabam não desfrutando das suas bênçãos. Em uma passagem que já citei, o Senhor diz a Josué, "Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite" (Josué 1.8; leia também Salmo 1.2; 119.97; Provérbios 22.17,18; 1 Timóteo 4.15). Pois é pela meditação na presença do Senhor que toda a doçura, beleza e poder da Palavra nos são desvendados. Nunca, portanto, perca uma oportunidade de meditar nas Escrituras que você estiver lendo. E, finalmente, lembre-se sempre de estar totalmente dependente do Espírito de Deus para a compreensão da Palavra. "Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus" (1 Coríntios 2.11,12).<br /><br />Se você ler desta maneira as Escrituras, será levado diariamente a uma crescente familiaridade com a verdade, estando então em uma comunhão cada vez mais íntima com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo.</span><br />
<div style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-81375372037981213362014-07-05T10:34:00.000-07:002014-07-05T10:34:00.316-07:00Cartas a um novo convertido - 10 - Ministerio<br />
<div align="center" style="background-color: white;">
<span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Ministério</b></span></div>
<div align="left" style="background-color: white;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmfFokTh9NVeEWkAVe2Hpj_phyphenhyphenEuCQBlL9M1pJ5V9khU2obWefIw61bS8hKZa4ET4iY-gg2gEmv3B_IKgLMrqAnFqyFE_aEs0PKmGhK31JsNCB2yANCgOwaIbL3ZCBPGmvSZk0Gfi9Kmom/s1600/p34plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmfFokTh9NVeEWkAVe2Hpj_phyphenhyphenEuCQBlL9M1pJ5V9khU2obWefIw61bS8hKZa4ET4iY-gg2gEmv3B_IKgLMrqAnFqyFE_aEs0PKmGhK31JsNCB2yANCgOwaIbL3ZCBPGmvSZk0Gfi9Kmom/s1600/p34plate.jpg" height="292" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; text-align: center;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="left" style="background-color: white;">
<span style="color: black; font-family: inherit;">Prezado irmão,<br /><br />É surpreendente notarmos que o ministério que é praticado nas chamadas "igrejas" da Cristandade não tem a mínima semelhança com o que encontramos na Palavra de Deus. Procure o mais que puder, desde os tempos quando a Igreja de Deus foi constituída, até à conclusão do registro inspirado (as Escrituras), e você não encontrará um traço sequer de haver existido a prática do ministério por um único homem. São mencionados apóstolos, anciãos (ou bispos), diáconos, pastores e doutores (ou mestres), e evangelistas; mas não existe qualquer indicação de algo parecido com os ministros e pregadores de nossos dias. Pois todas as denominações da Cristandade - salvo uma ou duas exceções pouco significativas - concordam em sua opinião quanto ao que é o ministério. Nas denominações, como regra geral, um homem é escolhido para cuidar ou tomar o encargo de uma "igreja" ou congregação, e dele se espera que ensine, pregue o evangelho e seja um pastor. Em poucas palavras, espera-se que nele estejam unidos os ofícios de um ancião, e os dons de um pastor e mestre, e também de um evangelista. Desta forma, é comum ocorrer que somente um homem tenha o completo e contínuo cuidado da mesma congregação por vinte, trinta ou quarenta anos; e não pode ser negado que os cristãos professos gostam que seja assim.</span></div>
<a name='more'></a><span style="color: black; font-family: inherit;"><br />Mas a questão é: será que tal prática é bíblica? Conto com mais um pouco de sua paciência enquanto procuro responder a esta pergunta com base na própria Palavra de Deus. Nem preciso lembrá-lo de que nosso bendito Senhor escolheu apóstolos durante Sua jornada terrena, e que, após Sua ressurreição e ascensão, apareceu a Saulo e também o escolheu, fazendo dele, de uma forma especial, o apóstolo dos Gentios (Leia Atos capítulos 9, 22, 26 e 1 Coríntios capítulo 15).<br /><br />Os apóstolos, como todos reconhecem, tiveram um lugar único e peculiar foram dotados de autoridade e dons extraordinários e nunca tiveram sucessores. Não deveria detê-lo por mais tempo falando sobre isto pois a inexistência de sucessores dos apóstolos é geralmente aceita fora das igrejas Romana e Anglicana (ao menos no Ocidente). Portanto creio que duas passagens serão suficientes. Pedro, escrevendo aos crentes de seu próprio povo "aos estrangeiros dispersos no Ponto", etc. diz, "eu procurarei (por meio de sua carta) em toda a ocasião que depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas" (2 Pedro 1.15). Assim ele os entregava, para o futuro, à direção estabelecida pela Palavra escrita (e não pela sucessão apostólica). Do mesmo modo, Paulo, ao se dirigir aos anciãos da Igreja em Éfeso, alertando-os para as dificuldades e perigos que haviam de vir, diz, "Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça" (Atos 20.32). Portanto, os dois grandes apóstolos o da circuncisão, e o da incircuncisão concordavam neste ponto; igualmente declaram que a fonte onde a Igreja deveria buscar o seu suprimento deveria ser a Palavra de Deus. Fica bem evidente que eles não previam sucessores para exercer o seu ofício.<br /><br />O ofício seguinte, na ordem que nos é apresentado na Palavra de Deus, é o de bispos ou anciãos. Digo bispos ou anciãos pois na verdade nada mais são do que dois nomes para o mesmo ofício. O capítulo 20 de Atos torna isto bem evidente e elimina qualquer discussão que se pretenda a respeito. Lemos ali que Paulo mandou chamar os "anciãos da igreja" (vers. 17). Ao se dirigir a eles, ele os chama de "bispos" (vers. 28). Bem, eles nunca são encontrados no singular. A Igreja em Éfeso, no versículo que citamos, tinha mais de um bispo. Paulo chamou os "anciãos" da Igreja. O mesmo ocorre em Atos 14.23 quando Paulo e Barnabé elegeram "anciãos em cada igreja". Também na epístola aos Filipenses lemos de "bispos e diáconos" (Filipenses 1.1), "anciãos" (Atos 15.23) ou "presbíteros" (Tito 1.5).<br /><br />Passando agora à questão dos dons, que se trata de algo distinto dos ofícios, iremos encontrar "pastores e doutores" (ou mestres, segundo outras traduções) (Efésios 4.11). Vou tratar de ambos de uma só vez pois, na verdade, eles encontram-se ligados nas Escrituras, e ligados de uma forma tão estreita na passagem citada como que para indicar que poderiam ser encontrados em uma mesma pessoa. Será que isto autorizaria uma só pessoa a tomar o encargo de toda uma congregação? De maneira nenhuma, pois lemos que "na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores", sendo apresentados a seguir os nomes de pelo menos cinco deles (Atos 13.1).<br /><br />Para aqueles que pensam que Timóteo e Tito formam uma evidência em contrário, basta uma breve análise para que isto também seja esclarecido. A Tito é dito claramente que ele havia sido deixado em Creta para que pusesse "em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesse presbíteros" (Tito 1.5); e a Timóteo são mostradas quais as qualificações dos bispos (1 Timóteo 3), e é expressamente ordenado para não impor "precipitadamente as mãos" a ninguém (1 Timóteo 5.22), isto é, para não designá-los para o ofício. Portanto nada pode estar mais claro do que o fato de que estes dois, Timóteo e Tito, estavam agindo com a autoridade que lhes foi delegada pelo apóstolo e como tais estavam fazendo um tipo de supervisão geral, tendo ainda autoridade para nomear homens idôneos para o ofício de bispos e diáconos; uma autoridade exercida por indivíduos, e não por igrejas. E ela nunca foi exercida senão pelos apóstolos, ou no caso que acabamos de ver, por seus delegados diretos, nunca tendo sido transmitida a qualquer sucessor, e havendo consequentemente cessado com a morte dos apóstolos.<br /><br />Falta ainda outro dom que deve ser notado - o dom de evangelista (Efésios 4.11). Vem depois de "profetas", mas vamos tratar dele antes devido ao seu caráter. Como o próprio nome diz, o trabalho do evangelista é pregar o evangelho; portanto o alvo do seu ministério não é a Igreja, mas o mundo. O próprio Senhor descreve a responsabilidade do evangelista quando ordena aos Seus apóstolos, "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura" (Marcos 16.15). Tentar limitar o trabalho de um evangelista a uma congregação, ou mesmo a uma única vila ou cidade, é ignorar o propósito do seu dom. Por isso o apóstolo Paulo, quando fala de si mesmo a este respeito, diz, "Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma" (Romanos 1.14,15).<br /><br />Voltamos à questão: De acordo com a Palavra de Deus, qual é o verdadeiro caráter do ministério? Em primeiro lugar, ele flui de Cristo que está à direita de Deus, como Cabeça da Igreja. É Ele a fonte. "Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo. Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens... E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" (Efésios 4.7-13). Eis um princípio importante: os dons não foram dados à Igreja, mas aos homens para benefício da Igreja. Sendo assim, aqueles que os receberam são responsáveis - não perante a Igreja, mas diante do Senhor - pelo seu exercício. Portanto a Igreja fica impossibilitada de designar pastores e doutores (ou mestres) ou qualquer dos dons mencionados, uma vez que vimos que a responsabilidade da Igreja é de receber o ministério de todo aquele que foi qualificado pelo Senhor para a sua edificação. Assim como o ofício apostólico de Paulo, o dom não vem "da parte dos homens, nem por homem algum" (Gálatas 1.1), mas do Cristo ressuscitado.<br /><br />Existe outra verdade de igual importância, a saber, que os dons só podem ser adequadamente exercitados no poder do Espírito Santo. A presença do Espírito Santo é a característica marcante desta dispensação. Ele habita na casa de Deus, a Igreja, e habita também nos crentes (João 7.39; 14.16,17; Atos 2; Romanos 8.15,16; 1 Coríntios 6.19; 2 Coríntios 6.16; Efésios 1.13; 2.22; etc.). Portanto, quando os crentes estão reunidos, conforme nos ensina 1 Coríntios 12 e 14, o Espírito Santo atua soberanamente nos membros do corpo de Cristo e também por meio destes, de acordo com o dom de cada um: "Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;... mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer" (1 Coríntios 12.8-11). Qualquer regra humana para o ministério na assembléia não só é incompatível com esta verdade, como chega ao ponto de ignorar totalmente o direito que o Espírito de Deus tem de ministrar por meio de quem Ele escolher. Com toda a certeza isto é algo extremamente solene e não deve ser tratado com leviandade. Mas como é triste vermos que isto é menosprezado pela maioria! Além do mais, a presença da Espírito Santo é de tal forma esquecida, que a autoridade e as pretensões do homem a substitui, sendo isto aceito e considerado perfeitamente correto pela grande maioria dos que professam ser de Cristo.<br /><br />Você deve ter o cuidado de observar que as Escrituras não ensinam que todos têm liberdade para ministrar, mas que deve haver liberdade para o Espírito Santo ministrar por meio de quem Ele quiser. Existe uma enorme diferença entre ambas as coisas. A primeira seria democracia, e não há nada mais longe dos pensamentos de Deus do que isto; a segunda envolve a manutenção do Senhorio de Cristo no poder do Espírito; a sujeição de todos os membros do corpo à Cabeça, e completa dependência da direção e sabedoria do Espírito de Deus. No primeiro caso, o homem é quem toma a primazia; no segundo, Cristo é reconhecido como supremo.<br /><br />Enquanto afirmamos estes princípios cardeais do ministério, devemos ser cuidadosos em lembrar que todo verdadeiro ministério deve estar em sujeição à Palavra de Deus e em conformidade a ela. Isto está claro nas instruções de 1 Coríntios 14. O apóstolo chega até mesmo a dar instruções precisas concernentes ao exercício dos dons, e segue dizendo, "Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor" (1 Coríntios 14.37). À assembléia é dado com isso o direito, ou mais ainda, a responsabilidade de julgar se aquilo que está sendo ministrado está de acordo com a verdade (1 Coríntios 14.29), e rejeitar tudo aquilo que não esteja de acordo com este critério. Portanto, não se trata de algo deixado à mercê de homens voluntariosos, mas é algo dado como salvaguarda para inspecionar e repreender toda manifestação que seja da carne e não do Espírito.<br /><br />Pode-se acrescentar algo mais. Após tratar da questão dos dons, e mostrar que o seu exercício sem amor é de nenhum valor (1 Coríntios 12 e 13), o apóstolo ensina que o propósito do exercício dos dons é a edificação da assembléia (1 Coríntios 14.3-5). Quão maravilhosos são os caminhos de Deus! Reunidos pelo Espírito ao redor da Pessoa de nosso Senhor Jesus, à Sua mesa, para celebrar a Sua morte, Ele dirige os nossos corações em adoração e louvor, e então Ele ministra a nós aquilo que vem diretamente de Deus por meio dos vários membros do corpo de Cristo. Ocorre, assim, uma dupla ação do Espírito. Ele nos capacita a oferecer os sacrifícios de louvor a Deus e, consciente das nossas necessidades, provê a palavra de sabedoria, conhecimento ou exortação, conforme nossa necessidade no momento.<br /><br />Creio que atingi os limites desta minha carta. De qualquer forma, você mesmo será capaz de descobrir mais sobre este assunto, e assim verificar se o que já lhe adiantei está de acordo com a Palavra de Deus. "Examinai tudo. Retende o bem" (1 Tessalonicenses 5.21). É recomendável ainda a leitura de Romanos 12.4-8 e 1 Pedro 4.10,11.</span><br />
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-75970770121848379602014-07-04T10:33:00.000-07:002014-07-04T10:33:27.038-07:00Cartas a um novo convertido - 9 - Adoracao<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Adoração</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0FMZZm8bZQ8-t6TN1x0vYQZ4qVXog3HTow5OF8wPu-Dt-bNRb965T-sS-4mPjUCUil1ajgrwYzrYw_2RcZzhxBoHK41luhqirXLA1qnd4mdEcP8nWlHyOvdpri7oA8iX8t5SG2bev3Eab/s1600/p06plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0FMZZm8bZQ8-t6TN1x0vYQZ4qVXog3HTow5OF8wPu-Dt-bNRb965T-sS-4mPjUCUil1ajgrwYzrYw_2RcZzhxBoHK41luhqirXLA1qnd4mdEcP8nWlHyOvdpri7oA8iX8t5SG2bev3Eab/s1600/p06plate.jpg" height="400" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit;">Prezado irmão,</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit;">Havendo considerado a questão referente a onde está nosso lugar de adoração, podemos prosseguir tratando agora da própria adoração. As Escrituras estão repletas de instruções a respeito deste assunto e, me atrevo a dizer, será difícil encontrar algum assunto que seja tratado com tanta indiferença, e até mesmo com ignorância, entre os cristãos professos. E vou ainda mais longe ao afirmar que a sua real importância dificilmente é compreendida pelos crentes que não estejam reunidos somente ao nome de Cristo. Não quero dizer com isto que não existam pessoas em todas as denominações que estejam desfrutando do gozo de adorar diante de Deus; tais pessoas sempre existiram em toda a história da Igreja. Mas o ponto em que insisto é que a adoração coletiva dos santos - ou a que diz respeito a adorar em assembléia - é quase que totalmente desconhecida em qualquer das muitas denominações da cristandade.</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: inherit;"><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Para dar um exemplo, em um livro que tem tido grande circulação, escrito por um dos mais conhecidos pregadores de nossos dias, é dito, quando se refere a este assunto, que ouvir sermões é uma das mais elevadas formas de adoração. O escritor sustenta essa surpreendente declaração com o fato de que a pregação tende a gerar na alma os mais santos desejos e aspirações. Que a exposição da verdade pode levar à adoração ninguém iria negar, mas até uma criança perceberia facilmente a diferença entre adorar e escutar a verdade. Na pregação - se estiver sendo apresentada a verdade de Deus - o servo traz uma mensagem de Deus para os ouvintes; na adoração, os santos são levados à presença de Deus para apresentarem seus louvores e adoração. Portanto as duas coisas são de um caráter completamente diferente. Oração também não é adoração. Isto pode ser entendido pelo simples fato de que um pedinte não é um adorador. Assim, se eu me dirigir a um Rei com um pedido, me apresentarei diante dele em um determinado caráter, mas se for admitido à sua presença para render-lhe uma homenagem já não sou mais um pedinte. Assim também, quando me uno a outros crentes em oração e intercessão, estamos diante de Deus como pessoas que buscam determinadas bênçãos, mas quando nos prostramos diante dEle em adoração, estamos mais dando do que recebendo; estamos diante dEle sem esperar nada em troca, mas com nossos corações transbordantes, aos Seus pés, em adoração.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Ações de graças estão intimamente conectadas com adoração, mas na sua essência não se trata de adoração. Pois as ações de graça são consequência de bênçãos recebidas, seja pela providência, seja como resultado da redenção. A consciência da graça e bondade de Deus em nos prover, em nos abençoar com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, nos constrange a derramar ações de graças em Sua presença; e então, necessariamente, somos levados a refletir sobre o caráter e atributos de Deus que assim Se apraz em nos envolver com provas do Seu amor e cuidado; e consequentemente as ações de graças se transformam em adoração.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Mas na adoração - considerada no caráter que lhe é peculiar - perdemos de vista a nós mesmos e as nossas bênçãos, e ficamos ocupados com o que Deus é em Si mesmo, e o que Ele é para nós conforme revelado em Cristo. Guiados pelo Espírito Santo, passamos para um plano acima de nós mesmos e contemplamos Deus na variedade dos Seus atributos e em Sua glória (pois embora Deus nunca tenha sido "visto por alguém, o Filho unigênito, que está no seio do Pai, este O fez conhecer". João 1.18); e, inundados pela manifestação da Sua santidade, majestade, amor, misericórdia e graça, nada mais nos resta senão nos ajoelharmos aos Seus pés, rendendo, em Cristo e por meio de Cristo, a homenagem de nossos corações.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Isto será observado com maior clareza se nos voltarmos para o ensino das Escrituras. A mulher de Samaria perguntou ao Senhor a respeito deste assunto, ou mais particularmente, a respeito do lugar de adoração. Em Sua resposta Ele Se dignou a ir muito além dos limites da pergunta feita pela mulher. "Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-Me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim O adorem. Deus é Espírito, e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade" (João 4.21-24). Em primeiro lugar, aqui o Senhor ensina claramente que de um certo momento em diante não haveria mais um lugar especial de adoração sobre este mundo. Jerusalém havia sido o lugar sagrado onde estava o templo de Deus - o lugar para o qual o povo de Deus se dirigia, ano após ano, vindos de todos os pontos da terra (leia o Salmo 122). Mas, juntamente com a rejeição de Cristo, a Sua casa, até então casa de Deus, foi deixada deserta (Mateus 23.37-39), e desde então nunca mais existiu uma casa material de Deus neste mundo. A Igreja é agora a habitação de Deus em Espírito (Efésios 2.22), e nosso lugar de adoração (como foi visto na última carta) está agora além do véu rasgado, na própria presença de Deus.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Em segundo lugar, Ele nos diz quais podem ser os adoradores - aqueles que adorarão ao Pai em espírito e em verdade; e são estes que o Pai procura, ou seja, somente crentes - como aquela mulher de Samaria que o Pai buscou e encontrou na Pessoa do Filho - que, como filhos, Deus tomaria para Si em um estreito relacionamento com a Sua própria Pessoa. Somente tais pessoas poderiam adorar o Pai em espírito e em verdade. O apóstolo afirma a mesma coisa quando diz, "Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito (em algumas traduções lemos: "que adoramos pelo Espírito de Deus"), e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne" (Filipenses 3.3), que são as características patentes encontradas naqueles que verdadeiramente creem. A epístola aos Hebreus, em seu capítulo 10, nos ensina que é impossível que alguém se aproxime de Deus até que seus pecados tenham sido apagados; e também é impossível que o faça sem fé (Hebreus 11.6). Além do mais, já que ninguém mais além dos que creem têm o Espírito de Deus (veja Romanos 8.14-16; Gálatas 4.6), ninguém mais pode adorar em espírito, ou pelo Espírito de Deus.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Embora esta verdade seja por demais evidente, e até mesmo amplamente aceita de forma teórica, deve ser ressaltada cada vez mais, pois o que realmente acontece, na chamada "adoração pública", que normalmente mistura crentes e incrédulos, é que trata-se de uma verdade ignorada ou obscurecida. Todos, sejam salvos ou não, são convidados a se unirem em uma mesma oração, e em um único cântico de louvor, em total esquecimento das claras palavras de que são somente os "verdadeiros adoradores" que podem adorar o Pai em espírito e em verdade.</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Em terceiro lugar, o Senhor define o caráter da adoração. Deve ser "em espírito e em verdade". Adorar em espírito significa adorar de acordo com a verdadeira natureza de Deus, e no poder daquela comunhão que o Espírito de Deus concede. A adoração espiritual está assim em contraste com o formalismo, a religiosidade e as cerimônias das quais a carne é capaz. Adorar a Deus em verdade é adorá-Lo em conformidade com a revelação que Ele tem dado de Si próprio. Os Samaritanos não adoravam a Deus nem em espírito nem em verdade. Os Judeus adoravam a Deus em verdade, dentro das limitações da revelação ainda incompleta, mas não O adoravam em espírito. Agora, para adorar a Deus, são necessários ambos. Ele deve ser adorado de acordo com a verdadeira revelação de Si próprio (ou seja, em verdade), e em conformidade com a Sua natureza (isto é, em espírito).</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Porém a revelação de Deus para nós está na Pessoa de Cristo, e em conexão com a Sua obra, pois na cruz, e por meio da cruz, foi manifestado tudo o que Deus é. A morte de Cristo é, portanto, o fundamento de toda a adoração cristã, pois é pela eficácia de Seu precioso sangue que somos qualificados a entrar na presença de Deus; e uma vez que aquela morte é para nós a revelação de tudo o que Deus é, de Sua majestade, Sua santidade, Sua verdade, Sua graça, e Seu amor, é por meio da contemplação daquele tremendo sacrifício que nossos corações, trabalhados pelo Espírito de Deus, são levados a transbordar em adoração e louvor. Sendo assim, a adoração está associada, de uma forma muito especial, com a mesa do Senhor, pois é quando nos reunimos ao redor dela, como membros do corpo de Cristo, que anunciamos a Sua morte. Usando as palavras de outro, "É impossível separar a verdadeira comunhão e adoração espiritual da perfeita oferta que Cristo foi para Deus. No momento em que nossa adoração se separa da eficácia daquela obra, e da consciência da infinita aceitação de Jesus diante do Pai, ela torna-se carnal, chegando até mesmo a ser uma forma de deleite da carne".</span><br style="background-color: white;" /><br style="background-color: white;" /><span style="background-color: white;">Este é o segredo da degeneração da adoração na cristandade, pois onde a Mesa do Senhor perdeu o seu lugar ou seu verdadeiro caráter, o verdadeiro motivo da adoração foi obscurecido. Pois do que é que somos especialmente lembrados quando nos encontramos à mesa do Senhor? De Sua morte! E é naquela morte que somos capacitados a enxergar o que Deus é para nós, e o que Cristo é para Deus, bem como a infinita eficácia do Seu sacrifício em nos levar, sem mancha alguma, até a imediata presença de Deus - na luz, assim como Ele próprio está na luz. A graça, o eterno amor de Deus, além da graça e inextinguível amor de Cristo, são igualmente demonstrados às nossas almas, à medida que recordamos Aquele que glorificou a Deus em Sua morte na cruz, carregando os nossos pecados. E, tendo ousadia para entrar no santuário pelo sangue de Jesus, nos prostramos e adoramos diante de Deus, enquanto cantamos:</span><br style="background-color: white;" /></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><em style="background-color: white; font-family: inherit;">"Oh Deus!" Tu já tens glorificado</em></span></div>
<span style="font-family: inherit;">
<em style="background-color: white;"><div style="text-align: center;">
<em style="font-family: inherit;">Teu santo, bendito, Filho eterno;</em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="font-family: inherit;">O Nazareno, o Crucificado,</em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="font-family: inherit;">Assentado exaltado em Teu trono!</em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="font-family: inherit;">A Ele, em fé, clamam os Teus,</em></div>
<div style="text-align: center;">
<em style="font-family: inherit;">Digno és Tu, "Oh Cordeiro de Deus".</em></div>
</em></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-41630632823212722862014-02-06T04:18:00.001-08:002014-02-06T04:18:30.753-08:00Cartas a um novo convertido - 8 - O verdadeiro lugar de adoracao<div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b>O verdadeiro lugar de adoração</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaIZ1_VPQC97mAiR25ktGyNr5CBxBs4u8b8sUXDm4FBDSMj3xI9XzLK1Fyi0E9FqXbmwIK_6SSfRK9FZJ3_jj7OkE7AREyEykp4gzWQIYF7mslnTgipm3EhI9NgCPeOYZL8Qms-0Yik-Gs/s1600/p28plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaIZ1_VPQC97mAiR25ktGyNr5CBxBs4u8b8sUXDm4FBDSMj3xI9XzLK1Fyi0E9FqXbmwIK_6SSfRK9FZJ3_jj7OkE7AREyEykp4gzWQIYF7mslnTgipm3EhI9NgCPeOYZL8Qms-0Yik-Gs/s1600/p28plate.jpg" height="400" width="330" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Prezado irmão,</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesta carta eu me proponho a indagar: Onde é o lugar de adoração do cristão? Devo apenas lembrá-lo de que a expressão "lugar de adoração" é muito usada, e embora eu admita plenamente que o seu significado seja simplesmente o lugar onde crentes e outras pessoas se congregam aos domingos, ainda assim é da maior importância não utilizarmos, nas coisas divinas, palavras que possam criar uma impressão errada ou dar um falso significado da verdade de Deus. Nosso único recurso, portanto, é buscarmos nas Escrituras a resposta para nossa pergunta.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sendo assim, deixe-me dirigir sua atenção para a seguinte passagem: "Tendo pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela Sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa". (Hebreus 10.19-22) De uma forma geral, vemos nesta passagem três pontos principais: o sangue de Jesus, o véu rasgado e o Sumo Sacerdote (literalmente, o Grande Sacerdote) sobre a casa de Deus. É sobre o fundamento destas três coisas que somos exortados a nos aproximar de Deus para adoração. Se examinarmos um pouco o significado de cada uma delas, encontraremos a resposta à nossa pergunta.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em primeiro lugar, temos ousadia para entrar no santuário pelo sangue de Jesus. Se você acompanhar o raciocínio do apóstolo, verá que fica evidente que o sangue de Jesus é apresentado em contraste com o "sangue dos touros e dos bodes" (Hebreus 10.4). Na verdade, o assunto principal de toda a primeira parte do capítulo é a eficácia do sangue de Jesus em contraste com a ineficácia do sangue de touros e bodes. O fato de os sacrifícios do Antigo Testamento terem sido oferecidos continuamente, ano após ano, é apresentado como prova de que os adoradores nunca eram realmente purificados até o ponto de não terem mais consciência dos pecados; pois na repetição dos sacrifícios havia, ano após ano, uma contínua lembrança dos pecados (Hebreus 10.1-3). E a razão disto era que "é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados" (Hebreus 10.4). Por esta razão, os inúmeros sacrifícios, dos mais variados tipos, não faziam mais do que demonstrar sua completa ineficácia, embora tivessem sido ordenados por Deus tendo em vista o Único Sacrifício que era dessa forma anunciado.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Após demonstrar isto, o apóstolo traz à tona, no mais claro contraste, o valor do sacrifício de Cristo (leia cuidadosamente Hebreus, do versículo 5 ao 14); e para resumir e deixar tudo estabelecido em uma única sentença declara: "Porque com uma só oblação (ou oferenda) aperfeiçoou para sempre os que são santificados". (vers. 14) As oferendas ou sacrifícios sob a lei nunca tornavam perfeitos os adoradores, mas com uma só oferenda Cristo nos tornou perfeitos para sempre. Esta verdade é tão vasta e abrangente, que é necessário meditar sobre ela mais e mais, a fim de assimilá-la, ainda que em parte. Pois ela implica, não somente que eu agora não tenho mais consciência de pecados - se me encontro sob o valor do sacrifício de Cristo - mas também que eu nunca mais preciso ter qualquer consciência de pecados no aspecto aqui apresentado; que por meio da eficácia daquele sangue precioso tenho agora o direito, e terei sempre esse direito, de entrar na presença de Deus. Em resumo, que nada poderá jamais me privar do lugar que me foi dado, na maior proximidade da Sua presença, pois por uma oblação ou oferenda Ele aperfeiçoou para sempre aqueles que são santificados. Por meio daquele sacrifício eu recebi uma credencial de acesso perpétuo à presença de Deus.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O segundo ponto é o véu rasgado. O sangue de Cristo nos deu o direito da aproximação; e em seguida temos, "pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela Sua carne". (Hebreus 10.20) Vemos aqui, mais uma vez, um contraste com a velha dispensação, pois lemos no capítulo 9 de Hebreus: "Mas no segundo (isto é, no santo dos santos, além do véu) só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo: dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo". (Hebreus 9.7-9) O povo estava, portanto, totalmente excluído, e isto porque, como já vimos, não era possível que o sangue de touros e bodes tirasse os pecados. Por conseguinte a morte era certa, pelo juízo de Deus, para todo aquele, exceto o sumo sacerdote, que se aventurasse a entrar além daquele terrível véu (Levítico 16.1,2; Números 15, 16). Mas tão logo foi consumado o sacrifício de Cristo na cruz, o véu foi rasgado de alto a baixo (Mateus 27.51), pois por meio de Sua morte Ele glorificou a Deus em cada atributo do Seu caráter concernente à questão do pecado, e por aquela única oferta aperfeiçoou para sempre aqueles que são santificados. Daquele momento em diante o véu estava rasgado para significar que o caminho para o santo dos santos estava aberto a partir de então. Pois Aquele que rasgou o véu para nos dar entrada, igualmente tirou o pecado que nos excluía, e é agora privilégio de cada crente, firmado na eficácia do sacrifício de Cristo, entrar sempre no santo dos santos, tendo toda liberdade de fazê-lo pelo sangue de Jesus.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há, porém, uma terceira coisa que é indicada, da qual podemos fazer uma breve menção antes de chamar sua atenção para o resultado final destas benditas verdades, a saber, que temos "um grande sacerdote sobre a casa de Deus". (Hebreus 10.21) E onde está o nosso Sumo Sacerdote? "E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; mas Este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus, daqui em diante esperando até que os Seus inimigos sejam postos por escabelo de Seus pés. Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados." (Hebreus 10.11-14) Aprendemos assim que nosso Sumo Sacerdote está sentado à direita de Deus e que essa posição é devida ao fato de Sua obra sacrificial ter sido consumada. Daí em diante a Sua presença no Céu é um testemunho e uma prova da perpétua eficácia de Sua obra, e consequentemente um estímulo permanente para encorajar o Seu povo a entrar ousadamente no santo dos santos - para além do véu já rasgado.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tais são os três imensos fatos - o sangue de Jesus, o véu rasgado, e o Sumo Sacerdote sobre a casa de Deus - para os quais o Espírito Santo dirige a nossa atenção antes de nos exortar a nos achegarmos "com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa" (Hebreus 10.22). E o lugar ao qual somos convidados a nos achegar, ou no qual devemos entrar, é o mais santo - o santo dos santos. É o lugar que foi representado como um tipo pelo santo dos santos que existia no tabernáculo no deserto, o lugar no qual Cristo, nosso Representante e nosso Precursor, já entrou (Hebreus 4.14; 6.19,20). Portanto, nosso lugar de adoração está na imediata presença de Deus, no próprio lugar onde Cristo ministra a nosso favor como Sumo Sacerdote.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É verdade que ainda nos encontramos aqui neste mundo como estrangeiros e peregrinos, quando se trata da questão do sacerdócio. Mas este mundo nunca pode ser o lugar de nossa adoração, pois temos "ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus", e é somente ali que nossa adoração pode ser oferecida e aceita por Deus. Se eu quisesse render uma homenagem ao Rei, teria de fazê-lo diante do trono real para que fosse recebido. Quanto mais se desejo adorar a Deus! Devo fazê-lo no lugar onde Ele está assentado no Seu trono, e onde posso entrar com este propósito graças ao direito que Ele me deu para sempre poder fazê-lo, por Sua inefável graça, por meio do precioso sangue de Cristo. Portanto é lá nas alturas, para além do véu rasgado, na Sua própria presença, e em nenhum outro lugar, que o Seu povo deve adorar. E que maravilhoso privilégio é este; que graça inexprimível Ele nos concedeu, que desfrutássemos de constante liberdade de acesso diante dEle, para ali nos prostrarmos em adoração e louvor!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No sangue de Cristo, eis-nos lavados;</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além do véu, tão santo lugar!</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diante do trono caímos prostrados,</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para, Ó Deus! a Ti adorar!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com esta verdade claramente diante de nós, tenho certeza de que você poderá perceber que se falarmos de um lugar de adoração aqui neste mundo, estaremos obscurecendo o ensino das Escrituras, além de estarmos privando a nós mesmos de nossos privilégios. Não me esqueci de que em muitos casos, como já disse, a expressão "lugar de adoração" pouco representa no modo como é usada; mas, por outro lado, ela tem um significado muito grande para algumas pessoas, dando-lhes a ideia de edifícios santos e templos consagrados. Os judeus tinham um "santuário terrestre" (Hebreus 9.1), um que fora construído segundo a direção de Deus e de acordo com o Seu mandamento. Porém, construir um "santuário", um templo "consagrado" ou um edifício "santo" nos dias de hoje, é o mesmo que voltar ao judaísmo e ignorar que "temos um Sumo Sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade, Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem". (Hebreus 8.1,2) Portanto não pode haver um lugar de culto ou adoração neste mundo, e chamar a um edifício desta forma, mesmo que inconscientemente, é desprezar, para não dizer mais, o lugar e o privilégio do crente, além de falsificar a verdade do cristianismo.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Talvez seja necessário discorrer sobre mais um assunto, ou seja, que todos os crentes igualmente possuem o mesmo privilégio de acesso ao santo dos santos. As Escrituras, ou melhor dizendo, as passagens das Escrituras concernentes à Igreja, ignoram qualquer classe consagrada de homens que seja distinta dos outros crentes, que conte com privilégios especiais ou com direitos de se aproximar de Deus como intermediários de outros homens. Todos os crentes são igualmente sacerdotes (1 Pedro 2.9) e, portanto, todos estão igualmente qualificados para entrar na presença de Deus como adoradores. A passagem à qual nos referimos em Hebreus 10.19-22 é categórica a este respeito. Guarde bem estas palavras: "Tendo pois, irmãos". Isto é dirigido a todos os crentes, e todos são lembrados que têm ousadia para entrar no santuário pelo sangue de Jesus. E mais uma vez o apóstolo diz: "Cheguemo-nos" associando-se a todos aqueles aos quais está se dirigindo, pois na verdade ele mostra que se encontra, junto com todos os outros, na mesma posição perante Deus quanto à adoração. É muito importante que se compreenda esta verdade, principalmente nestes dias quando vemos um incremento do sistema sacerdotal com suas pretensões supersticiosas. Ambas as coisas estão ligadas. Se você tem um lugar terrestre de adoração, então necessita de uma ordem clerical de sacerdotes; e estas duas coisas combinadas constituem uma afronta ao verdadeiro cristianismo. Por isso é nossa incumbência batalharmos "pela fé que uma vez foi dada aos santos" (Judas 3).</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas não devemos nos dar por satisfeitos apenas com a doutrina a respeito deste assunto. A questão para nossas almas é: Sabemos o que significa nos achegarmos para adorar no santíssimo lugar? Gostaria de frisar solenemente este ponto; pois nada menos do que isto irá satisfazer o coração dAquele, por meio de cujo sangue precioso nós recebemos tal inexprimível privilégio. Que nunca nos contentemos com menos do que o pleno desfrutar desta verdade. Se tivéssemos visto Arão, no dia da expiação, levantando o véu sagrado para entrar na terrível presença de Deus, teríamos ficado impressionados, não apenas com a solenidade do ato, mas também com a maravilhosa posição de favor e proximidade de Deus que ele ocupava em virtude de seu sacerdócio. Todos os crentes têm agora a mesma posição. Que possamos, cada vez mais, ter consciência do que podemos encontrar dentro do véu rasgado, para que tenhamos uma compreensão mais completa da eficácia daquele único sacrifício que nos introduziu na presença de Deus, sem qualquer mancha sobre nós, e sem um véu para nos separar dEle.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-16407143077134383072013-12-27T09:55:00.000-08:002013-12-27T09:55:08.887-08:00Cartas a um novo convertido - 7 - O Senhor Jesus Cristo no centro<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O Senhor Jesus Cristo no centro</span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyMDYY4G5YqVNJVzEt9JLa0ej2wqmS6U3fLheUhRa0l4DIiWWqpRsNbbh1hDBX5I2t2ETVDGKflOZLDp8psXLAfq4Z3cMzRyxDQamnjxokV5_wWl5hUfgl3w4xSXv4uIyGHpLCF6Q0eFnF/s1600/p24plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="321" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyMDYY4G5YqVNJVzEt9JLa0ej2wqmS6U3fLheUhRa0l4DIiWWqpRsNbbh1hDBX5I2t2ETVDGKflOZLDp8psXLAfq4Z3cMzRyxDQamnjxokV5_wWl5hUfgl3w4xSXv4uIyGHpLCF6Q0eFnF/s400/p24plate.jpg" width="400" /></a></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">Prezado irmão,</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; font-family: inherit;">É muito importante que você compreenda claramente o que significa a presença do Senhor no centro da assembléia; mas a condição necessária para que a promessa da Sua presença seja cumprida também não pode ser esquecida. Ele nunca prometeu estar em qualquer lugar onde os santos estivessem reunidos e nem tampouco afirmou que todos os que se reunissem, como cristãos, para adorá-Lo, poderiam contar com Sua presença. Suas palavras são: "Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí, estou Eu no meio deles". (Mateus 18.20) Sendo assim, a condição essencial é que os santos estejam reunidos em (ou 'ao') Seu nome, e se isto não for cumprido na íntegra, a promessa da Sua presença não será levada a efeito.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: inherit;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: inherit;">Nosso primeiro objetivo, portanto, será explicar o que significa esta condição. Devo esclarecer que uma tradução mais correta do texto seria "para" ou "ao Meu nome", pois a preposição aqui usada como "em" invariavelmente tem o significado de "em o", "ao" ou "para". Portanto o significado mais apropriado aqui é "reunidos ao Meu nome". Cabe ainda ressaltar que esse "nome" não é usado aqui apenas como um título, mas, como normalmente acontece nas Escrituras, trata-se de uma expressão de tudo o que Cristo é. Assim, quando o Senhor Se dirige ao Pai, para falar de Seus discípulos, dizendo, "Eu lhes fiz conhecer o Teu nome, e lho farei conhecer mais" (João 17.26a), não estava querendo dizer que revelou-lhes meramente o fato de que Deus também leva o nome de Pai, mas que esteve lhes ensinando tudo o que Deus era para eles nesta relação de parentesco. E acrescenta que já havia feito isso, e também ainda iria fazê-lo, "para que o amor com que Me tens amado esteja neles, e Eu neles esteja". (João 17.26b) O que Ele desejava era que os discípulos entendessem o que Deus era para eles como Pai, e ainda revelava que eles seriam levados a desfrutar de todo o amor que Deus, como Pai, tinha para lhes dar. De um modo semelhante, a palavra "nome" na passagem citada no início (Mateus 18.20) expressa tudo o que Cristo é como homem glorificado e como Senhor no relacionamento que agora mantém com o Seu povo. Quando digo que agora mantém é porque ficou bem evidente que as palavras em João 17.26 foram proferidas acerca de uma época quando Ele estaria ausente. Do mesmo modo, em Mateus 16.18 Ele diz, "edificarei a Minha Igreja", apontando para uma época futura, e a passagem na qual a palavra "nome" ocorre (Mateus 18.20) está ligada à ação disciplinar da igreja no versículo 17. É óbvio que enquanto Ele estava neste mundo os discípulos não poderiam estar reunidos ao Seu nome, pois ainda estavam com Ele, seu Mestre e Senhor.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: inherit;">Podemos então tomar a palavra "nome" como expressão da Pessoa de Cristo - Ele próprio, em toda a verdade da Sua Pessoa, como Aquele que foi ressuscitado e glorificado à destra de Deus. Fica evidente que Cristo é o único objeto que nos une, e nosso único centro de atração quando estamos reunidos, pois o Espírito Santo nunca irá reunir crentes para qualquer outra coisa senão Cristo. Basta qualquer coisa ser acrescentada - seja uma doutrina peculiar, ou uma forma de governo eclesiástico em especial - e a reunião já não estará em conformidade com o pensamento de Deus. Se, por exemplo, eu concordasse em me reunir com alguns outros crentes com pontos de vista em comum, não poderíamos estar reunidos somente ao nome de Cristo, pois algo estaria sendo acrescentado ou suprimido. Mas se estivesse reunido com aqueles que reconhecem que o próprio Cristo é o único centro de atração; com aqueles que aceitam Sua autoridade como Senhor; que se submetem à Sua Palavra, e deixam que tudo seja regido por ela quando reunidos, então a reunião seria ao Seu nome. E somente neste caso, pois onde for reconhecida a autoridade do homem, suas tradições ou seus regulamentos, não importa qual seja o grau de piedade individual daqueles envolvidos, não se trata de uma reunião no mesmo caráter.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: inherit;">Ora, é somente no meio de Seu povo reunido desse modo que o Senhor prometeu estar. "Aí, estou Eu no meio deles." Isto por si só demonstra a extrema importância de se estar reunido ao Seu nome, pois, como dissemos, se esta condição for negligenciada, não teremos fundamento algum para contar com a Sua presença. Não basta falarmos que estamos cumprindo esta condição. O ponto essencial é: Será que o Senhor reconhece que a estamos cumprindo? Ele é o Juiz. Portanto seria uma presunção contar com a Sua presença em nosso meio, se estivéssemos nos reunindo de acordo com nossos próprios pensamentos - sem levar em consideração a Sua Palavra. Mas "onde estiverem dois ou três reunidos em (ou ao) Meu nome, aí, estou Eu no meio deles".</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: inherit;">Portanto, sabemos que Ele está no meio dos que assim se reúnem com base na autoridade da Sua Palavra. E isto não é tudo, mas, como que para nos suprir em nossas fraquezas, Ele deixou amostra da maneira como vem para o meio dos Seus. Assim, na tarde do primeiro dia da semana, após haver ressuscitado de entre os mortos, encontramos os discípulos reunidos (João 20.19). Ele havia enviado Maria aos Seus irmãos com a mensagem: "Dize-lhes que Eu subo para Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus". (João 20.17) Conforme o Salmo 22.22, Ele declarou assim o nome de Deus aos Seus irmãos, revelando que os transportara, por meio de Sua morte e ressurreição, ao lugar que Ele mesmo ocupa diante de Deus. Daí em diante o Seu Deus e Pai era o Deus e Pai deles também. Estavam dessa forma associados com Ele nesse parentesco, com base na ressurreição. Aquela mensagem fez com que se reunissem ao Seu nome e, quando estavam assim reunidos, "chegou Jesus, e pôs-Se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco". (João 20.19) Dessa forma Ele nos deixou um exemplo da maneira como vem para o meio do Seu povo, de modo a termos em nossas almas a certeza da Sua Palavra sendo confirmada.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: inherit;">Alguém poderia ser tentado a questionar: Seria possível, nos dias de hoje, o Senhor estar no meio do Seu povo reunido ao Seu nome? A resposta a este tipo de dúvida está no surpreendente registro de como o Senhor Se colocou no meio dos Seus discípulos no primeiro dia da semana. Aquilo não apenas soluciona esta questão, como também serve de alerta para um perigo mais sutil: alguém poderia ser inclinado a objetar, em incredulidade, que se hoje pudéssemos vê-Lo com nossos olhos, como aconteceu com os discípulos, então poderíamos ter certeza da Sua presença. O Senhor conhecia a fraqueza e sutileza de nosso pobre e débil coração, e assim, com terno amor, deixou-nos uma admoestação suficiente para não cairmos nesse engano. Um dos discípulos, Tomé, "não estava com eles quando veio Jesus" (João 20.24). Outros discípulos lhe disseram: "Vimos o Senhor" (vers. 25). Mas ele lhes respondeu: "Se eu não vir o sinal dos cravos em Suas mãos e não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a minha mão no Seu lado, de maneira nenhuma o crerei". Oito dias depois, todos eles, inclusive Tomé, estavam reunidos outra vez, e como da vez anterior, "chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-Se no meio, e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé [pois Ele havia escutado cada palavra de Tomé]: Põe aqui o teu dedo, e vê as Minhas mãos; e chega a tua mão, e mete-a no Meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente". Tomé, inundado pela Sua terna graça e tolhido pelo sentimento de sua própria pecaminosidade, só pôde exclamar: "Senhor meu, e Deus meu!" Por isso "disse-lhe Jesus: Porque Me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram" (vers. 25-29). Dessa forma (sem entrarmos aqui na aplicação desta cena significando a conversão do remanescente judeu, quando olharão para Aquele a Quem traspassaram) o Senhor já tinha em vista os que viriam a crer por meio da palavra de Seus discípulos, e que seriam bem-aventurados. E essa bem-aventurança diz respeito a nós, pois embora não O vejamos, cremos que, de acordo com a Sua própria Palavra, Ele está em nosso meio quando nos reunimos ao Seu nome.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: inherit;">Todavia deveria sempre ser lembrado que é Ele próprio que Se encontra no meio - não "em espírito", como se costuma dizer, mas a Sua própria Pessoa; pois as palavras são: "Aí estou Eu", e o pronome "Eu" expressa tudo o que Ele é. É Cristo - e não o Espírito Santo, mas Cristo - que está no meio dos Seus santos reunidos. É certo que o Espírito Santo, que habita na casa de Deus, atua por meio dos membros individuais do corpo de Cristo, quando reunidos ao Seu nome, e ministra por meio de quem Ele escolhe, para edificação dos santos. Mas trata-se do próprio Cristo, eu repito, Quem vem para o nosso meio. Sua presença só pode ser compreendida por meio do Espírito, mas isto é um outro assunto De qualquer modo Ele está no meio onde dois ou três estiverem reunidos ao Seu nome, seja isto compreendido ou não. Quão maravilhosa é Sua graça e benevolência!</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br style="background-color: white;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: inherit;">Nunca se esqueça, portanto, de que é ao redor do próprio Senhor que estamos reunidos. Ainda que existam apenas dois - e Suas palavras são "onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome" - aí Ele está no meio. Tão logo dois se reúnam assim, já podem se regozijar na certeza de que o Senhor está ali. Nossa fé pode ser fraca, e nossa compreensão débil, mas ainda assim permanece o fato de que Ele está presente, pois isto não depende do que sentimos ou experimentamos, mas unicamente do fato de estarmos reunidos ao Seu nome somente. Como poderíamos deixar de nos congregar, como muitos fazem (Hebreus 10.25), quando sabemos que o Senhor é o centro da assembléia e que Ele está em nosso meio de uma forma tão real quanto no primeiro dia da ressurreição? Por que Tomé estava ausente naquela ocasião? Porque não acreditava na ressurreição de seu Senhor e, por conseguinte, não contava com a Sua presença! Do mesmo modo hoje, quando alguém se ausenta da reunião da assembléia (não me refiro aqui àqueles que o fazem por uma dificuldade, obrigação ou outra circunstância), o faz porque não acredita que o Senhor realmente esteja no centro. E ao nos reunirmos, que reverência, que afeições, que adoração inundaria nosso coração se, por intermédio do Espírito, compreendêssemos mais completamente que Aquele que desceu até à morte carregado com nossos pecados; que pelo Seu sangue nos redimiu para Deus; ressuscitou, e agora, como Aquele que está exaltado e glorificado, Se compraz em estar no meio da congregação, a dirigir o Seu povo em adoração! (Leia o Salmo 22.22).</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: inherit;"><br /></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-10178678414356251692013-11-13T22:51:00.000-08:002013-11-13T22:51:22.888-08:00Cartas a um novo convertido - 6 - A Ceia do Senhor<div align="center" style="background-color: white;">
<span style="color: black; font-family: inherit; font-size: large;"><b>A Ceia do Senhor</b></span></div>
<div align="left" style="background-color: white;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK4iYMp0LfgavxFaD3Wu0SFhY4jr9YRsRemdyAuiZaIUxqfFeEqKVYdk0-IYPWZHMecBne5Q_BCpVPVE-TdxmsuZENTIt12KMWgLLdC0TWiG9T2d1r14GaRVlJygzXGLDXM94eJ_XBGvI_/s1600/p25plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="313" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK4iYMp0LfgavxFaD3Wu0SFhY4jr9YRsRemdyAuiZaIUxqfFeEqKVYdk0-IYPWZHMecBne5Q_BCpVPVE-TdxmsuZENTIt12KMWgLLdC0TWiG9T2d1r14GaRVlJygzXGLDXM94eJ_XBGvI_/s400/p25plate.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="color: black; font-family: inherit;">Prezado irmão,<br /><br />Nunca devemos nos esquecer de que podemos estar à mesa do Senhor e, no entanto, falharmos completamente ao participar da ceia do Senhor. Os Coríntios estavam reunidos para o nome de Cristo; reuniam-se semana após semana em torno da mesa do Senhor, e ainda assim o apóstolo Paulo, ao escrever a eles, diz: "Quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor" (1 Coríntios 11.20). Eles haviam caído em tal desordem, pelo egoísmo e pelo descaso para com a importância da ceia, que acabaram fazendo desta solene ocasião uma oportunidade para se banquetearem. A ceia que comiam era, portanto, a ceia deles próprios e não a Ceia do Senhor, pois haviam quase que completamente deixado de associar o pão e o vinho ao corpo e sangue de Cristo. Daí a solene admoestação: "Não tendes porventura casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo" (1 Coríntios 11.22). </span><br />
<span style="color: black; font-family: inherit;"></span><br />
<a name='more'></a><span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span><br />
<span style="color: black; font-family: inherit;">O apóstolo prossegue explicando o verdadeiro caráter da ceia e nos diz que havia recebido do Senhor uma comunicação especial acerca deste assunto. É importante prestarmos atenção a isto, uma vez que o apóstolo recebeu esta comunicação em conexão com seu ministério do corpo de Cristo (Colossenses 1.24,25), e já que esta é a última comunicação acerca do assunto, é a esta passagem, mais do que aos evangelhos (os quais, no entanto, relatam a instituição da ceia na noite da páscoa), que recorremos para expor o seu significado.<br /><br />Quem poderia deixar de ser tocado pela grandiosa graça que é expressa nas palavras de abertura deste relato: "O Senhor Jesus na noite em que foi traído, tomou o pão" (1 Coríntios 11.23). Que contraste entre o coração do homem e o coração de Cristo! Prestes a ser traído por um de Seus discípulos, "Ele tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei: isto é o Meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de Mim" (1 Coríntios 11.23, 24).<br /><br />O pão é, portanto, um símbolo do corpo do Senhor Jesus que foi entregue em favor dos Seus - entregue à morte por eles, por nós, por todos os que creem - sobre a cruz; e quando comemos estamos fazendo isso para recordá-Lo. Se prestássemos mais atenção à expressão "em memória" evitaríamos cair em muitos erros. Nós recordamos algo que já aconteceu, isto é, trazemos isso de volta à memória. Assim, quando comemos o pão na ceia do Senhor, trazemos à memória que o Senhor um dia esteve morto; lembramo-nos dEle naquela ocasião - na condição de morte - à qual Ele desceu, quando carregou nossos pecados sobre o Seu próprio corpo no madeiro - quando suportou toda a ira que nós merecíamos, glorificando a Deus até no que diz respeito ao nosso pecado. Portanto, quando partimos o pão, não nos lembramos de Cristo em Sua condição atual, mas de Cristo na condição em que estava.<br /><br />O cálice também expressa o mesmo. "Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento [aliança] no Meu sangue: fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de Mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha" (1 Coríntios 11.25, 26). Portanto o vinho que tomamos é um símbolo do sangue de Cristo; e isto por si só já nos fala de morte, já que não podemos pensar em sangue separado do corpo exceto como uma expressão de morte. O versículo 26 dá ênfase à verdade de que tanto ao comermos do pão quanto ao bebermos do cálice, estamos expressando, anunciando, ou proclamando, a morte do Senhor. Não podemos deixar de insistir com veemência sobre o fato de que na ceia do Senhor voltamos o nosso olhar para o passado, para um Cristo morto; tomamos a ceia como recordação de que um dia Ele esteve morto - morto sobre a cruz e morto na sepultura. Pois Ele, que não conheceu pecado, não somente carregou os nossos pecados, como também foi feito pecado, para que fôssemos feitos justiça de Deus nEle (2 Coríntios 5.21). Note bem que nem mesmo se trata de um Cristo morrendo, mas de um Cristo morto - não se trata de um Cristo morrendo, uma contínua repetição de Seu sacrifício, como muitos erroneamente ensinam, mas de um Cristo morto; "Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados" (Hebreus 10.14).<br /><br />Portanto, este é o único pensamento que deveria estar diante de nossa alma à mesa do Senhor. Que simplicidade - porém quão bem planejada para tocar nosso coração e levá-lo a prostrar-se diante dEle em adoração. Quando nos sentamos ao redor da Sua mesa, comemoramos a Sua morte! Ora, o apóstolo mostra que se é um Cristo morto, quem foi que morreu? É impossível encontrarmos outras duas palavras que, juntas, pudessem expressar isto tão bem quanto "a morte do Senhor". Quantas coisas estão envolvidas no fato de que Ele, que é chamado o Senhor, morreu! Que amor! Que propósitos! Que eficácia!... E que resultados! O Senhor Se entregou por nós. Celebramos a Sua morte.<br /><br />Observe que é "até que venha" (1 Coríntios 11.26b). Portanto, enquanto olhamos para trás, para a cruz, somos levados a lembrar de Sua vinda em glória, para nos receber para Si; o merecido fruto do Seu trabalho e de Sua morte. Assim não podemos nunca nos esquecer de que nossa completa redenção, sendo feitos "conformes à imagem de Seu Filho" (Romanos 8.29), é o resultado da morte de Cristo. Pois as duas coisas, a cruz e a glória, estão aqui indissoluvelmente ligadas.<br /><br />Tal é, portanto, o significado da ceia e como você poder perceber o apóstolo nos dá avisos solenes quanto a negligenciarmos a sua importância. "Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se pois o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação (ou seu próprio juízo), não discernindo o corpo do Senhor" (1 Coríntios 11.27-29). Não se questiona aqui se somos dignos de participar da ceia do Senhor; mas o que o apóstolo condena é participar de uma maneira indigna. Todo cristão, a menos que tivesse sido excluído por algum pecado, era digno de participar, por ser um cristão. Mas podia acontecer de um cristão ir à ceia sem julgar-se a si mesmo, ou sem apreciar, como deveria, aquilo que a ceia trazia ao seu pensamento e o fato de Cristo estar ligado a ela. Ele não estaria discernindo o corpo do Senhor, além de não discernir e não julgar o mal em si próprio. E se assim comesse e bebesse, estaria comendo juízo para si, isto é, traria disciplina sobre si próprio, pois o Senhor julga o Seu povo e os repreende para que não sejam condenados com o mundo (1 Coríntios 11.32). Assim Ele puniu os Coríntios por sua negligência - alguns com fraqueza, outros com enfermidades, e alguns até mesmo com a morte do corpo (1 Coríntios 11.30). Daí a necessidade de nos examinarmos quanto à maneira como participamos da ceia do Senhor, e de julgarmos tudo aquilo que for descoberto como sendo impróprio na presença dEle; "Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados" (1 Coríntios 11.31), isto é, se aplicássemos um juízo próprio não seríamos corrigidos pelo Senhor.<br /><br />De tudo o que foi falado, fica claro que não estamos qualificados para a mesa do Senhor até que fique definida a questão de nosso relacionamento com Deus - ou, em poucas palavras, até que tenhamos paz com Deus. Pois se estou ocupado com o meu ego, com meu próprio estado de espírito, com dúvidas, ansiedades ou temores, não posso estar ocupado com a morte de Cristo. Com frequência, muito dano é causado por se receber cedo demais as almas à mesa do Senhor. Pois quando vêm antes de terem paz com Deus, olham para a mesa como se fosse um meio de se obter graça e, uma vez que na ceia é a morte de Cristo que é colocada diante delas, tornam-se infelizes e angustiadas por não conhecerem o valor daquela morte para si próprias. Pelo menos até que haja paz de consciência pelo poder do sangue de Cristo, a alma não se encontra em liberdade, não se encontra à vontade para contemplar a morte de Cristo.<br /><br />Volto a repetir. Quando nos encontramos à mesa do Senhor, não é para estarmos ocupados com os benefícios que recebemos pela morte de Cristo. Mas é para entrarmos, pelo poder do Espírito, nos pensamentos de Deus a respeito da morte de Seu amado Filho. Pois estamos ali como adoradores e, como tais, no interior e além do véu rasgado (Mateus 27.51; Hebreus 10.20). E, uma vez lá, ficamos absortos com o fato de que o próprio Deus foi glorificado na morte de Cristo e, em comunhão com Ele, pensamos no que Cristo foi para Deus; nunca tão precioso aos olhos de Deus como naquele terrível momento em que foi feito pecado e, a fim de glorificar a Deus, suportou tudo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Então, com o coração transbordando, somos capacitados, pelo Espírito, a extravasar o nosso louvor e adoração. Que tremendo pensamento, podermos ser admitidos a contemplar, juntamente com Deus, o Seu Cristo sendo lançado no pó da morte, com todas as ondas e vagas de Deus passando sobre Ele! E à medida que O contemplamos não podemos deixar de clamar: "Àquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai: a Ele glória e poder para todo o sempre. Amém" (Apocalipse 1.5-6).<br /><br />Encontramo-nos, portanto, à mesa como pessoas que dão, não como pessoas que recebem; muito embora, com toda a certeza, recebemos muito quando estamos ali de acordo com os pensamentos de Deus. Mas o objetivo de nossa reunião é adorar, render a homenagem de nosso coração a Deus, por termos sido redimidos por meio da morte de Seu Filho. E quem poderia descrever o abençoado privilégio que é anunciarmos a morte do Senhor dessa maneira? Reunidos ao redor dEle próprio, com os comoventes símbolos de Seu corpo e sangue diante de nossos olhos, reivindicando as afeições do nosso coração! Seu amor, que as muitas águas não poderiam apagar nem os rios afogar, penetra em nosso coração e toma posse de nossa alma, nos constrangendo a nos prostrarmos aos Seus pés em grata adoração, e nos fazendo almejar pelo momento quando O veremos face a face e, contemplando a Sua glória, estaremos junto a Ele, O adorando por todas as eras da eternidade!<br /><br />Termino, orando para que você possa ser instruído cada vez mais no significado da morte do Senhor, como é apresentada na Sua ceia.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-69930350908182951202013-10-22T12:19:00.003-07:002013-10-22T12:19:42.681-07:00Cartas a um novo convertido - 5 - A Mesa do Senhor<div align="center" style="background-color: white;">
<span style="color: black; font-family: inherit; font-size: large;"><b>A Mesa do Senhor</b></span><br />
<span style="color: black; font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVMHrZU5VK1_8JA78iw_alak4BadHlnLw_mbcnNSVpDUAyyPW8tE_nUM2eJPg7WgutjRP-A8beKhQmFHX6KmfYrxSI0N8vdZ4eliVp_CgLTr4j8bZ13t7xvBvuYeGVbJE3WHenF28b7Hhw/s1600/p24plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="321" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVMHrZU5VK1_8JA78iw_alak4BadHlnLw_mbcnNSVpDUAyyPW8tE_nUM2eJPg7WgutjRP-A8beKhQmFHX6KmfYrxSI0N8vdZ4eliVp_CgLTr4j8bZ13t7xvBvuYeGVbJE3WHenF28b7Hhw/s400/p24plate.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="color: black; font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div align="left" style="background-color: white;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="color: black; font-family: inherit;">Prezado irmão,<br /><br />A questão da mesa do Senhor é, com frequência, um assunto que confunde o filho de Deus. Pois ele encontra ao redor de si não apenas muitas mesas, estabelecidas sobre diferentes bases, mas, quando começa a investigar este assunto, encontra tantas teorias quantas forem as mesas, no que diz respeito ao significado da ceia à qual ele é convidado a participar. Portanto, a única forma de ele evitar o erro e ser achado em obediência ao seu Senhor, é tapar os ouvidos à confusão de vozes dos teólogos e acatar o ensino claro e inequívoco da Palavra de Deus. E é a isto que desejo guiá-lo nesta carta.</span><br />
<a name='more'></a><span style="color: black; font-family: inherit;"><br />Como era de se esperar, não há nada que esteja faltando com respeito a este tema nas Escrituras. Sendo assim, o capítulo 10 de 1 Coríntios explica o caráter da mesa e o capítulo 11 nos dá o caráter da ceia e a maneira como ela deve ser celebrada.<br /><br />Vamos considerar primeiro a questão da mesa. "Porventura o cálice da bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo: porque todos participamos do mesmo pão" (1 Coríntios 10.16,17). Está claro que esta passagem ensina duas coisas: em primeiro lugar, que o pão sobre a mesa é o símbolo do corpo de Cristo ("Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo" - veja também 1 Coríntios 12.13); e em segundo lugar, que somos participantes dele como membros deste corpo ("porque todos participamos do mesmo pão"). Por conseguinte, assim como temos a comunhão do sangue de Cristo por meio do vinho, também temos a comunhão do corpo de Cristo por meio do pão, quando participamos da ceia em conformidade com os pensamentos de Deus. A mesa é assim a expressão da unidade do corpo de Cristo; e, consequentemente, somente os membros deste corpo podem estar apropriadamente reunidos em torno dela. Por estranho que possa parecer, a "igreja" da Inglaterra concorda com este princípio, pois não admite à sua mesa alguém que não tenha sido batizado, e ela declara que cada pessoa batizada é transformada em "um membro de Cristo". O erro, como pode ver, está em atribuir ao batismo (como meio) aquilo que só pode ser produzido pelo Espírito de Deus. Menciono este caso apenas para mostrar a você que o princípio aqui anunciado, longe de ser algo peculiar, é largamente aceito.<br /><br />Ora, é pela aplicação deste princípio que você pode identificar qual, de todas mesas ao seu redor, é a mesa do Senhor. Aplique este teste em cada mesa denominacional e qual será o resultado? Você logo irá perceber que nenhum sistema sectário pode ter a mesa do Senhor, pois a base sobre a qual uma mesa denominacional é estabelecida, em todos os casos, não abrange todo o corpo de Cristo. Mesmo se, por um momento apenas, admitíssemos a hipótese de que todos os seguidores de uma determinada denominação fossem membros do corpo de Cristo, teríamos ainda que perguntar: "Existem outros membros do corpo fora dessa denominação?" Se existirem, então tal mesa não é a mesa do Senhor, por mais sincera, consciente e piedosa que possa ter sido a forma como foi estabelecida. Porém alguns poderiam responder: "Mas estamos abertos para receber a todos os outros membros do corpo de Cristo". Mesmo assim eu diria que isso não altera a situação, pois a base adotada determina o caráter da mesa que sobre ela é estabelecida; e a base adotada em qualquer denominação é de um caráter tal que muitos cristãos fiéis não poderiam estar em comunhão nessa mesa. Por exemplo, os dissidentes (nome dado pela igreja Anglicana aos outros Protestantes) são excluídos, por questão de consciência, da mesa da "igreja" Anglicana; e os Anglicanos são igualmente excluído das mesas dos dissidentes. Sendo assim, em nenhum desses lugares poderá ser identificada a mesa do Senhor, já que a base adotada para a comunhão é outra, e não aquela do corpo de Cristo.<br /><br />Mais uma vez, experimente testar as mesas dos sistemas que se dizem não-sectários usando o mesmo princípio. Talvez você me diga que conhece um lugar onde toda a questão denominacional é repudiada e onde é ensinado que todos os cristãos devem estar unidos apenas como cristãos. Muito bom, mas ainda assim eu teria algumas perguntas a fazer. Eu perguntaria: Estão os crentes reunidos naquele lugar somente para o nome de Cristo? Existe liberdade para o Espírito ministrar por intermédio de quem Ele desejar? É exercida a disciplina para que haja santidade? Pois o Senhor não pode aprovar coisa alguma que esteja em desacordo com as Escrituras - qualquer coisa que não seja condizente com o caráter do Seu próprio nome. Se estas perguntas puderem ser respondidas afirmativamente, então você talvez possa concluir que encontrou a mesa do Senhor. Caso contrário, por mais atraente e correta que possa ter parecido a uma primeira análise, você deve rejeitá-la como estando na mesma situação daquelas estabelecidas pelos sistemas denominacionais.<br /><br />Acredito que se acrescentarmos mais algumas características da mesa do Senhor, isto servirá para guardá-lo do erro: 1. A mesa deve estar estabelecida sobre uma base fora de todos os sistemas denominacionais, caso contrário, como já vimos, ela não estará abrangendo todos os membros do corpo de Cristo. 2. Os santos deverão estar reunidos em torno da mesa no primeiro dia da semana, pois assim lemos: "E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão" (Atos 20.7), o que é uma prova inquestionável de que era este o costume dos primeiros cristãos. Veja também em João 20 como nosso bendito Senhor, em duas ocasiões após Sua ressurreição, escolheu o primeiro dia da semana para Se apresentar no meio de Seus discípulos reunidos (versículos 19 e 26), consagrando, por assim dizer, esse dia para a assembléia proclamar Sua morte. 3. O propósito da reunião deve ser o partir do pão. Chamo sua atenção para este ponto, pois em muitos lugares existem mesas postas semanalmente, mas que encontram-se subordinadas a outras atividades tais como pregação, etc. 4. Tudo aquilo que estiver em conexão com a mesa - adoração, ministério e disciplina - deve estar de acordo com a Palavra de Deus e em completa sujeição a ela. Se houver qualquer indício de regras humanas, sejam quais forem os motivos pelos quais tenham sido adotadas, o caráter da mesa estará arruinado. Pois a mesa é do Senhor e, portanto, somente a Sua autoridade deve ser reconhecida pelos Seus santos reunidos.<br /><br />Devo acrescentar algo mais? Sim, pois há um ou dois perigos que gostaria de assinalar. O primeiro é a indiferença. Há alguns dias perguntei a uma cristã se ela estava na mesa do Senhor. Entendendo a que me referia, ela respondeu: "Não desejo preocupar-me com tais assuntos, pois para mim é suficiente saber que Cristo é meu Salvador". Poderia algo ser mais triste? Como se não fosse tão importante conhecer a vontade do Senhor! Pois você pode ter certeza de que se Ele tem indicado a Sua vontade sobre este assunto, deveria ser um gozo para nós podermos averiguá-lo e sermos encontrados a andar em obediência também nisto. Outra pessoa me respondeu de um modo diferente: "Não cabe a mim julgar aqueles com os quais me reúno, e quero ter comunhão com todos eles". "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Apocalipse 2.7 - Leia os capítulos 2 e 3 de Apocalipse). Somos chamados a julgar a maneira de agir daqueles com os quais mantemos comunhão - e até mesmo das "igrejas" - medindo tudo pela Palavra e rejeitando aquilo que ela não nos ordene fazer, ou que seja condenado por ela. A indiferença é o espírito de Laodicéia e a resposta do Senhor a isso é: "Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca" (Apocalipse 3.16). Outro perigo é o da associação. Veja, por exemplo, quantos recém convertidos são atraídos àquilo que é contrário aos pensamentos do Senhor devido a vínculos de amizade, parentesco ou religião! Acabam sendo guiados pelas opiniões de seus amigos ao invés de o serem pela Palavra de Deus. Também é comum encontrarmos aqueles que, por terem se convertido ao Senhor ou recebido uma bênção em determinado lugar, desejam permanecer onde a bênção foi recebida. Mas, qualquer que seja o caso, a pergunta que sempre deveria ser feita é: "Senhor, que queres que faça?" (Atos 9.6). Caso contrário, mesmo que o crente tenha o mais sincero desejo de fazer o que o Senhor ordenou, lembrando-O em Sua morte, estará fazendo de uma maneira que realmente desagrada ao Senhor.<br /><br />Ao chamar a sua atenção para estes perigos, quero lembrá-lo de que é muito melhor esperar do que participar da ceia do Senhor em desobediência. Portanto, antes de buscar o seu lugar à mesa do Senhor recorra às Escrituras, pedindo a direção do Senhor; e "se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz" (Mateus 6.22). Deixarei o assunto da ceia para a próxima carta.</span><br />
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-73078554493582214712013-10-09T06:30:00.002-07:002013-10-09T06:30:45.205-07:00Cartas a um novo convertido - 4 - O Corpo de Cristo<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b>O Corpo de Cristo</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7cPJK-2JV3vVeTHyf9vmCjWI8LXpyQacX5cwTt4EfuaFk2N0HcNLtEZKQUNHd01_jCUESimKNB_OORbJyYuEI3QVsyT4e-xT1Jb2cSDPaBtWN_I96kqeSwrwgodv_jPsLh2kna2F3eRZ8/s1600/p55plate-Great+College+Street.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="341" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7cPJK-2JV3vVeTHyf9vmCjWI8LXpyQacX5cwTt4EfuaFk2N0HcNLtEZKQUNHd01_jCUESimKNB_OORbJyYuEI3QVsyT4e-xT1Jb2cSDPaBtWN_I96kqeSwrwgodv_jPsLh2kna2F3eRZ8/s400/p55plate-Great+College+Street.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify; text-indent: 20px;"><span style="font-size: x-small;">Great College Street</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: inherit;">Prezado irmão,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Existe outra questão, que agora exige sua atenção,
relacionada ao corpo de Cristo. No dia de Pentecostes ocorreu algo
completamente novo no desenrolar dos desígnios de Deus - a vinda do Espírito
Santo. Até aquele período o Espírito Santo agia neste mundo, pois em todas as
dispensações passadas houve almas vivificadas e "homens santos de Deus
falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1.21). Mas até o Senhor
Jesus ter sido glorificado à direita de Deus, o Espírito Santo, como uma Pessoa
divina, não estava neste mundo. Isto não se trata de uma nova teoria, mas é um
assunto claramente estabelecido nas Escrituras. Assim, quando no grande dia da
Festa dos Tabernáculos, "Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém
tem sede, venha a Mim, e beba. Quem crê em Mim, como diz a Escritura, rios
d'água viva correrão do seu ventre", é explicado que falava "do
Espírito que haviam de receber os que nEle cressem; porque o Espírito Santo
ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado" (João
7.37-39). O próprio Senhor acrescentou no mesmo sentido: "Todavia digo-vos
a verdade, que vos convém que Eu vá; porque, se Eu não for, o Consolador não
virá a vós" (João 16.7; compare com João 14.16,17, 26 e 15.26).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Passando mais adiante, em Atos 2, encontramos o registro
histórico da descida do Espírito de Deus: "E, cumprindo-se o dia de
Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e de repente veio do céu um
som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam
assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as
quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e
começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que
falassem" (Atos 2.1-4). Assim se cumpriram as palavras que o Senhor falou
aos Seus discípulos após a Sua ressurreição: "vós sereis batizados com o
Espírito Santo; não muito depois destes dias... Mas recebereis a virtude [ou
poder] do Espírito Santo, que há de vir sobre vós" (Atos 1.5,8).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Foi pela descida do Espírito Santo que a Igreja foi formada
- a Igreja de Deus conforme é encontrada no Novo Testamento - e desde então ela
existe em dois aspectos: como a casa de Deus (1 Timóteo 3.15) e como o corpo de
Cristo (Efésios 1.22,23). É o segundo aspecto da Igreja que desejo trazer
diante de você nesta carta, e há dois versículos que nos capacitarão a
compreender isto. Em Colossenses 1.18 lemos que "Ele é a cabeça do corpo
da Igreja"; e em 1 Coríntios 12.13, "Pois todos nós fomos batizados
em um Espírito formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer
livres". Isto parece indicar que no dia de Pentecostes, pela vinda do
Espírito Santo, os crentes foram batizados em um corpo, e que assim foi formado
o corpo de Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Mas, permita-me perguntar, de que, ou de quem, é composto o
corpo de Cristo? "Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e
todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também" (1
Coríntios 12.12). O termo "Cristo", conforme é usado aqui, inclui o
próprio Cristo e todos os membros do corpo, vistos como um todo. Portanto o
corpo de Cristo inclui a Ele próprio, como a Cabeça, e a todos os crentes sobre
a face da Terra, nos quais o Espírito Santo veio habitar. Como consequência,
cada filho de Deus que pode clamar "Aba, Pai" é um membro do corpo de
Cristo e, por esta razão, o apóstolo diz que "somos membros do Seu corpo"
(Efésios 5.30). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Este é um ponto para o qual desejo chamar sua atenção, pois
um grande número dos amados filhos de Deus ignoram que ocupam esta maravilhosa
e privilegiada posição. Por ocasião de uma visita que fiz há algum tempo a um
crente prestes a morrer, perguntei-lhe: "Sabe que você é um membro do
corpo de Cristo?". Sua resposta foi: "Não, jamais ouvi coisa
semelhante". Tão cedo não vou me esquecer do gozo que expressavam as
feições daquele moribundo à medida que eu ia expondo as Escrituras que falam
deste assunto. Permita-me, então, pedir-lhe que considere o que significa ser
um membro do corpo de Cristo. Primeiro, e o mais importante, nos ensina que
estamos unidos a Cristo - a Cristo como Homem glorificado à direita de Deus. E
uma vez que Ele é a cabeça do corpo, cada membro está de uma forma vital, e
podemos até mesmo dizer organicamente, ligado a Ele. "O que se ajunta com
o Senhor é um mesmo espírito" (1 Coríntios 6.17).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Veja, portanto, até onde vai a graça de nosso Deus! Se não
bastasse o fato de nossos pecados terem sido perdoados; de estarmos
justificados pela fé; de termos sido introduzidos no claro e perfeito favor de
Deus; de estarmos ressuscitados com Cristo; de estarmos assentados nEle nos
lugares celestiais; mesmo possuindo tanto, a despeito de estarmos cercados de
fraqueza e enfermidade neste mundo, nos é dado saber que estamos unidos a
Cristo na glória! Podemos elevar nossos olhos a Ele na glória, onde Ele está, e
dizer com toda a segurança: "Somos membros do Seu corpo, da Sua carne, e
dos Seus ossos!" (Efésios 5:3 - Versão Almeida Corrigida Fiel).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Se os crentes conhecessem esta verdade em poder, como
poderia haver discussões quanto à certeza da nossa salvação aqui e agora? E,
quando tivéssemos que enfrentar novas provas ou perigos, cada vez maiores, que
força nos daria se tivéssemos sempre em mente esta verdade: Estamos unidos a
Cristo! E, oh! que revelação isto nos dá da proximidade e intimidade que
possuímos com Ele! Pois nos foi dado conhecer que somos um com Ele próprio; que
tudo o que nos atinge, atinge a Ele também (leia Atos 9.4). Estamos, portanto,
inseparavelmente, indissoluvelmente ligados a Ele para todo o sempre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Em segundo lugar, nos é ensinado que sendo membros do corpo
de Cristo, somos também membros uns dos outros, e é essencial que aprendamos
esta verdade se quisermos entender o caráter de nosso parentesco com todos os
filhos de Deus. Assim, o mesmo vínculo que nos une a Cristo, nos une também a
todos os crentes; pois o mesmo Espírito que nos une a Cristo nos uniu também
uns aos outros. É isto que significa a "unidade do Espírito" (Efésios
4.3), ou seja, a unidade de todos os membros de Cristo, que foi formada nesta
Terra pelo Espírito de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Se agora você abrir em 1 Coríntios 12, verá o maravilhoso
caráter do nosso mútuo parentesco, decorrente do fato de sermos membros uns dos
outros. Você pode ler do versículo 12 ao 27 para sua meditação e enquanto isso
assinalarei os importantes pontos que são ali ensinados. Em primeiro lugar, é
deixado bem claro que "o corpo não é um só membro, mas muitos"; e que
cada membro tem o seu próprio lugar no corpo. Sendo assim, o apóstolo pergunta:
"Se o pé disser: porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso
do corpo?". E então ele toma o cuidado de mostrar que o lugar peculiar que
cada um ocupa no corpo é o resultado do ato soberano de Deus, além de nos
exortar a não nos esquecermos que, embora sendo muitos membros, há um só corpo
(1 Coríntios 12.14-20). Como seria fácil para alguém ampliar este assunto
acrescentando seus próprios pensamentos, se não tivéssemos mais nenhuma
instrução a respeito. Mas quero apenas chamar sua atenção aqui para dois
pontos: nossa obrigação ou responsabilidade em reconhecer, primeiramente, a
diversidade de membros (v. 14) e, em segundo lugar, a unidade do todo (v. 29).
E me atrevo a acrescentar que é impossível guardar uma coisa ou outra, a menos
que você esteja congregado fora do arraial, separado de todas as denominações e
sistemas humanos, para o nome de Cristo somente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Em segundo lugar, está claro que cada membro do corpo
necessita de todos os outros membros, pois "o olho não pode dizer à mão:
não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: não tenho necessidade
de vós", e o apóstolo continua nos ensinando que "Deus assim formou o
corpo... para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual
cuidado uns dos outros" (1 Coríntios 12.21-25). Somos, então, lembrados de
que o parentesco entre os membros é tão íntimo que "se um membro padece,
todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros
se regozijam com ele" (1 Coríntios 12.26).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Por estas passagens das Escrituras você poderá entender que
a expressão "o corpo de Cristo" não se trata de uma mera figura de
linguagem, como muitos a consideram, mas expressa uma realidade - a pura
realidade de nossa união com Cristo, bem como de nossa união uns com os outros.
E estou certo de que você entenderá que nossa responsabilidade para com Cristo,
como a Cabeça do corpo, e nossa responsabilidade para com os outros membros não
poderá ser compreendida, e muito menos manifestada, se esta verdade for
menosprezada ou ignorada. Mas, por outro lado, quando ela é conhecida, temos
não somente o gozo de uma união consciente com Cristo, como podemos nos
regozijar em nossa união - nossa indissolúvel união - com todos os membros do
Seu corpo em todas as partes do mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Isto nos leva a resultados bastante práticos. Por exemplo,
se alguém me diz que devo filiar-me a qualquer uma das denominações existentes,
imediatamente respondo que não posso fazer algo que negue - e claramente nega -
esta preciosa verdade. "Você me pede", eu diria "para me unir a
um determinado grupo de cristãos que estão em comum acordo em determinadas
coisas; mas eu já estou unido a todos os crentes, e preciso de todos; não
posso, portanto, aceitar uma base de união que exclua qualquer um deles".
Até mesmo se me convidassem para me unir a um certo número de cristãos que não
levassem em conta as barreiras denominacionais (geralmente conhecidos como
"interdenominacionais" - N. do T.), eu responderia: "Sou um
membro do corpo de Cristo e, portanto, não posso estabelecer qualquer base de
união diferente daquela que é o corpo. Ou permaneço na base que Deus
estabeleceu ou não permaneço em base nenhuma". Sendo assim, enquanto eu
não conhecer a verdade do corpo de Cristo, não poderei compreender o lugar que
Deus gostaria que eu ocupasse neste mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Mas agora deixo este assunto para sua meditação, pois estou
certo de que se você buscar nas Escrituras, na dependência do Senhor, Ele irá
guiá-lo, pelo Seu Espírito, para que você conheça a Sua vontade a este
respeito. Em minha próxima carta, se Deus quiser, apresentarei a você outro
assunto que está intimamente ligado a este, ou seja, o que se refere à mesa do
Senhor.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Edward Dennett</i></div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-92002022757551692742013-10-02T11:12:00.001-07:002013-10-02T11:14:47.653-07:00Cartas a um novo convertido - 3 - Nosso lugar neste mundo<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: large;">Nosso Lugar Neste Mundo</span></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><b><br /></b></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguQhQlXi1HTZfDrHHTYEmuQNwo6Q1KpOEYlHMNKi3b77dah1qwFkU2aWPimD_2vKGq1njkeWYNEPRC1FsQFvYbEYSAoc1PvvUAGalaLakNtRr0PPg9dhMmzFgktZb0UmJ4LrzdYkuPDO_M/s1600/p56plate-Tower+Bridge.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguQhQlXi1HTZfDrHHTYEmuQNwo6Q1KpOEYlHMNKi3b77dah1qwFkU2aWPimD_2vKGq1njkeWYNEPRC1FsQFvYbEYSAoc1PvvUAGalaLakNtRr0PPg9dhMmzFgktZb0UmJ4LrzdYkuPDO_M/s400/p56plate-Tower+Bridge.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tower Bridge</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Prezado irmão,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Em minha última carta procurei mostrar a você nosso lugar -
como crentes - diante de Deus; e agora gostaria de dirigir sua atenção para
nosso lugar aqui neste mundo; e veremos, creio eu, que isto também está ligado
a Cristo. Assim como é certo que estamos identificados com Cristo diante de
Deus no que se refere à nossa posição, estamos também identificados com Cristo
diante do mundo. Em outras palavras, somos colocados em Seu lugar aqui, assim
como estamos nEle diante de Deus; e tenho certeza de que seria de muito
proveito se tivéssemos esta verdade continuamente diante de nossa alma. Há,
porém, dois aspectos que se referem ao nosso lugar nesta Terra e é importante
que ambos sejam bem compreendidos. O primeiro aspecto está relacionado com o
mundo e o segundo com o "arraial", isto é, o cristianismo organizado
de nossos dias, que nesta dispensação tomou o lugar do judaísmo como testemunho
de Deus. Leia Romanos 11 e compare com o capítulo 13 de Mateus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><b>1. Nosso lugar em relação ao mundo.</b> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">O Senhor Jesus, dirigindo-se
aos judeus, disse: "Vós sois de baixo, Eu sou de cima; vós sois deste
mundo, Eu não sou deste mundo" (João 8.23). Mais tarde, quando apresentava
ao Pai os que eram Seus, disse: "Não são do mundo, como Eu do mundo não
sou" (João 17.16), e se você ler do versículo 14 ao 19 verá que Ele coloca
Seus discípulos na posição que Ele mesmo ocupa perante o mundo, do mesmo modo
como, do versículo 6 ao 13, Ele os coloca na mesma posição que Ele ocupa diante
do Pai. Você deve notar ainda que os discípulos ocupam a posição do Senhor
neste mundo porque não são daqui, assim como o Senhor não era, pois após terem
nascido de novo não pertencem mais a este mundo. Por isso Ele menciona
continuamente que Seus discípulos teriam de enfrentar o mesmo ódio e
perseguição que Ele vinha experimentando. Assim, dando um exemplo, Ele diz:
"Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, Me aborreceu a
Mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não
sois do mundo, antes Eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos
aborrece. Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o
seu senhor. Se a Mim Me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram
a Minha palavra, também guardarão a vossa" (João 15.18-20). O apóstolo
João indica ainda o total contraste entre os crentes e o mundo, quando diz:
"Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno" (1
João 5.19).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Há, porém, muito mais do que nos é mostrado nestas
importantes passagens. Cada crente é visto por Deus como tendo morrido e
ressuscitado com Cristo (leia Romanos 6 e Colossenses 3.1-3). Do ponto de vista
de Deus, o crente é assim transportado, através da morte e ressurreição de
Cristo, completamente para fora do mundo, da mesma forma como Israel foi levado
para fora do Egito através do Mar Vermelho. Portanto ele não pertence mais ao
mundo, embora seja enviado ao mundo como representante de Cristo (leia João
17.18). Por isso o apóstolo Paulo podia dizer, enquanto estava ativo no serviço
para Cristo neste mundo, "longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na
cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim
e eu para o mundo" (Gálatas 6.14). Pela cruz de Cristo ele viu que o mundo
já estava julgado (leia João 12.31), e pela aplicação da cruz em si próprio ele
considerava-se como morto - crucificado para o mundo - de modo a deixar bem
clara a separação que existia entre si mesmo e o mundo; uma separação tão
completa como a que é ocasionada pela morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">De tudo isso podemos ver que o cristão, embora estando no
mundo, não pertence a ele - Ele não é do mundo no mesmo sentido em que Cristo
não pertencia ao mundo. O crente pertence a uma outra esfera - pois se alguém
está em Cristo é nova criatura; como já foi visto, ele foi transportado
perfeitamente limpo para fora deste mundo por meio da morte e ressurreição de
Cristo. Por isso o cristão deve estar completamente separado do mundo; não deve
conformar-se a ele em seu espírito, hábitos, conduta, modo de andar, enfim, em
tudo o crente deve mostrar que não é deste mundo (leia Gálatas 1.3,4 e Romanos
12.2). E deve, ainda, pela aplicação da cruz, manter-se como crucificado para o
mundo. Nenhuma atração ou assimilação pode existir entre duas coisas que já
foram julgadas. Portanto, o crente está no mundo no lugar de Cristo, isto é,
está aqui por Cristo e é identificado com Cristo. Consequentemente deve
testemunhar de Cristo, andar como Cristo andou, e esperar receber o mesmo
tratamento que foi dado a Ele (leia Filipenses 2.15 e 1 João 2.6). Não é que
esperamos ser crucificados como Cristo foi, mas se formos fiéis iremos
encontrar no mundo o mesmo espírito de oposição que Ele encontrou. Na verdade,
a medida de semelhança de Cristo que trouxermos em nossa vida será a medida da
nossa perseguição. E pode-se dizer que o fato dos crentes encontrarem hoje tão
pouca oposição do mundo demonstra o quão pouco estão separados dele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Antes de passar para o outro aspecto deste assunto, não
posso deixar de rogar-lhe insistentemente que rompa todo e qualquer vínculo que
o esteja ligando moralmente com este mundo. Não é preciso muito discernimento
para se perceber que o espírito deste mundo, o mundanismo, está introduzindo-se
sorrateiramente, porém com rapidez, nas igrejas ou assembléias e
manifestando-se com jactância até mesmo na mesa do Senhor. Que golpe e que
desonra para Aquele, cuja morte nos reunimos para recordar! E que solene
advertência recai sobre os santos para que nos humilhemos perante Deus,
buscando renovada graça a fim de sermos mais fervorosos e mais separados do
mundo; para que fique evidente que pertencemos a Cristo, a Quem o mundo
rejeitou, lançou fora e crucificou! Quantos de nós têm o espírito de Paulo, que
desejava a "comunicação de Suas aflições, sendo feito conforme à Sua
morte" (Filipenses 3.10), tendo em vista o Cristo glorificado como objeto
de sua afeição e alvo de todas as suas aspirações? Que o Senhor possa restaurar
em nós, e em todos os Seus amados santos, mais dessa devoção a Ele, em completa
separação deste mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><b>2. Nosso lugar em relação ao "arraial". </b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Na
epístola aos Hebreus, lemos: "Porque os corpos dos animais, cujo sangue é,
pelo pecado, trazido pelo sumo sacerdote para o santuário, são queimados fora
do arraial. E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo Seu próprio sangue,
padeceu fora da porta. Saiamos pois a Ele fora do arraial, levando o Seu
vitupério" (Hebreus 13.11-13). Há duas coisas bem evidentes nesta passagem
- o sangue da oferenda pelo pecado era levado para dentro do santuário, e os
corpos dos animais que haviam sido sacrificados eram queimados fora do arraial.
O apóstolo mostra que estas duas coisas tinham seus correspondentes na morte de
Cristo, que é o antítipo daqueles sacrifícios. Temos, assim, a dupla posição
ocupada pelo crente - seu lugar diante de Deus no interior do santuário, para
onde o sangue era levado, e seu lugar na Terra fora do arraial ou acampamento,
onde Cristo sofreu. Em outras palavras, como já foi explicado, se estamos em
Cristo diante de Deus, identificados com Ele ali em todo o aroma de Sua própria
aceitação, estamos também identificados com Ele sobre a Terra, ocupando o Seu
lugar de vergonha, reprovação e rejeição. O lugar do crente sobre a Terra é
fora do arraial; como diz o autor desta epístola: "Saiamos pois a Ele fora
do arraial, levando o Seu vitupério" (Hebreus 13.13).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Talvez você esteja perguntando: "O que é o
arraial?". Na passagem que acabei de citar, fica claro, a partir do
contexto todo, que trata-se do judaísmo. A que, então, se aplicaria isso em
nossos dias? O judaísmo provinha de Deus e ocupava o lugar de testemunho dEle
neste mundo. O judaísmo falhou e foi posto de lado depois do Pentecostes,
quando, diante da pregação dos apóstolos, ocorreu a rejeição final de Cristo. O
cristianismo tomou então o lugar do judaísmo como o testemunho de Deus neste
mundo, conforme nos ensina o capítulo 11 de Romanos. Portanto, o
"arraial" em nossos dias é o cristianismo organizado, a igreja
professa, que inclui todas as denominações, desde o corrupto Catolicismo Romano
até as menores seitas do Protestantismo. É possível que, neste ponto, você
pergunte: "Baseados em quê somos exortados a sair fora desse
arraial?" Baseados em sua completa ruína como testemunho de Deus sobre a
Terra. "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Apocalipse
2.11). É nossa responsabilidade - e até mesmo nossa segurança - analisarmos
tudo o que se diz como vindo de Deus, usando para isso a Palavra escrita. Se
usarmos o mesmo critério para provar todas as denominações, todas elas se
mostrarão culpadas de fracasso e desobediência. Portanto, nada mais resta ao
crente que deseja atuar de acordo com o pensamento de Deus senão tomar o seu
lugar fora de tudo isso, apartado da confusão e dos erros de nossos dias maus,
seguindo adiante com os que estão congregados simplesmente ao nome de Cristo em
obediência à Sua Palavra. O capítulo 33 de Êxodo é muito instrutivo a esse
respeito. Quando Moisés desceu do monte (capítulo 32), viu que todo o arraial
havia caído em idolatria, e depois de haver retornado de sua intercessão a
favor de Israel, trouxe uma "má notícia" para o povo (leia Êxodo
33.4). Então, "tomou Moisés a tenda, e a estendeu para si fora do arraial,
desviada longe do arraial, e chamou-lhe a tenda da congregação: e aconteceu que
todo aquele que buscava o Senhor saiu à tenda da congregação, que estava fora
do arraial" (Êxodo 33.7). Moisés agiu assim porque agia de acordo com o
pensamento do Senhor em vista do fracasso do povo, e vemos nesta cena um
exemplo moral para nossos dias. Peço a você que considere este assunto
cuidadosamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Creio que já escrevi o suficiente para levá-lo a compreender
o lugar do crente neste mundo. Por um lado deve estar em separação do mundo e
por outro lado deve estar fora do arraial. Tomar uma posição assim irá fazer
com que sejamos odiados pelos que estão no mundo e reprovados pelos que
permanecem no arraial. Mas, se assim acontecer, estaremos ainda mais
identificados com nosso bendito Senhor. Em Hebreus 13.13 isto é chamado de
"Seu vitupério", que significa vergonha ou desonra. Que jamais
desejemos fugir do ódio do mundo, nem evitar a vergonha fora do arraial, mas
que possamos nos regozijar quando formos considerados dignos de padecer afronta
pelo nome de Jesus! (leia Hebreus 11.38 e Atos 5.41).</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Edward Dennett</i></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-68181323484393444572013-09-23T03:05:00.000-07:002013-09-23T03:41:41.245-07:00Cartas a um novo convertido - 2 - Nosso lugar perante Deus<div style="background-color: white; text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><i><b>Nosso lugar perante Deus</b></i></span></div>
<div>
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.gutenberg.ca/ebooks/squirepennell-reverie/squirepennell-reverie-00-h-dir/images/p13plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="http://www.gutenberg.ca/ebooks/squirepennell-reverie/squirepennell-reverie-00-h-dir/images/p13plate.jpg" width="315" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Woburn Square</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: inherit;">Prezado irmão,</span></div>
<div style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="color: black; font-family: inherit;">Estou um pouco preocupado em pensar que você, que agora sabe que tem paz com Deus, e que deveria estar contente, venha a se acomodar, achando que essa bênção é tudo o que Deus proveu para você em Cristo. Muitos caem neste engano, e por conseguinte nunca compreendem a posição na qual foram introduzidos.</span><br />
<a name='more'></a><span style="color: black; font-family: inherit;"><br />Permita-me, então, lembrá-lo de que, apesar da grandiosidade dessa bênção, a qual você dever estar desfrutando agora, os pensamentos e desejos de Deus a seu respeito vão infinitamente além disso. Posso tornar isto mais simples chamando a sua atenção mais uma vez para o fundamento. A base de tudo encontra-se na cruz de Cristo, pois foi ali que Ele pôde satisfazer, em nosso favor, tanto os requisitos exigidos pela santidade de Deus, como também glorificá-Lo em cada atributo de Seu caráter. É a isto que o Senhor Jesus Se referia quando disse: "Eu glorifiquei-Te na Terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer" (João 17.4). E foi com base nisso, como já tendo resolvido uma demanda de Deus, que Ele orou: "E agora glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha Contigo antes que o mundo existisse" (João 17.5).<br /><br />Portanto, como você poderá perceber, Deus mostra a importância que deu à obra consumada na cruz, pelo fato de haver feito Cristo assentar à Sua direita. Podemos dizer ainda que nada menos do que isso poderia ter sido considerada uma resposta adequada à exigência de Deus que Cristo cumpriu através de Sua obra consumada. E certamente nada menos poderia ter satisfeito o coração de Deus; pois quem poderá jamais imaginar o Seu gozo ao intervir levantando Cristo de entre os mortos, colocando-O à Sua direita, e dando-Lhe, ainda, "um Nome que é sobre todo o nome"? "Pelo que também Deus O exaltou soberanamente, e Lhe deu um Nome que é sobre todo o nome; para que ao Nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2.9-11).<br /><br />Observe, então, com muito cuidado, estas três coisas: Primeiro, o lugar agora ocupado por Cristo na glória é fruto de Sua obra redentora; segundo, Cristo ocupa esse lugar como Homem; e, por conseguinte, terceiro, Ele está ali em favor dos que são Seus. As consequências são que Deus nos levará para o mesmo lugar; que a glória de Deus está empenhada em dar aos crentes o mesmo lugar de aceitação perante Si; e - isto mesmo! - que o Seu coração se compraz em reconhecer, também deste modo, a obra e o valor do Seu Filho amado. Portanto, todo crente encontra-se agora diante de Deus em virtude da eficácia da obra de Cristo, desfrutando ali de toda a aceitação que a própria Pessoa de Cristo desfruta. Deste modo, o crente desfruta de uma posição de perfeita proximidade de Deus, e é ainda objeto da perfeita bondade de Deus; pois ele é introduzido - e efetivamente está - na presença de Deus em Cristo Jesus.<br /><br />Agora gostaria de levar você a examinar algumas passagens que comprovam plenamente as afirmações acima. O versículo que vem logo em seguida àquele que ocupou nossa atenção na última carta encaixa-se perfeitamente aqui. "Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo"; e então o apóstolo continua: "Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus" (Romanos 5.1,2). Dessa forma, quando cremos, não somente temos paz com Deus, mas temos também acesso, por meio de Cristo, a esta graça na qual estamos firmes. Isto é, somos introduzidos no completo favor de Deus - transportados para a sempre radiante luz da Sua presença, onde podemos nos regozijar na esperança da glória de Deus - pois tudo já foi estabelecido e assegurado.<br /><br />Por meio da fé em Cristo - e fé nAquele que ressuscitou Jesus nosso Senhor de entre os mortos - somos levados a uma posição tão perfeita e tão segura que, apesar das tribulações, dificuldades e perigos de nosso caminho por este deserto, podemos nos regozijar na esperança - na firme e inabalável perspectiva - da glória de Deus. Poderemos sofrer tribulações, como o apóstolo segue dizendo em sua carta, mas, se assim ocorrer, podemos nos gloriar até nas tribulações, "sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Romanos 5.3-5).Foi esse o amor que Deus demonstrou ter, e nos deu; foi nesse mesmo amor que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. E se, sendo nós ainda pecadores, nos reconciliou com Deus pela morte de Seu Filho, quanto mais somos levados a concluir que seremos salvos - salvos completamente, inclusive com a redenção de nosso corpo (Romanos 8.23) - por Sua vida, a vida do Salvador ressurreto e assentado à direita de Deus. E não apenas isto, mas também nos regozijamos em Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de Quem recebemos agora a reconciliação (Romanos 5.3-11). Sendo assim, temos como nossa presente porção o amor de Deus derramado em nossos corações, nos regozijamos nEle, ocupamos perante Ele um lugar de perfeito favor e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.<br /><br />Mas isso ainda não é tudo. Na mesma epístola, não apenas somos ensinados que nossa culpa se foi para sempre no exato momento em que cremos em Cristo, que somos justificados, etc., mas também nos é mostrado que somos totalmente transportados, por meio da morte e ressurreição de Cristo, a um novo lugar - um lugar fora de nossa carne, pois estamos "em Cristo" diante de Deus. A parte seguinte da epístola ou carta de Paulo, começando no versículo 12 deste capítulo e terminando no capítulo 8, fala deste assunto. Você irá notar, em primeiro lugar, que tudo tem início ou a partir de Adão ou a partir de Cristo, as duas cabeças; o primeiro homem Adão, e o segundo homem Cristo (Romanos 5.12-21). A consequência é que todos estão, ou em Adão, ou em Cristo, e é quase desnecessário dizer que a diferença entre estarmos em Adão ou em Cristo depende se ainda somos incrédulos ou se já somos crentes. Se, pela graça de Deus, somos crentes, então estamos em Cristo. Sendo assim, há certas consequências benditas que desejo indicar rapidamente, deixando então que você fique à vontade para meditar mais neste assunto.<br /><br />A primeira coisa que o apóstolo nos lembra é que a posição em que nos encontramos - a posição que assumimos por meio de nosso batismo - demonstra que professamos estar mortos com Cristo, e isto, como pode ser observado em Colossenses 3.3, aplica-se a todos os crentes diante de Deus. Se você ler cuidadosamente o capítulo 6 de Romanos, irá logo perceber que o apóstolo incita a nossa responsabilidade sobre este fundamento. Portanto, o meu velho eu saiu da vista de Deus assim como aconteceu com os meus pecados, caso contrário o apóstolo não poderia ter afirmado, como o fez em Romanos 6.11: "Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor".<br /><br />No capítulo seguinte ele ensina que "vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo" (Romanos 7:4), e isto, após discutir o efeito da aplicação da lei a alguém despertado pelo Espírito de Deus, abre o caminho para descortinar a presença constante do pecado na natureza e a total incompatibilidade entre a nova e a velha natureza (Romanos 7:13-25), o que nos leva a uma declaração completa da verdade com respeito ao crente. "Portanto", continua ele, "agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Romanos 8.1), tão completa é a libertação, assim como o perdão, que temos em Cristo. "Vós, porém, não estais na carne, mas no espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós" (Romanos 8.9). Ele nos mostra, deste modo, que a posição do crente não é na carne, não no primeiro homem - Adão - mas o crente permanece diante de Deus em um lugar que é caracterizado como estando no Espírito. Isto é, o Espírito, e não a carne, caracteriza a existência do crente diante de Deus, pois na morte de Cristo a natureza má do crente também foi julgada; pois "Deus, enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne" (Romanos 8.3). </span></div>
<div style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="color: black; font-family: inherit;">Assim, após apontar mais essas benditas consequências de sermos habitados pelo Espírito, o apóstolo declara que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por Seu decreto. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho; a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos" (Romanos 8.28,29). Então ele pergunta: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8.31), ao que responde lembrando que Deus, ao entregar o Seu Filho à morte por nós, provou-nos que também nos dará livremente todas as coisas. Isso leva o apóstolo à triunfante conclusão de que nada pode servir de acusação contra os eleitos de Deus; que se o próprio Deus os justificou, nada poderá condená-los; que se Cristo morreu e ressuscitou, estando bem à direita de Deus para interceder por nós, nada "nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (leia Romanos 8.31-39).<br /><br />Portanto seria um grave erro você parar no capítulo 5 de Romanos, se quisesse conhecer a plenitude da graça de Deus e o tremendo caráter da salvação que Ele concede; pois a menos que leiamos até o capítulo 8 de Romanos, nunca saberemos o que é verdadeiro para nós e a nosso respeito diante de Deus - a completa e perfeita libertação que cada crente tem em Cristo, mesmo que ignore isso. É também da maior importância que você possa notar que essas bênçãos que foram assinaladas não estão associadas a nossos esforços para consegui-las. Tudo o que mostrei é a porção que possui todo aquele que clama "Aba, Pai"; a porção que pertence a cada recém-nascido em Cristo, quer ele saiba ou não.<br /><br />Há ainda muita coisa além disso, e se você der uma olhada em Efésios eu lhe mostrarei, em poucas palavras - pois não tenho intenção de prolongar esta carta - o pleno caráter do lugar que o crente ocupa diante de Deus. Olhe, em primeiro lugar, para as maravilhosas expressões do primeiro capítulo: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, O qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu nEle antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em caridade [amor]; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para Si mesmo, segundo o beneplácito de Sua vontade, para louvor e glória da Sua graça, pela qual nos fez agradáveis a Si no Amado" (Efésios 1.3-6). Preste atenção em cada uma das sentenças que coloquei em realce e você verá como é perfeito o nosso lugar diante de Deus. Pois Ele nos abençoou com todas as bênçãos espirituais...; e Seu propósito era que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em amor; e nos fez agradáveis a Si no Amado.<br /><br />No capítulo seguinte (Efésios 2) temos a maneira como fomos introduzidos nos lugares celestiais. "Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Efésios 2.4-6). Aqui somos considerados como havendo estado mortos em pecados; Cristo é visto nesta epístola aos Efésios como tendo descido àquela condição - morto - como de fato ocorreu, no lugar do pecador. Deus, sendo rico em misericórdia e agindo segundo o Seu próprio coração de amor veio, em graça, e nos vivificou juntamente com Cristo. E então nos ressuscitou e nos fez assentar juntamente com Cristo nos lugares celestiais, o que significa que transportou-nos à Sua própria presença. Portanto, o nosso lugar atual - mesmo enquanto ainda estamos em nosso corpo - é agora nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Nada menos do que isso expressa a plenitude da Sua graça ou satisfaz o Seu coração.<br /><br />Há mais uma passagem que gostaria de trazer a você antes de terminar: "Qual Ele é, somos nós também neste mundo" (1 João 4.17). Assim como Cristo é, ali à direita de Deus - a alegria e o gozo do coração de Deus - ali também em toda a perfeição da Sua Pessoa e em todo o doce aroma do Seu sacrifício, assim também somos nós neste mundo; pois estamos firmados não em nós mesmos, mas em Cristo, sendo, por esta razão, dotados de toda a aceitação e odor suave que Ele mesmo tem diante de Deus.<br /><br />Que o Senhor nos conceda um maior reconhecimento do lugar no qual, por Sua inexprimível graça, fomos introduzidos em Cristo Jesus.</span></div>
<div style="background-color: white; text-align: left;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; text-align: right;">
<span style="color: black; font-family: inherit;"><i>Edward Dennett</i></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-77040793019749286552013-09-09T11:52:00.000-07:002013-09-23T03:40:29.446-07:00Cartas a um novo convertido - 1 - Paz com Deus<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<i><span style="font-family: inherit;"><b><span style="font-size: large;">Prefácio da Primeira Edição em Inglês</span></b><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIvUQKG2bKGo8buErYPm5t95XG0hhE2LH33rJ0NvRbC-gJj7PhMi35saTElF3cJ93XnMxciDT_VmugbpMaZT22D-aiBBc-2nOj2fKE_TiYB2IxkhScKdiYdxLUoLFDcRi_Dk_qDzvUa-eo/s1600/p12plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIvUQKG2bKGo8buErYPm5t95XG0hhE2LH33rJ0NvRbC-gJj7PhMi35saTElF3cJ93XnMxciDT_VmugbpMaZT22D-aiBBc-2nOj2fKE_TiYB2IxkhScKdiYdxLUoLFDcRi_Dk_qDzvUa-eo/s400/p12plate.jpg" width="243" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><h3 style="clear: both; margin-bottom: 2em; margin-top: 1em;">
<span style="font-weight: normal;">St. Stephen's, Walbrook</span></h3>
</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: left;">
<i><span style="font-family: inherit;">Estas cartas a um novo convertido estão sendo reimpressas, sem
alteração, da revista Christian's Friend (Amigo do Cristão). Elas foram
originalmente escritas pelo editor para ajudar uma pessoa que havia se
convertido há pouco tempo e que nunca tivera a oportunidade de receber um
ensino oral. Considerando que os assuntos tratados são de interesse vital e
permanente, são agora publicadas com a oração de que o Senhor possa Se agradar
em abençoá-las para a edificação de muitas ovelhas de Seu rebanho.</span></i></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Edward Dennett</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: inherit;">Blackheath, </span></i><i style="font-family: inherit;">Dezembro de 1877</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: inherit;"></span></i></div>
<a name='more'></a><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<i><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Primeira Carta<o:p></o:p></b></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<b style="font-family: inherit;"><i><span style="font-size: large;">Paz Com Deus</span></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Prezado
irmão,</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">Você
se queixa de não ter uma “paz firme” e que por isso está fazendo pouco
progresso na verdade ou no conhecimento do Senhor. Sua reclamação, sinto
admitir, não é algo incomum, mas brota de um conhecimento imperfeito do
evangelho e por você confundir duas coisas que são diferentes. Portanto espero,
com a bênção do Senhor, ser capaz de ajudá-lo, isto se você estiver disposto a
considerar cuidadosamente o que estou para escrever.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">Seu
caso me faz lembrar o de outra pessoa com quem me deparei recentemente. “<i>Você
tem paz com Deus?”,</i> perguntei. Sua resposta foi: “<i>Nem sempre...”.</i>
Assim como no seu caso, confunde-se a paz estabelecida com o desfrutar dessa
paz. Quero dizer, quando você está alegre no Senhor, diz: “<i>Agora sim, eu
tenho paz”;</i> mas quando fica deprimido por causa de algum fracasso ou
tribulação acha que sua paz foi-se embora. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: inherit;"><b>Uma Paz Que Vem de Fora</b><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">Para
prover uma solução para um sentimento assim, quero que considere atentamente <i>quais
são os fundamentos da paz com Deus.</i> A alma tem muito a ganhar quando
percebe com clareza que estes fundamentos não se encontram dentro, mas fora.
Então poderá também enxergar que nossas experiências nada têm a ver com a
questão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">Leia
comigo Romanos 5.1. Ali vemos que, “sendo, pois, justificados pela fé, temos
paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”, e se examinarmos a ligação desta
passagem com o contexto, aprenderemos, de uma vez por todas, qual é a origem da
paz a que ela se refere. É este o contexto: Depois de haver explicado a maneira
pela qual Abraão foi justificado diante de Deus, o apóstolo Paulo continua:
“Ora não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta, mas
também por nós, a quem será tomado em conta; os que cremos naquele que dos
mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; O qual por nossos pecados foi
entregue, e ressuscitou para nossa justificação. Sendo pois justificados pela
fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 4.23-25; 5.1).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: inherit;"><b>Um Só Fundamento</b><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">Esta
passagem deixa bem claro que <i>o único fundamento de paz com Deus está na obra
de Cristo</i>. Na realidade, após o fundamento haver sido assim colocado, Deus
declara que todo aquele que crê em Seu testemunho a esse respeito, crê que Ele
intercedeu em graça para providenciar tudo o que era necessário para a salvação
do pecador. E declara ainda que aquele <i>que assim crê em Deus</i> está
justificado e, por estar justificado, já tem a paz que foi feita pela morte de
Cristo – já entra na posse dela. Mas, deve ser observado que está escrito que
Cristo foi entregue por nossas ofensas, e que <i>“ressuscitou para nossa
justificação” </i>(Romanos 4.25). Ou seja, a ressurreição de Cristo é a prova
final que demonstrou como foi completa a Sua obra; a evidência de que os
pecados pelos quais Ele morreu, e sob os quais desceu até à morte, foram-se
para sempre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">A
ressurreição de Cristo é o testemunho de que todas as exigências de Deus que
recaíam sobre nós foram plenamente atendidas e satisfeitas. Pois se Ele foi
entregue por nossas ofensas, e deixou o túmulo, tendo sido ressuscitado da
morte, as “ofensas” sob as quais Ele padeceu a morte foram-se para sempre, caso
contrário Ele continuaria na sepultura. Portanto, a ressurreição de Cristo é a
expressão clara e enfática da satisfação de Deus com a expiação que foi feita
na cruz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: inherit;"><b>Repetindo...</b><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">Fica
assim mais que evidente, como já foi dito, que o único fundamento de paz com
Deus está na morte de Cristo. Isto é repetido muitas e muitas vezes nas
Escrituras. Em Romanos 5.9 lemos que somos “justificados pelo Seu sangue”; e em
Colossenses 1.20 diz que “havendo por Ele feito a paz pelo sangue da Sua cruz”.
Portanto, é Cristo (e não nós) Quem faz a paz com Deus, e Ele já a fez por meio
de Sua morte como sacrifício – a morte que cumpriu todas as exigências que Deus
fazia ao pecador, e que satisfez tudo aquilo que Ele com justiça poderia
requerer do homem, glorificando ainda a Deus em cada atributo de Seu caráter. É
por isso que Deus agora pode rogar ao pecador que se reconcilie com a Sua
Pessoa. “Rogamo-vos pois da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus” (2
Coríntios 5.20).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: inherit;"><b>Você Crê?</b><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">Depois
de haver explicado tudo isso, é necessário fazer à alma uma importante
pergunta: Você crê no testemunho de Deus a respeito do Seu Filho e da obra que
Ele consumou? Se houver qualquer dificuldade para responder a esta pergunta,
então nenhum progresso poderá ser feito. Todavia um teste simples ajudará a
elucidar a verdade. Mais uma pergunta, e tenho certeza de que você perceberá
claramente a verdade: Em que você se baseia para pensar que Deus o aceita? Será
que é em si próprio, em suas obras, seus méritos ou no que merece? Se assim
for, então você não está descansando na obra de Cristo. Porém, se você
reconhece que, por natureza, é um pecador perdido e arruinado, e confessa que
não põe a sua esperança em coisa alguma além de Cristo e naquilo que Ele fez,
então você pode humildemente dizer: <i>“Pela graça de Deus eu creio no Senhor
Jesus Cristo”.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">Supondo,
então, que você possa falar dessa maneira, esteja certo de que a questão de sua
paz com Deus está resolvida para sempre e nada poderá privá-lo dela – nenhuma
mudança, nenhuma experiência diversa; pois ela é sua imutável e inalienável
possessão. As Escrituras dizem que, “sendo pois justificados <i>pela fé</i>” (e
você diz que crê), “<i>temos paz</i> com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”
(Romanos 5.1). Todo crente – no exato momento em que crê – é justificado,
libertado de toda forma de culpa, e feito justiça de Deus em Cristo. “Àquele
que não conheceu pecado, (Deus) O fez pecado por nós; para que nele fôssemos
feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5.21). E, sendo justificado, o crente tem
paz – não paz em si mesmo, é importante ressaltar, mas paz <i>por meio de nosso
Senhor Jesus Cristo</i>. Isto é, a paz que agora pertence ao crente é aquela
paz com Deus que Cristo fez por meio de Seu sacrifício expiatório. E, uma vez
que essa é a paz que Ele fez, o que ocorreu fora de nós, ela nunca poder variar
ou ser alterada; ela é tão estável e duradoura quanto o trono de Deus; pois,
como já vimos, é uma paz que Cristo fez pela Sua cruz; e o que Ele fez não
poderá nunca ser desfeito, e é, portanto, uma paz eterna. E é esta paz,
permanente, firme e eterna, que pertence a cada crente no Senhor Jesus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: inherit;"><b>Como Desfrutar</b><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">Quando
você se queixa de que não tem uma paz firme, na verdade deveria dizer que não
está <i>desfrutando</i> de uma paz firme, e que seus sentimentos são instáveis.
Por isso pode ser bom perguntar como é que o crente pode desfrutar de uma paz
constante em sua alma. A resposta é muito simples: <i>Pela fé.</i> Se eu creio
no testemunho de Deus de que a paz me pertence pela fé no Senhor Jesus, devo
então entrar imediatamente no gozo dessa paz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">Isto
pode ficar mais simples por meio de um exemplo. Suponha que alguém lhe traga a
notícia de que um parente seu lhe deixou uma herança milionária. O efeito que
isso produzirá em sua mente irá depender totalmente de você acreditar ou não
naquilo que está ouvindo. Se você duvidar da veracidade daquela notícia, não
haverá nenhuma reação a ela; mas se, por outro lado, ficar totalmente
comprovado ser verdade, e você a receber de fato, então dirá imediatamente, “A
herança é minha”. Se você crê no testemunho de Deus de que foi feita paz pelo
sangue de Cristo, nenhum sentimento de depressão, nenhum pensamento de ser
indigno disso, nenhuma circunstância, qualquer que seja, poderá perturbar sua
segurança a esse respeito, pois você verá que ela depende inteiramente daquilo
que outro fez por você. <i>Portanto, é necessário repousar com inabalável
confiança na Palavra de Deus para poder desfrutar de uma paz firme.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: inherit;"><b>Olhando Para Jesus</b><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">A
causa de tanta incerteza a respeito deste assunto advém principalmente de se
olhar para dentro ao invés de olhar para fora, para Cristo – de olharmos para
dentro em busca de algo que nos dê confiança de que esteja ocorrendo uma obra
verdadeira de graça na alma, ao invés de olharmos para fora para percebermos
que o único fundamento sobre o qual uma alma pode descansar diante de Deus é o
precioso sangue de Cristo. A consequência é que, ao perceber a corrupção, este
mal da carne, a alma começa a ter dúvidas e a cogitar se porventura não foi
enganada. Satanás começa, dessa forma, a enredar o nosso coração e a semeá-lo
com dúvidas e temores, na esperança de fazer com que duvidemos de Deus; isso
quando não nos lança em total desespero. O modo eficaz de frustrarmos seus
ataques neste sentido é apelando para a Palavra escrita de Deus. Em resposta a
qualquer sugestão maligna devemos fazer como nosso bendito Senhor quando foi
tentado: “Está escrito” (Mateus 4.4). Então, logo descobriremos que nada pode
impedir que desfrutemos daquela paz com Deus que foi feita pelo precioso sangue
de Cristo, e que passou a nos pertencer tão logo nós cremos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: inherit;"><b>Deixando de Ocupar-se
Consigo</b><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-pagination: none; tab-stops: 11.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: inherit;">Estando
resolvida a questão do fundamento, e deixando de ocupar-se consigo mesmo, você
encontrará descanso para sua mente e para sua alma – descanso suficiente para
meditar sobre a verdade conforme é revelada nas Escrituras. “Desejai
afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não
falsificado, para que por ele vades crescendo” (1 Pedro 2.2). Quero dizer ainda
que se você estudar a Palavra na presença do Senhor será guiado por ela a uma
intimidade de comunhão cada vez maior com Ele, e à medida que for descobrindo a
infinita glória e perfeição de Cristo que nos são reveladas, e por nós assimiladas,
por meio do Espírito de Deus, suas afeições serão atraídas em um sempre
crescente fervor, e seu coração, agora satisfeito, irá transbordar em adoração
aos pés daquele que morreu por você. Deste modo o seu lamento se transformará
em um hino de louvor.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Edward Dennett</i></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-33722264992857151452013-09-03T10:44:00.000-07:002013-09-03T10:44:16.379-07:00MINHA DECISAO - Nona Carta<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">NONA CARTA<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuDYSYtvDvzb05wl0IRYCFJezfUpChXXkTMtZlNH5wkIztqhtpm7jZYzDOtFisH02djF-z426BVl0RIVXK3W9hawBvGuscRiZWHYbCBSYA7rE-2lyZvIdMZ018u4IUvqmj4Z1YHMu8U3H7/s1600/p11plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuDYSYtvDvzb05wl0IRYCFJezfUpChXXkTMtZlNH5wkIztqhtpm7jZYzDOtFisH02djF-z426BVl0RIVXK3W9hawBvGuscRiZWHYbCBSYA7rE-2lyZvIdMZ018u4IUvqmj4Z1YHMu8U3H7/s400/p11plate.jpg" width="317" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cloth Fair</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Blackheath, janeiro de
1875<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meu amado irmão,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Você não irá se surpreender
ao saber que quando cheguei às conclusões indicadas em minhas cartas anteriores
senti que deveria tomar o meu lugar entre os chamados “irmãos” para ser
coerente e honesto diante do Senhor. Mas não achei fácil colocar em
prática minhas convicções. Hesitei em abrir mão de minha posição. Hesitei
ainda mais em romper os laços que me ligaram por tantos em uma amorosa
associação a muitos queridos amigos cristãos. Eu não podia suportar a ideia
de entristecer pessoas como você, com quem eu havia desfrutado de tão estreita
comunhão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu também estava assustado
com a perspectiva da tempestade que eu sabia que minha decisão iria produzir em
determinados setores. Além disso, quando me lembrei do forte antagonismo
que eu mesmo havia demonstrado contra os chamados “irmãos” no passado, não foi
fácil confessar a todo o mundo o erro que eu tinha cometido. Também recebi
muitas cartas cheias de apelos amorosos e alertas contra a “ilusão” que
supostamente teria tomado conta de minha mente. Outros me disseram
claramente que se eu me unisse aos chamados “irmãos” logo perderia toda a
independência de pensamento e ação, bem como me tornaria participante das más
ações daqueles cujos ensinamentos estariam supostamente subvertendo os próprios
fundamentos do evangelho. Portanto, você irá entender algumas das
dificuldades que me perturbavam nessa etapa final.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Deus permitiu-me desviar o
olhar dos homens e, constrangido por Seu amor, pedi aos irmãos que me permitissem
partir o pão (a fim de recordar o Senhor) com os santos em Blackheath. Tal
permissão me foi concedida. Tomei meu lugar à mesa do Senhor com os
crentes congregados nesse terreno em obediência ao seu Senhor, apenas como crente
e membro do corpo de Cristo, e somente sobre estas bases, e não sobre quaisquer
outras de doutrinas (2 Tm 2:22).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não tenho o desejo de me
debruçar sobre as “más interpretações” (para não usar uma palavra mais forte)
que se seguiram após esta etapa que assumi, já que eu esperava que ocorressem. Em
vez disso, elas me ajudaram a entender muitas partes das Escrituras -- aquelas
que falam de suportar nossa cruz ao seguirmos a Cristo com perseguições ou tribulações. Eu
não entendia estes versículos tão bem quando minha posição e profissão de fé em
Cristo eram bem recebidas ao invés de serem rejeitadas. Além disso, lembrei-me
da oposição declarada que eu mesmo outrora tinha contra os chamados “irmãos”.
Sendo assim, aquietei-me na esperança de que meus adversários pudessem ter
também seus olhos abertos e serem achados sentados comigo à mesa de nosso
Senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Antes de terminar gostaria de
falar dos resultados disso. Foi com alegria que descobri, no primeiro dia do
Senhor, que existe realmente uma distinção (a qual os chamados “irmãos” sempre
fizeram questão de frisar) entre a adoração e as reuniões para se ouvir
sermões. Foi uma experiência bendita entender que o Senhor estava em nosso meio
conforme Sua promessa (Mt 18:20). Foi uma alegria inédita entrar nesta verdade
enquanto comungávamos juntos do corpo partido (simbolizado no pão partido) e do
sangue precioso (simbolizado no vinho) de nosso bendito Senhor. Nossos corações
estavam necessariamente ocupados com <i>Ele</i>
-- com o que Ele era aqui; com o que Ele foi na cruz; com o que Ele é agora à
destra de Deus; e com tudo o que Ele era e é para Deus Pai. Assim, enquanto nos
inclinávamos em adoração penetrando além do véu, nossa comunhão era
verdadeiramente com o Pai e com o Seu Filho, Jesus Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao dizer isto não quero negar
que pessoas possam, individualmente, desfrutar da presença do Senhor de forma
até bem significativa nas diferentes “igrejas”, pois o Senhor sempre está
presente para a fé. Mas insisto que <i>a
menos que estejamos congregados ao Seu Nome, não temos nada que garanta a
presença do Senhor em nosso meio</i>. Suas próprias palavras são: <i>“Porque, onde estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”</i> (Mt 18:20. Sendo assim, a <i>condição</i> para a Sua presença no meio da
reunião é que estejam congregados ao Seu Nome -- algo só possível aos crentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Oh, meu irmão, gostaria que
você e todos os santos pudessem enxergar este bendito privilégio de congregar; que
pudessem conhecer a feliz liberdade de espírito que traz a certeza da presença
do Senhor em nosso meio, e conhecer o gozo no coração que é operado em nós pelo
Espírito Santo ao desfrutarmos juntos de Deus através de Jesus Cristo. Estou
convencido de que se você ao menos desfrutasse desta experiência iria se admirar
por ter ficado satisfeito durante tanto tempo nas denominações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Outra coisa que logo atraiu
minha atenção foi que a Palavra de Deus recebeu o seu devido lugar. Sua
autoridade foi mantida como suprema. Uma de nossas grandes dificuldades nas
denominações costumava ser obter qualquer reconhecimento real e prático deste
princípio por causa das opiniões tão vagas que prevalecem no que diz respeito à
sua inspiração. Além de você, nunca encontrei um ministro denominacional que
cresse na <i>absoluta</i> inspiração verbal
das Escrituras. Consequentemente, todos costumavam sentir-se mais ou menos à
vontade para tecer julgamentos sobre a revelação que Deus deu ao homem, ao
invés de permitirem que ela julgasse o homem e seu proceder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sob tais condições não pode
existir qualquer certeza sobre qualquer verdade. Por isso as congregações
acabam recebendo, vez após outra, ministros com opiniões diferentes e opostas
entre si. Em uma capela houve três ministros nos últimos doze anos. O primeiro
ensinava que a morte de Cristo nada mais representava do que o sacrifício
próprio. O segundo ensinava a visão aceita sobre a expiação, mas negava a
completa depravação (pecaminosidade) do homem. O terceiro ensinava, até certo
ponto, verdades dispensacionais. Todavia, mesmo com diferenças assim as pessoas
jamais cogitaram em dizer que qualquer um deles estava no erro. Elas diriam a
você de qual deles gostavam mais, e isso seria tudo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dificilmente poderíamos
imaginar um estado de coisas mais triste do que este, e tudo é consequência de
um conhecimento incorreto do verdadeiro caráter da Palavra de Deus. Portanto,
foi com grande prazer que encontrei a autoridade da Palavra de Deus sendo
continuamente reforçada, e que o dever de uma completa sujeição a ela era
reconhecido por todos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas o que dizer das
doutrinas? -- alguém certamente iria perguntar. Sem buscar por ora responder de
forma ampla, tenho aprendido uma lição. Não tome as declarações dos inimigos ou
frases tiradas do contexto como se representassem os ensinos dos chamados “irmãos”
(ou de quem quer que seja). A opinião geral acerca de suas doutrinas é que elas
são totalmente falsas, e isto vem, sem dúvida alguma, da falta de conhecimento daqueles
que os acusam. O fato é que a intenção do autor de um texto é o que deveria
governar a interpretação de uma passagem, mesmo que seu estilo deficiente ou
uma falha no modo de se expressar pudesse permitir que fosse interpretada de
outra maneira. Mas a controvérsia teológica geralmente ocorre por um princípio
completamente oposto: o de que a intenção do autor seja exatamente aquela que
suas palavras possam significar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não quero dizer que os
chamados “irmãos” não tenham ensinado coisas erradas, pois eles são tão
sujeitos a cometerem erros como quaisquer outros. Mas sustento que ainda que
alguns erros tenham sido ensinados, não caberia a mim atacá-los (apesar de
procurar apontar na Palavra de Deus aquilo que entendo ser a verdade), a menos
que fossem de uma natureza tal que exigissem uma ação disciplinar pois, como já
disse, não estamos congregados sobre o terreno de doutrinas, mas como membros
do corpo de Cristo; como aqueles que foram para sempre aperfeiçoados pelo único
sacrifício que Ele consumou na cruz (Hb 10:140).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Gostaria de fazer uma
pergunta: A Bíblia dá ou não instruções bem definidas sobre como deve ser a assembleia
de Deus? Porventura somos ou não ensinados da vontade de Deus concernente ao
terreno sobre o qual os membros do corpo de Cristo deveriam estar congregados
para adoração, para a manutenção da unidade do Espírito, para o ministério
etc.? Se não, então fica a critério de cada um fazer o que é certo aos seus
próprios olhos. Mas se existirem instruções concernentes a estas questões, então
Deus requer que cada crente obedeça à Sua Palavra.<i> “Se me amais, guardai os meus mandamentos”</i> (Jo 14:15). Isto continua
a valer para todos, e nenhum grau de confusão acerca destas coisas isentam o
mais débil ou jovem crente de procurar apresentar-se perfeito e completo em
toda a vontade de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O caminho de Deus é estreito
e difícil, mas se cada um, que estiver ansioso em buscar a glória de Deus e em
levar um testemunho fiel nestes dias de trevas, tão somente começar a
separar-se de tudo o que não é autorizado pela Palavra de Deus ou diretamente
condenado por ela, logo irá descobrir que<i>
“aos justos nasce luz nas trevas” </i>(Sl 112:4). Assim, buscando fazer a
vontade de Deus, ele iria conhecer se a doutrina é de Deus (Jo 7:17), e seria
guiado pelo poder do Espírito Santo em toda a verdade (Jo 16:13).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Querido irmão, quem poderia
conhecer melhor que você a necessidade de se assumir uma posição fundamentada
apenas na Palavra de Deus? Por que é, então, apesar de vermos o mal crescendo
de todos os lados e ataques sendo feitos aos próprios fundamentos de nossa fé,
que até mesmo homens piedosos hesitam em se separarem completamente do mal e se
dedicarem totalmente, tanto no que diz respeito às suas associações
eclesiásticas como ao seu andar individual, à direção da infalível Palavra de
Deus? Tal negligência denota uma falsa santidade que se ocupa de experiências exteriores,
ao mesmo tempo em que abandona a Igreja de Deus à mercê dos desígnios do homem.
A Igreja é o corpo de Cristo, e como tal nosso Senhor <i>“amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela, para a santificar, purificando-a
com a lavagem da água, pela Palavra, para a apresentar a Si mesmo igreja
gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e
irrepreensível” </i>(Ef 5:25-27). Portanto, será que não deveríamos buscar ter
comunhão com nosso bendito Senhor no que diz respeito ao Seu próprio corpo -- a
Igreja-- do qual nós, por graça, somos membros?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha oração é que Deus possa
abrir os olhos do Seu povo e que venham a sair e a se separarem de tudo o que
for contrário à Sua vontade; que venham a ser achados com os poucos que, em face
de muita dificuldade e oposição, mantêm Sua honra por levarem um testemunho da
autoridade da Sua Palavra neste dia mau.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Afetuosamente seu, em Cristo,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Edward Dennett<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-58151709114075477412013-08-28T10:14:00.002-07:002013-08-28T10:14:38.243-07:00MINHA DECISAO - Oitava Carta<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">OITAVA CARTA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX4iCMDNcxNXZQcwoFgi7u08Q1-q_C-V1-ZVmhZhwCbqTQFee7bHugu36Vi0k7ZRTcE-MzxNBlrg5I9c2GedxZ3lycG-VezaL1WavCX5ounNGj_vTuII8MY0fLvpPiiNOQ52E6qi-Ptfeq/s1600/p08plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX4iCMDNcxNXZQcwoFgi7u08Q1-q_C-V1-ZVmhZhwCbqTQFee7bHugu36Vi0k7ZRTcE-MzxNBlrg5I9c2GedxZ3lycG-VezaL1WavCX5ounNGj_vTuII8MY0fLvpPiiNOQ52E6qi-Ptfeq/s400/p08plate.jpg" width="297" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Piccadilly Circus</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Blackheath, janeiro de 1875<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meu amado irmão,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Depois de resolvidas as
questões quanto ao “ministério” e “adoração”, no modo como elas são tratadas
pelos assim chamados “irmãos”, senti a necessidade de esclarecer a questão da <i>disciplina</i> antes de tomar qualquer
decisão prática. Existem muitos cristãos, e nós estamos entre eles, que
acreditam que a mesa do Senhor seja aberta a todos os crentes. Isto,
evidentemente, é verdadeiro em princípio, ou não seria a mesa do <i>do Senhor</i>. Todavia, será que o Senhor
colocou em Sua Palavra alguma limitação a esse acesso? As respostas a esta
pergunta variam. No sistema Anglicano não existe qualquer preocupação com a
disciplina. Qualquer paroquiano, exceto por um ou dois tipos específicos de
pecado grave, tem o direito de “comungar” seguindo as regras que regem aquele
sistema, seja ele salvo ou não. Já que esses um ou dois pecados que poderiam
impedir sua comunhão raramente são tornados públicos, a verdade é que não
existe essencialmente qualquer restrição para os que estão nesse sistema.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com outras denominações a
prática varia. Os Congregacionais ou Independentes costumam ser tão abertos
quanto os Episcopais. Todos os que se considerarem crentes são convidados a
participarem do “Culto de Comunhão”. Este é também o caso com alguns Batistas,
apesar de não agirem todos da mesma maneira. A verdade é que eles estão
divididos em diferentes classes. Alguns fazem do batismo a condição para a
comunhão, outros levam em consideração o fato de a pessoa pertencer a uma igreja,
mas quase todos afirmam excluir aqueles que tiverem problemas em seu andar.
Mas, até onde tenho conhecimento, nunca é considerada a <i>doutrina</i> que a pessoa professe. Veja, por exemplo, a Associação das
Igrejas Batistas de Londres, à qual nós pertencíamos. Um membro muito conhecido
ali negou por escrito que o ser humano seja totalmente pecador por natureza,
enquanto outro tem ensinado que o castigo não é eterno. Mesmo assim estas
coisas não afetam a posição deles como membros daquela denominação. Eu e você
considerávamos isto deplorável. Em uma ocasião chegamos a nos afastar de uma
congregação pois achávamos que, aos olhos de Deus, se continuássemos ali
poderíamos estar endossando a maneira de pensar do irmão em cuja capela a
Associação estava reunida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Voltando aos chamados “irmãos”,
descobri que ocorreu uma divisão entre eles por causa deste mesmo assunto.
Portanto, fui obrigado a examinar com cuidado a questão segundo as Escrituras.
Minha pergunta era: Será que a Bíblia ensina que falsas doutrinas -- doutrinas
que comprometam a Pessoa e obra do Senhor -- desqualificariam alguém para estar
à mesa do Senhor? Colocando de outra maneira, será que deveríamos ter comunhão
com pessoas que professam e ensinam falsa doutrina?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Abra em Gálatas 1:8-9. Ali o
assunto são os evangelistas que pregavam outro evangelho. Que evangelho era
esse? Um evangelho que acrescentava a observância de rituais à fé em Cristo
como meios de salvação -- um “evangelho” que é comum hoje em dia. Se não
existisse disciplina por falsa doutrina aqueles pregadores da Galácia teriam
sido recebido a destra à comunhão, do mesmo modo como a maioria faz hoje em
todos os lugares. Mas o que Paulo diz? <i>“Eu
quereria que fossem cortados aqueles que vos andam inquietando”</i> (Gl 5:12).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No final da carta aos Gálatas,
Paulo estabelece o princípio que continua sendo uma responsabilidade da Igreja:
<i>“E a todos quantos andarem conforme esta
regra”</i> -- ou seja, a verdadeira doutrina da <i>“cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”</i> - Gl 6:14-15 --, <i>“paz e misericórdia sobre eles e sobre o
Israel de Deus”</i> (Gl 6:16). Portanto, conclui-se que <i>não devemos</i> ter comunhão com aqueles que <i>não andam</i> em conformidade com esta “regra”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Paulo também diz que <i>“se alguém ensina alguma outra doutrina, e
se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a
doutrina que é segundo a piedade... aparta-te dos tais”</i> (1 Tm 6:3-5). Leia
também as afirmações igualmente fortes de 2 Timóteo 2:15-21 e 2 João 9-11. As
epístolas às sete igrejas em Apocalipse 2 e 3 também estão cheias de ensino
semelhante a este. Veja a porção endereçada à <i>“igreja em Éfeso”</i>. Nosso Senhor aprova o fato de eles terem
colocado <i>“à prova os que dizem ser
apóstolos mas não são, e descobriu que eles eram impostores”</i> (Ap 2:2). Por
outro lado Ele condena Pérgamo e Tiatira por tolerarem falsa doutrina na igreja
(Ap 2:14, 20).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Estas passagens me
convenceram de que o desejo do Senhor era que existisse disciplina contra a
falsa doutrina. A razão é evidente. Se alguém que anda desordenadamente deve
ser colocado fora da comunhão dos santos, mais ainda aquele que ensina falsa
doutrina deve ser afastado, pois <i>“um
pouco de fermento (pecado) leveda toda a massa”</i> (1 Co 5:6). Portanto, se um
andar desordenado contamina, muito mais a falsa doutrina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se um crente se entregar à
embriaguez e a outros tipos de pecados notórios, ele causará desonra ao Seu
senhor, mas os crentes com quem ele está associado provavelmente não seguirão
seu triste exemplo. Por outro lado, se um santo é convencido de uma falsa
doutrina ele irá ensiná-la e muitos ficarão contaminados (<i>“fermento”</i>). Darei a você um exemplo que conheço. Um certo ministro
adotou pontos de vista que comprometiam a Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo.
Muitos dos crentes associados a ele o seguiram nessas más doutrinas. Durante
algum tempo o remanescente fiel que havia entre eles ficou sem ação. Mas o
ministro, muito confiante de sua própria influência, não se contentou com o
apoio que já estava recebendo. Por isso ele propôs que suas doutrinas deveriam
se tornar <i>a base</i> sobre a qual eles
estivessem congregados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aquilo abriu os olhos de
alguns que tinha estado em silêncio, mas quando a questão foi colocada em
votação (o estatuto daquela igreja determinava que questões assim deveriam ser
decididas pela maioria) a proposta do ministro foi derrotada por apenas um
voto. Dessa forma o <i>“fermento”</i> teve
sua ação bloqueada, já que o ministro foi forçado a se demitir. Mas se aquele
ministro tivesse se lembrado do verdadeiro caráter do fermento, que atua
silenciosamente, toda a massa estaria logo levedada, como boa parte dela já
estava aos olhos de Deus antes que qualquer ação fosse tomada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A ideia de que o ensino de má
doutrina possa ser tolerado é um erro fatal. A condição da Igreja hoje é
resultado dessa terrível negligência. Ao invés de serem estabelecidos na
verdade, os santos estão perguntando <i>“O
que é a verdade?”</i>, pois a opinião humana costuma ser o único padrão que têm
para se basearem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Depois de ter ficado
satisfeito com o princípio da disciplina, passei a examinar relutantemente a
“controvérsia de Bethesda”, que surgiu entre os assim chamados “irmãos”
dividindo-os em dois grupos: um que costuma ser conhecido como “irmãos abertos”
e outro como “irmãos exclusivistas”. Há alguns anos eu tinha examinado apenas
um lado da questão. Agora investiguei também o outro lado e conversei com
alguns que conheciam o assunto desde o princípio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Concluí que a dificuldade
toda surgiu por causa da questão da disciplina por falsa doutrina e pela dúvida
se a ação de uma assembleia em executar a disciplina deveria ser respeitada e
mantida por outras assembleias. Por exemplo, suponha que alguém que ensine
falsa doutrina seja colocado fora de comunhão em uma localidade. Seria correto
recebê-lo em outra? O caso não deveria apresentar qualquer dificuldade, pois
uma pessoa com um mínimo de inteligência espiritual seria capaz de enxergar que
se a assembleia em Liverpool revertesse uma ação tomada pela assembleia em
Manchester em uma questão envolvendo disciplina, ela estaria assim negando a
verdade da unidade do corpo de Cristo. Ela também estaria declarando que aquilo
que era correto para os santos em uma localidade poderia não ser para os santos
em outra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não discordo que erros possam
ter sido cometidos na <i>aplicação</i> dos
princípios genuínos de disciplina. Não cabia a mim decidir. Minha responsabilidade
estava em decidir se os <i>princípios</i>
tinham sido baseados na Palavra de Deus. Gostaria que todos os que se preocupam
com este assunto se despojassem de todas as demais considerações e simplesmente
se limitassem a examinar os princípios da disciplina em questão, perguntando
apenas isto: “É bíblico ou não?”. Até que alguém tenha isto muito claro, não
poderá decidir os méritos da “controvérsia de Bethesda”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meu objetivo é eliminar uma
dificuldade encontrada entre aqueles que questionam. As pessoas costumam
perguntar: “Seria correto excluir fulano ou sicrano da comunhão da assembleia?
Veja que vidas santas eles levam com sua devoção! Você ousaria julgar suas
qualificações para estarem à mesa do Senhor?”. Perguntas como estas são comuns
e para alguns elas são muito importantes. <i>Mas
estas questões simplesmente não têm nada a ver com o assunto! A única dúvida
que devemos decidir é se a disciplina é algo que deve ser exercido de acordo
com a Palavra de Deus</i>. Se assim for, então a questão se transforma em uma
simples obediência ao Senhor, e não em julgar ou não julgar outros crentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O apóstolo João nos diz: <i>“Nisto conhecemos que amamos os filhos de
Deus, quando amamos a Deus <b>e guardamos
os seus mandamentos</b>”</i> (1 Jo 5:2). Portanto, demonstramos amor aos
santos, não por recebê-los à mesa do Senhor contra a expressa vontade de Deus,
mas ao guardarmos os Seus mandamentos. Quero, por esta carta, aconselhar a
todos os crentes, amado irmão, a não olharem para os homens, mas para o Senhor.
Fazendo assim eles descobrirão que o caminho da disciplina contra a falsa
doutrina, apesar de ser às vezes um caminho <i>“estreito”</i>,
é o caminho da obediência a Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O ensino deste princípio de <i>“disciplina”</i> irá gerar a mais ferrenha
oposição, pois tudo aquilo que ajuda a manter a Igreja de Deus como <i>“coluna e firmeza da verdade”</i> (1 Tm
3:15), de acordo com o propósito divino, costuma despertar a ira de Satanás. Não
existe melhor maneira de Satanás cumprir seus objetivos do que destruindo os
limites que separam a verdade do erro. Você, querido irmão, está bem ciente da
história da Igreja. Acaso não é verdade que a fraqueza e corrupção da Igreja
sempre foram consequências da indiferença em se guardar a verdade livre da
entrada do <i>“fermento”</i> (pecado) tanto
no ensino quanto no andar? O que ocorre é que, uma vez que você pare de aplicar
a disciplina bíblica, toda a certeza acerca da verdade logo é perdida no
conflito causado pelas confusas opiniões dos homens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Qualquer que seja a oposição
que este princípio de disciplina venha a causar, ninguém tem o direito de
acusar de “sectarismo” aqueles que o mantêm. Uma seita é formada por pessoas
que se reúnem ou se juntam por concordarem em alguma verdade ou doutrina, ou
por compartilharem de uma determinada forma de administração eclesiástica.
Portanto, Congregacionais, Batistas, Wesleyanos, Anglicanos e Presbiterianos
são todas elas seitas. Todavia eles falam de si mesmos como se fossem apenas diferentes
<i>seções</i> da Igreja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas quando os crentes estão
simplesmente congregados, como membros do corpo de Cristo, em torno dEle que é
a Cabeça, em obediência a Ele como Senhor, e buscando dependência do Espírito
Santo para fazerem todas as coisas em sujeição à Palavra de Deus -- quando
estão empenhados em manter a disciplina que Palavra de Deus exige -- eles não
são uma “seita” de maneira alguma, pois <i>existe
um lugar à mesa do Senhor para todo crente que não esteja desqualificado pelo
próprio Senhor em virtude de um andar desordenado ou de falsa doutrina. </i>Isto,
penso eu, ficará muito claro para qualquer mente que não seja preconceituosa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Afetuosamente seu, no Senhor,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Edward Dennett </span><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-54521535648618675082013-08-10T07:47:00.003-07:002013-08-10T07:47:53.680-07:00MINHA DECISAO - Setima Carta<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt;">SÉTIMA CARTA<o:p></o:p></span></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYYRbPJNmHchGduC01AtkFO0J6MYlbG5wLev7vjmQyDL6GczpK26CGZEZTi7Q2giKDs3j_9hXiEp73F2RQO2RJJs5wPToujaMcDaNkRgNB05tdXXATB6dAN5fVXoimv56scwTFPhF8oNa3/s1600/p07plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYYRbPJNmHchGduC01AtkFO0J6MYlbG5wLev7vjmQyDL6GczpK26CGZEZTi7Q2giKDs3j_9hXiEp73F2RQO2RJJs5wPToujaMcDaNkRgNB05tdXXATB6dAN5fVXoimv56scwTFPhF8oNa3/s400/p07plate.jpg" width="312" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Euston Station</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Blackheath, janeiro de
1875<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Meu amado irmão,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">A questão do “ministério” do
modo como é visto pelos assim chamados “irmãos” foi a próxima coisa a ocupar
minha atenção. Mais uma vez descobri que a verdade sobre esta questão está relacionada
ao Espírito Santo na assembleia. Quando este fato é claramente entendido,
muitas dificuldades são solucionadas. </span><span style="font-size: 12pt;">Descobri que os chamados “irmãos”
sustentam a ideia de que o Espírito Santo deve ter a liberdade de ministrar na
assembleia por intermédio de quem Ele desejar; que qualquer um que possuir um
dom, seja ele grande ou pequeno, é responsável em usá-lo para o Senhor. Minhas
buscas nas Escrituras me levaram a descobrir estes dois princípios como sendo
da vontade do Senhor.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Abri em 1 Coríntios capítulos
12 e 14. Nunca em meu próprio ministério eu havia lido ou explicado estes
capítulos para minha congregação, pois sentia que eles não se encaixavam com o
que praticávamos. Tentei acreditar que as passagens se aplicavam a um estado de
coisas que já tinha terminado. Talvez seja esta a crença geral entre os
denominacionais, pois eu raciocinava, como já ouvi outros raciocinarem, que <i>“o Novo Testamento ainda não existia.
Portanto essa ‘diversidade de dons’ foi dada para a edificação temporária da
Igreja, até que eles pudessem conhecer a vontade do Espírito Santo através das
Escrituras do Novo Testamento”</i>. Mas será mesmo assim? Achei que tudo
dependia de encontrar a resposta a esta questão. Portanto busquei mais
cuidadosamente e em oração por luz e direção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Você está ciente de que, ao
explicarmos e aplicarmos a verdade, sempre damos grande importância à questão: “A
quem isto foi originalmente escrito”? Por exemplo, as instruções dadas a um
judeu nem sempre podem ser aplicadas a um cristão. Por isso procurei o início
da primeira carta aos Coríntios para ver a quem ela era endereçada, e encontrei
o seguinte: <i>“À igreja de Deus que está em
Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em
todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”
(1 Co 1:2)</i>. Fica por demais evidente, a partir deste “destinatário”, que as
instruções desta epístola não eram para ficar limitadas à assembleia local em
Corinto. <i>Ao contrário, elas eram
destinadas a todos os crentes</i>. Quando entendi o caráter permanente da
passagem, fui obrigado a crer que estas instruções tinham por destino crentes
em todo lugar e em todas as épocas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Esta conclusão foi confirmada
por uma passagem em Efésios, onde temos uma lista de dons na qual estão
incluídos os <i>profetas</i>, amplamente
mencionados em 1 Coríntios 14. Então somos ensinados que estes dons são dados <i>“querendo o aperfeiçoamento dos santos, para
a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos
cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”</i> (Ef 4:11-13).
Evidentemente ainda não chegamos à unidade da fé. <i>Portanto Deus tinha em mente a continuidade dos dons e a consequente
aplicação das instruções contidas em 1 Coríntios capítulos 12 e 14</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Sendo assim, o fato de Espírito
Santo ter liberdade para ministrar por meio de quem Ele quiser é uma verdade
bíblica. Caso contrário, seria impossível entender uma declaração do tipo: <i>“Falem dois ou três profetas, e os outros
julguem. Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa,
cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros;
para que todos aprendam, e todos sejam consolados” (1 Co 14:29-31)</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Muitos concluem erroneamente que
um “profeta” seja alguém que faça previsão das coisas ainda futuras e desconhecidas.
Por isso questionam: <i>“Que lugar teriam os
profetas na Igreja de Deus já que a revelação da vontade e propósito de Deus
está completa nas Escrituras?”</i> Todavia, a verdadeira definição de um
profeta é a de alguém que comunica o pensamento e a vontade de Deus àqueles a
quem ele tiver sido foi enviado. Samuel e Elias eram profetas, mas tiveram
muito pouco a ver com a previsão de eventos futuros. Seu principal trabalho era
apresentar a vontade de Deus, que já tinha sido revelada na Lei, a fim de introduzi-la
nos corações e consciências de sua nação. Assim é também com os profetas do
Novo Testamento. Sua função é aplicar verdades conhecidas aos corações dos
santos. Portanto, existe uma contínua necessidade do ministério desses
profetas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">A mesma coisa é vista em
outra epístola. Em Romanos 12:68 Paulo diz:<i>
“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é
profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar;
se é ensinar... etc.” (Rm 12:6-8)</i>. Estas exortações foram endereçadas à
assembleia local em Roma, mas se aquela assembleia estivesse sob o cuidado
pastoral de um único homem, não teria existido uma oportunidade de estas
instruções, sobre o uso dos variados dons mencionados ali, serem obedecidas. Ao
escrever, o apóstolo tinha em mente a total liberdade de o Espírito Santo
ministrar por meio de quem Ele desejasse. A verdade é que este é claramente o objetivo
das palavras de Paulo <i>“Porque a um pelo
Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a
palavra da ciência... e a outro a profecia... mas um só e o mesmo Espírito
opera todas estas coisas, <b>repartindo
particularmente a cada um como quer</b>”</i> (1 Co 12:8-11)<i>.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Poucos contestam que esta
seria a ordem na Igreja primitiva, mas o argumento comum é que todos os dons
cessaram no final da era apostólica, de modo que as instruções a respeito dos
dons já não teria aplicação nos dias de hoje. Eu já previa em parte esta
objeção ao apresentar a continuada aplicação das Escrituras em 1 Coríntios, mas
gostaria de completar minha resposta fazendo duas considerações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Primeiro, se esta objeção
fosse verdadeira por demonstração (o que não é), ela não afetaria o princípio
do congregar. Nossa obrigação ainda seria estarmos congregados sobre o terreno
bíblico, deixando liberdade para o uso dos dons quando o poder do Espírito nos
fosse restaurado; ou caso isto nunca acontecesse, mesmo assim estaríamos
reunidos em torno do Senhor em adoração e louvor, submissos à Sua vontade em
nossa carência de dons.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Em segundo lugar, se todos os
dons tivessem desaparecido, como se costuma argumentar, isto não seria uma
desculpa para mascararmos nossa condição de fraqueza substituindo a liberdade
do Espírito por esquemas humanos. Se isto tiver sido uma disciplina do Senhor,
não estamos livres para estabelecer ministros e cargos eclesiásticos conforme
desejar nosso coração. Não, querido irmão, não podemos supor que temos tal
liberdade; e o simples fato de que ela seja praticada só revela a crença de que
a presença e o poder do Espírito Santo na assembleia estejam rapidamente se desvanecendo
na mente dos crentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">O assunto pode ser
sintetizado com poucas palavras. Já que deveria existir liberdade para o
Espírito Santo ministrar por meio de quem Ele quisesse, a consequência lógica
disto é que <i>o dom é a medida da
responsabilidade!</i> Digo dom, e não ofício, pois aquele que possui o dom é
responsável apenas diante do Senhor em usá-lo a favor dos santos. Sendo assim,
supondo que você tenha o dom de exortar, Deus espera que você o use sem precisar
aguardar que a Igreja aprove isso elegendo você para ocupar um ofício.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">A passagem já citada de
Romanos 12:6-8 demonstra isto. Ali Paulo escreve: <i>“De modo que, tendo diferentes dons”</i> (não ofícios), então que estes
sejam usados. Os capítulos 12 e 14 de 1 Coríntios ensinam a mesma coisa, assim
como Efésios 4:8-13, onde nos é dito claramente que o Senhor deu dons aos
homens e, como princípio mostrado na parábola dos talentos de Mateus 25:14-30,
Ele busca por resultados. Temos o mesmo princípio declarado em 1 Pedro 4:10-11:
<i>“Cada um administre aos outros o dom como
o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”</i> . Sendo assim,
o Senhor declara <b>todos</b> os Seus
servos -- todos nós -- responsáveis pelo uso de nossos dons para edificarmos o
Seu povo. Repito que isto é totalmente impossível sob ao “governo eclesiástico”
dos denominacionais. Na verdade, suas políticas eclesiásticas desprezam as
profecias e, consequentemente, extinguem o Espírito (1 Tessalonicenses 19:20).
Sendo assim, querido irmão, tenho de concordar com o caráter bíblico do “ministério”
no modo como este é praticado entre os “irmãos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Já ouvi a objeção de que<i> “isto não funciona, independente de quão
bíblico seja, e entre os chamados ‘irmãos’ há uma grande triste carência de
mestres; portanto devemos adotar outras formas de abordagem”</i>. Não tenho
ainda como julgar a primeira parte desta objeção, e pretendo fazê-lo já que
fiquei satisfeito com o que vi da vontade do Senhor relacionada ao ministério,
no modo como este é revelado nas Escrituras. Estou totalmente convencido de que
a sua forma de ministério é, como acontece com tudo mais, melhor do que o modo
humano. Também não estou em posição de dizer se a segunda parte da objeção seja
verdadeira, todavia sei que aqueles crentes que estão com os chamados “irmãos” são
muito mais versados nas Escrituras do que os que estão nas denominações. Estou
confiante, querido irmão, de que você irá concordar comigo nisto também, pois
uma das maiores dificuldades que eu e você tivemos em nossas tentativas de
instruir os cristãos em nosso “cuidado pastoral” tem sido sua falta de
conhecimento da Palavra de Deus, devido ao hábito comum de obterem suas “opiniões”
prontas dos pregadores de sua escolha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Seja como for, fico feliz por
poder apoiar minhas conclusões apenas nas Escrituras, pois não temos outro
guia. Se nos permitirmos acrescentar a sabedoria humana abrimos a porta para
todo tipo de corrupção, como a que tem afligido e enfraquecido a Igreja de
Deus. Guardando a Palavra de Deus posso contar com um guia certo e infalível e,
ao mesmo tempo, uma forma de testar cada “sistema eclesiástico” que procure meu
apoio. Também tenho a espada do Espírito, com a qual posso lutar as batalhas do
Senhor neste dia de trevas e abandono da verdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Afetuosamente seu no Senhor,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;">Edward Dennett<o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-67819733937044367562013-08-05T14:22:00.000-07:002013-08-05T14:22:21.680-07:00MINHA DECISAO - Sexta Carta<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SEXTA CARTA<o:p></o:p></span></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNXjP9E8IpTXWqdytLNwy-E88B3uepGED304UuGmr9qyiUnGiJpVGX1GCSdOhCtwPB4X2vfATuWPEe9jGXM6-JEgXLkfEC0NHAj5z4-t2OPj_3AmUSLPpBpCJnBm2sLHT3-wnnGN4sjO_T/s1600/p06plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNXjP9E8IpTXWqdytLNwy-E88B3uepGED304UuGmr9qyiUnGiJpVGX1GCSdOhCtwPB4X2vfATuWPEe9jGXM6-JEgXLkfEC0NHAj5z4-t2OPj_3AmUSLPpBpCJnBm2sLHT3-wnnGN4sjO_T/s400/p06plate.jpg" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Baker Street</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Blackheat, janeiro de
1875<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meu amado irmão,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O exame detalhado que fiz em
minha carta anterior foi preparado entre o anúncio de minha saída e a saída
propriamente dita. Portanto, além da verdade que eu ensinava, que foi
questionada, minhas conclusões quanto ao posto que eu ocupava forçaram-me a
permanecer firme em minha decisão. Se eu quisesse ser fiel ao Senhor não teria
escolha, a não ser fazer-me surdo aos muitos apelos para que continuasse com
minha congregação. Todos os meus interesses, humanamente falando, dependiam de
eu continuar ali, mas não ousei levar em conta tais considerações e passar por
cima das claras indicações da Palavra de Deus. Portanto preguei para minha
amada congregação pela última vez no dia 27 de setembro. No final do sermão
matutino eu lhes disse: “Neste momento eu não poderia, de sã consciência para
com Deus, permanecer aqui, pois desde que anunciei minha saída dediquei-me com renovado
vigor à Palavra de Deus e senti-me compelido a dizer que já não poderia aceitar
as práticas que temos no ministério e na adoração”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quatro dias depois viajei
para a Escócia para passar um tempo quieto e colocar em ordem outras questões
que ocupavam meus pensamentos. Não será fácil esquecer as conversas que tivemos
e as usuais “coincidências” no modo como o Senhor tratou conosco. Nós não apenas
ocupávamos a mesma posição, no que diz respeito ao denominacionalismo, como
ambos ficamos doentes e fomos enviados para o Continente, retornando na última
primavera com o desejo de permanecer com nossas congregações. Mas, por
diferentes motivos fomos compelidos a deixar a posição que ocupávamos. Sem que
tivéssemos combinado isso, nós dois pregamos nossos sermões de despedida no
mesmo dia e depois de uma semana nos encontramos em uma cidade desconhecida.
Que o Senhor nos dê graça e forças para sermos obedientes a toda a Sua vontade!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas permita-me seguir
adiante. Já que eu não poderia aceitar um pastorado entre as denominações, a
questão passou a ser: “Com quais cristãos eu deveria estar identificado?”. Você
irá se lembrar de que eu já acreditava que os cristãos deveriam se reunir no
primeiro dia da semana para partirem o pão. Portanto minha atenção foi mais uma
vez dirigida para os assim chamados “irmãos”, pois eu sabia que, apesar do
caráter bíblico que é geralmente atribuído a esta prática, eles eram os únicos
cristãos (exceto algumas poucas congregações) que se reuniam semanalmente em
torno da mesa do Senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Portanto a primeira coisa que
decidi examinar com maior profundidade foi sua <i>teoria ou terreno de adoração</i>. Isto está em completo contraste com
o que fazem os denominacionais. No meu pastorado, o que chamávamos de adoração
ficava totalmente sob minha direção, e o modo como fazíamos isso não era muito
diferente do usado nas igrejas em geral. Começávamos com uma oração e um
cântico, depois duas leituras da Bíblia divididas por um cântico e uma oração,
depois o sermão, e finalmente um cântico e uma oração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu nunca acreditei que aquilo
fosse adoração. Os crentes individualmente entendiam e desfrutavam da presença
do Senhor, pois a fé pode sempre contar com Sua ajuda. <i>Mas poucos de nós jamais acharam que estávamos adorando como uma
assembleia</i>, pois sabíamos que nossa “assembleia” não era formada apenas
pelo povo de Deus. Além disso, a maioria dos crentes que se reuniam conosco
nunca buscavam qualquer operação do Espírito Santo enquanto estavam reunidos
assim, exceto por aquilo que viesse através do ministro. Portanto, se o
ministro estava cheio do Espírito Santo, ele era o meio usado para ministrar “rios
de águas vivas” para os filhos de Deus; caso contrário haveria uma quase
completa falta de bênção. Sendo assim, o estado espiritual de qualquer
congregação seguindo este modelo era determinado principalmente pela condição
espiritual de seu ministro, <i>pois o
sistema faz com que tudo dependa daquele único homem!</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vejamos o que encontrei como
sendo o princípio ou terreno de adoração, conforme é entendido pelos assim
chamados “irmãos”. Eles estão congregados ao Nome de Cristo, em torno de Sua
mesa, para partirem o pão todo dia do Senhor conforme Ele pediu (Mt 18:20, 1 Co
11:23-26; At 20:7 etc.). Eles simplesmente se reúnem ao redor do próprio
Senhor, em dependência e submissão a Ele como Senhor, sabendo que Ele, que é
fiel ao que prometeu, está presente em seu meio quando reunidos para anunciar “a
morte do Senhor, até que venha” (1 Co 11:26).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Além disso -- e o que é mais
importante-- eles creem que o Espírito Santo, depois de ter sido enviado dos
céus após a ascensão do Senhor Jesus, <i>habita
agora na Igreja de Deus, sendo Ele o poder, tanto para a adoração como para o
ministério</i>. Muitos cristãos creem que o Espírito Santo habita no crente
individualmente, e esta é uma verdade das mais preciosas. Todavia, a verdade em
questão é que <i>Ele também habita na Igreja</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os versículos a seguir podem
ajudar. Ao escrever à assembleia em Éfeso, o apóstolo Paulo diz: “No qual
também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito” (Ef
2:22). Aqui Paulo não está falando do Espírito Santo como o Espírito de adoção
nos crentes, pois ele diz “vós juntamente sois edificados para morada de Deus
em Espírito” -- isto é, <i>juntos</i>, eles
formavam o lugar de habitação de Deus. Paulo nos diz que “a casa de Deus... é a
igreja do Deus vivo” (1 Tm 3:15). Ao escrever aos Coríntios, Paulo também diz: “Vós
sois [repare no plural] o templo do Deus vivente” (2 Co 6:16). Em 1 Co 6:19
encontramos a outra verdade, que os corpos individuais dos crentes são o templo
do Espírito Santo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Temos assim a solene verdade
de que <i>o Espírito Santo está agora na terra
habitando na Igreja de Deus</i>, na qual, conforme o Senhor prometeu, o
Consolador veio habitar conosco para sempre (João 14:16-17). Portanto, onde
quer que os crentes estejam congregados ao Nome de Cristo, entendendo que Deus
considera cada assembleia assim como uma expressão local de toda a Igreja, eles
sabem, com base no testemunho das Escrituras, que o Espírito Santo está em seu
meio, guiando e controlando tudo para a glória de Deus por meio de Jesus
Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Finalmente, os assim chamados
“irmãos” ensinam outra coisa (que têm em comum com outros cristãos, exceto em
sua aplicação): Já que o véu foi rasgado temos “ousadia para entrar no
santuário, pelo sangue de Jesus” (Hb 9:11-14; 10:1-22) -- onde Cristo, nosso
Sumo Sacerdote, já entrou para aparecer na presença de Deus <i>por nós</i> (Hb 9:24), como “Ministro do
santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem”
(Hb 8:2).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São várias as consequências
que decorrem destes princípios fundamentais. Primeiro, os crentes estão
reunidos, não por estarem de comum acordo sobre determinadas doutrinas ou por
pertencerem a uma mesma denominação, mas simplesmente como membros do corpo de
Cristo. Qualquer coisa menos que isto não é expressão da Igreja de Deus, <i>pois deve existir à mesa do Senhor lugar
para todo crente que não esteja sob uma disciplina bíblica</i>. Ao fazer esta
declaração a você, querido irmão, eu reconheço que <i>buscávamos</i> isto, mas jamais teria alcançado, pois alguns com os
quais eu estava associado tinham forte objeção em alguém partir o pão conosco a
menos que fossem da mesma “igreja”. Eles não reconheciam que ser “membro de
Cristo” <i>era a condição para se estar à
mesa do Senhor</i>. [Nota do Editor: Para uma discussão detalhada das
qualificações bíblicas para esta declaração genérica, veja a Oitava Carta].<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Além disso, quando reunidos
como membros do corpo de Cristo, o sacerdócio de todos os crentes é
reconhecido, pois o próprio Senhor é o Centro da reunião. Eu lia com frequência
1 Pedro 2:5, que diz, “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa
espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis
a Deus por Jesus Cristo”. Eu achava que o apóstolo estivesse fazendo alguma
referência ao uso de nosso sacerdócio <i>quando
reunidos</i>. Eu sabia que todo crente poderia agir como um sacerdote em sua
vida privada, mas também via que se um homem fosse ordenado para orar <i>por aqueles reunidos</i>, isto seria, na
prática, uma negação do sacerdócio que é comum a todos e uma forma sutil de
clericalismo. Estou certo de que muitos ministros denominacionais poderão
confessar que a necessidade de serem porta-vozes da congregação é, com
frequência, um fardo intolerável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por outro lado, quando
congregados em redor do Senhor no poder do Santo Espírito, e com todos juntos
se sujeitando em uma comum adoração, o Espírito Santo abre os lábios de um e
outro conforme a Sua vontade, para derramar diante do trono da graça os
sentimentos que Ele próprio colocou em nossos corações. Deste modo, tendo um
Sumo Sacerdote (que não seja um de nós) sobre a casa de Deus, e sabendo que o
Espírito Santo está em nós e no meio de nós como o poder para a adoração, nos
achegamos “com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé...” (Hb 10:19:22).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em terceiro lugar, quando
reunidos nesse terreno de adoração, o único Ministro reconhecido é o próprio
Senhor Jesus que entrou além do véu. É só por intermédio dele que nossa
adoração e louvor sobem a Deus Pai. Assim os nossos olhos são dirigidos a Ele.
Todos sentem que, sendo o Senhor o único Centro da reunião, Ele é também o
único Mediador da adoração que é oferecida em espírito e em verdade, enquanto
os Seus redimidos se regozijam juntamente diante de Deus na perfeita salvação
que Deus operou para eles por meio da dádiva e obra de Seu amado Filho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em suma, a diferença entre os
dois princípios é esta: Os assim chamados “irmãos” estão congregados como
membros do corpo de Cristo, ao Seu Nome, e reconhecendo a presença e o poder do
Espírito de Deus. Os denominacionais, por sua vez, se reúnem por concordarem
com determinadas opiniões acerca da verdade ou de uma posição eclesiástica, em
uma inconsciente negação da presença e do poder do Espírito Santo. Seu modo de
operar acaba atrapalhando a ação do Espírito Santo segundo a Sua vontade
soberana, exceto quando Ele, em terna misericórdia, decide agir por meio desse
modo de operar para a bênção das almas. Em outras palavras, as Escrituras
ensinam que os crentes deveriam estar congregados como membros de Cristo, em
dependência do poder do Espírito Santo que está presente em seu meio. Porém os
denominacionais se reúnem como<i>
dissidentes</i>, buscando por bênção por intermédio do ministro que eles elegeram.
Quando reduzidos aos seus mais básicos elementos, os dois princípios se resumem
a uma crença, ou na presença e ação do Espírito Santo, ou na negação prática
dessa verdade preciosa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu dificilmente espero que
você, querido irmão, esteja preparado para aceitar completamente estas
declarações, mas lhe asseguro que você verá que são bíblicas. Porém, se eu
tiver negligenciado alguma passagem relacionada a esta questão, ficarei grato
se você puder indicá-la, pois o que desejo é descobrir a vontade de Deus acerca
deste assunto. Portanto, minha oração é: “Dá-me entendimento conforme a Tua Palavra”
(Sl 119:169).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Afetuosamente seu, no Senhor,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Edward Dennett</span><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-8091807685831421192013-07-30T03:15:00.000-07:002013-07-30T03:15:12.865-07:00MINHA DECISÃO - Quinta Carta<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">QUINTA CARTA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTVlc9tTELe5UlcLJafJi_tC002aaVKiRIM3Uye_8OMQfQT09QsHlUfQEbSyNkUV_bkLmavfh6BPJVRkWv_Eb16dolQX1rCy0X0VIXuHShiIT1UyCHTHx9PHsCltquxKXrgv9N95ApnZf6/s1600/p05plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="323" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTVlc9tTELe5UlcLJafJi_tC002aaVKiRIM3Uye_8OMQfQT09QsHlUfQEbSyNkUV_bkLmavfh6BPJVRkWv_Eb16dolQX1rCy0X0VIXuHShiIT1UyCHTHx9PHsCltquxKXrgv9N95ApnZf6/s400/p05plate.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Park Lane (from The Park)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Blackheath, janeiro de
1875</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meu amado irmão,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por uma questão de clareza,
vou resumir as conclusões da minha última carta antes de prosseguir. Vimos
que:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1. As Escrituras contêm
apenas uma instância de uma escolha absoluta feita pela igreja. No
entanto, o homem escolhido não era um ancião, mas simplesmente um irmão a quem
foi delegada, por várias assembleias, a tarefa de acompanhar os apóstolos para
ajudar a administrar as contribuições das assembleias (2 Coríntios. 8:18-19).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2. Há apenas uma
instância de seleção de “oficiais da igreja” pela igreja, e o trabalho desses “oficiais”
era o de “servir às mesas”. Apesar de terem sido selecionados pela igreja,
na verdade eles foram separados para o seu ofício pelos apóstolos (Atos 6).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">3. Não há qualquer
instância da seleção de <i>anciãos </i>por parte da Igreja<i>,</i> seja
por voto ou não. Em todos os casos eles foram nomeados, ou pelos apóstolos,
ou sob sua direção e autoridade (Atos 14:23, Tito 1:05, etc).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">4. Com base nestes fatos
concluímos que, a menos que tenhamos apóstolos ou autoridade apostólica, não
temos fundamento bíblico para a nomeação de anciãos ou bispos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Você poderia dizer que em 1
Tm. 3 e Tito 1 temos essas orientações apostólicas e a autoridade
necessária. Mas, essas “orientações” não foram enviados às igrejas, e sim a
indivíduos -- os mesmos indivíduos, Timóteo e Tito, que estavam agindo sob a
direção do apóstolo e, portanto, necessitavam das instruções dadas ali. É
muito significativo que, no caso de Tito, as qualificações para o bispo
(ancião) seguem a orientação dada para “ordenar anciãos em cada cidade.” Assim,
a própria inclusão destas instruções mostra que, a menos que fosse uma autorização
dada pelo apóstolo a nós, individualmente, para nomear anciãos, a igreja, ao
fazê-lo, está tomando sobre si uma função que pertencia exclusivamente ao
ministério apostólico. Portanto, devemos concluir que o método de nomeação
de ministros nas denominações não é bíblico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Estou convencido de que há
centenas de homens piedosos nas denominações que se sentiriam gratos se vissem
esta conclusão. Apesar de terem aceitado as tradições das denominações a
respeito deste assunto, acabaram descobrindo que é difícil conciliá-las com a
sua crença na sabedoria divina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Suponhamos, agora, uma “igreja”
que estivesse sem um ministro. O que ela faria? Antes de tudo, perguntariam
a homens influentes para que indicassem alguém que fosse capaz de <i>agradar
a igreja.</i> Também seriam analisados currículos de ministros “itinerantes”. No
devido tempo seria feita a seleção de um ou mais candidatos, que seriam
convidados a pregar por várias semanas para serem testados. Então a igreja
se reuniria para discutir os méritos de cada candidato. Finalmente, reunidos
tanto o crente de mais idade quanto o bebê em Cristo, e todos considerados como
estando no mesmo nível para julgar, seriam avaliadas as qualificações
espirituais dos candidatos. Em seguida seria organizada uma
votação. Se a maioria votasse a favor do candidato, ele seria convidado a
exercer o pastorado (apesar de ter sido testado apenas como pregador) e o
candidato aceitaria ou rejeitaria o convite conforme sua própria vontade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu tinha tudo isso em mente enquanto
reexaminava o assunto. Talvez isso tenha me ajudado a chegar a uma
conclusão imparcial, e digo “imparcial” porque minha própria posição estava
envolvida. Cheguei à conclusão de que o ministro, nomeado do modo como é
feito entre os denominacionais, carece totalmente de fundamentação bíblica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Até então eu havia acreditado
que existiria alguma semelhança entre o ofício de um ministro denominacional e o
do presbítero ou bispo das Escrituras. Mas logo vi que há pouca ou nenhuma
semelhança entre essas duas coisas, <i>pois, nas Escrituras, sempre é feita
uma total distinção entre o ofício e o dom.</i> Se por um lado havia a
nomeação para <i>o ofício (de bispos ou anciãos) </i>pelos
apóstolos, <i>aquele que possuía um dom era o único responsável perante o
Senhor para utilizá-lo e nunca era nomeado para exercer seu dom, nem pelos
apóstolos, nem pela assembleia.</i> Veja Rom. 12:6-8 e 1 Pedro
4:10-11. Consequentemente, nunca é dito na lista dos dons em
Ef. 4:11-12 que o Senhor tenha dado “anciãos”, apesar de apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores e mestres serem todos citados ali. <i>Via
de regra, os anciãos eram nomeados, portanto exerciam um ofício, mas os que
possuíam dons os tinham recebido para a edificação dos santos, e eram responsáveis
por usá-los para este fim, em obediência a Deus, de quem seus dons tinham vindo.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas isto não pode ser
praticado entre os denominacionais, pois, numa evidente oposição à clara
distinção feita pelas Escrituras, nas denominações o uso de um dom está
associado à eleição da pessoa para exercer um ofício. Por esta razão um
ministro denominacional é chamado de ancião ou bispo. Ele é também chamado de
pastor, e ao mesmo tempo espera-se dele que seja um mestre e também um evangelista.
Na verdade, <i>ele é visto como a soma total
de todos os dons e ofícios</i>, exceto o ofício de diácono. Não é estranho que
tenhamos ficado por tanto tempo contentes com um sistema assim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Descobri outra dificuldade --
a do “ministério de um só homem”. Mesmo que todo o resto fosse deixado de lado,
este teria sido um problema insolúvel. Descobri que não existe um único
versículo que fale de <i>um</i> ancião ou <i>um</i> bispo da igreja; tampouco o termo é
usado no singular em qualquer um destes casos, exceto nas epístolas pastorais
nas quais são as <i>qualificações</i> do
ofício que estão sendo detalhadas. Em Atos 20:17 diz que Paulo chamou “...os
anciãos da igreja”; em Atos 14:23 vemos escolhidos “...anciãos em cada igreja”;
em Filipenses 1:1 vemos “...com os bispos”; em Tito 1:5, “...de cidade em
cidade estabelecesses presbíteros”; em 1 Pedro 5:1, “aos presbíteros, que estão
entre vós” etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Portanto, é impossível
conseguir justificar a partir das Escrituras este método sem fundamento de se
eleger <i>um</i> ancião ou bispo para “presidir
a igreja”. Na verdade, nas denominações sequer existe a preocupação de se
fundamentar tal prática, pois lembro-me de estar participando de um jantar com
ministros congregacionais, quando um deles começou a condenar as práticas dos
chamados “irmãos”. Eu o interrompi e perguntei: “Você tem certeza da posição
que você próprio ocupa? Mostre-me sua justificativa bíblica para a existência
de um ministério de um homem só”. Ele respondeu: “Isso pode ser facilmente
demonstrado”. Mas a única passagem que conseguiu encontrar foi Apocalipse 1:20,
que diz: “As sete estrelas são os anjos das sete igrejas”. As outras passagens
que citou também não podiam ajudar. Este exemplo demonstra, não apenas que tal
prática é indefensável, mas também <i>como é
fácil sermos levados a assumir posições solenes e responsáveis sem a direção da
Palavra de Deus.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A verdade é que se buscamos a
glória de Deus, devemos procurar nos separar do mal, tanto do coração quanto da
posição, e fazer da Palavra de Deus a luz para nossos pés e lâmpada para nosso
caminho, tanto em nosso andar diário como nas práticas e associações da igreja.
Estabelecer na casa de Deus qualquer coisa que não tenha a direção e aprovação
das Escrituras é, na prática, desobediência ao Senhor como Cabeça da Igreja!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Estou certo de que você irá
concordar com estas conclusões das Escrituras, pois me recordo de ocasiões no
passado em que ansiávamos por certas mudanças para que eu e você pudéssemos
desempenhar nosso trabalho sem estarmos limitados por qualquer autoridade que
não fosse a autoridade das Escrituras. Costumávamos dizer que se qualquer coisa
viesse a nos separar de nossa congregação, não seríamos capazes, por motivo de
consciência, de nos oferecermos para pastorear qualquer uma das “igrejas”
denominacionais. A razão era que tínhamos aprendido muito mais do que estávamos
dispostos a reconhecer. Por isso estávamos insatisfeitos e desconfortáveis em
meio aos métodos e atividades usuais da “igreja”. Já estávamos fora em
espírito, e apenas precisávamos entender qual era nossa responsabilidade
perante Deus em relação ao que havíamos aprendido dele para estarmos fora
também na prática.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Afetuosamente seu, no Senhor,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Edward Dennett</span><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-79815846547896173012013-07-23T15:12:00.000-07:002013-07-23T15:12:14.483-07:00MINHA DECISÃO - Quarta Carta<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>QUARTA CARTA</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW0LPahMmvBQCfiIzwDrr9Dj60369SYgVm84iapd5VG8mm37MLgnMT23p545rjPjwgAOqmNy-X__UniwD6lp5S2uonLfr1x2kotPKPHshMmt6tR-y-cGPmSCbPbcIPnnt88OF37yk2siXD/s1600/p04plate.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW0LPahMmvBQCfiIzwDrr9Dj60369SYgVm84iapd5VG8mm37MLgnMT23p545rjPjwgAOqmNy-X__UniwD6lp5S2uonLfr1x2kotPKPHshMmt6tR-y-cGPmSCbPbcIPnnt88OF37yk2siXD/s400/p04plate.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Limehouse</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Blackheath, janeiro de
1875<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meu amado irmão,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O efeito da reunião que
descrevi em minha última carta foi inesperado e maravilhoso. Senti-me como
um pássaro que tinha acabado de escapar de uma gaiola, tão grande era minha
liberdade e a liberdade de minha alma. Além disso, as verdades que não
estavam claras em minha mente iam se solidificando pela influência daquela
reunião e brilhavam como tesouros recém-descobertos. Por isso, quando insistiram
que eu permanecesse com minha congregação garantindo que eu poderia pregar tudo
o que o Senhor me revelara, eu já não poderia fazê-lo, mesmo tendo um grande
apreço pelas almas que me haviam sido dadas por meio do evangelho. Os
laços que a comunhão cristã havia criado me ligavam a muitos crentes. Além
disso, humanamente falando, a manutenção das necessidades temporais dependia de
minha continuidade em minha função. Mas mesmo estas coisas não poderiam me
chamar de volta ou me fazerem retroceder naquilo que eu havia falado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Após proferir as verdades apresentadas
em meu relato, senti que deveria agir em conformidade com elas. Comecei a
buscar uma função que pudesse passar no teste da Palavra de Deus. Além
disso, depois de ter manifestado em público o meu pesar pela publicação de meu
livro, senti que também deveria contar isso àqueles contra quem ele foi
escrito. Sendo assim, escrevi uma breve carta ao Sr. William Kelly -- alguém
bem conhecido entre os chamados “irmãos” -- comunicando o que eu havia feito e
expressando minha tristeza por ter publicado meu panfleto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Isto feito, eu estava livre
de todos os embaraços. Busquei então a ajuda de Deus para ter fundamento nas
Escrituras em tudo o que estivesse relacionado à minha posição, para que no
futuro eu pudesse estar congregado corretamente, pois a posição exata que eu deveria
assumir em minha separação de minha congregação ainda me era incerta . Meu
único desejo era conhecer a vontade do Senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A primeira coisa que examinei
foi o “ministério”, na forma como é praticado pelos “dissidentes” [N. do T.: Na
época a expressão identificava as denominações que não seguiam a Igreja
Anglicana]. Durante anos eu e você fomos conhecidos como ministros dissidentes,
embora não estivéssemos dispostos a aceitar o nome. Por quê? Posso
responder apenas por mim mesmo. Depois de ter confessado a Cristo, eu
tinha um grande desejo de “entrar no ministério.” Eu era jovem e sem
instrução, e de acordo com a prática de nossa denominação (Batista), procurei
uma das faculdades existentes para me preparar. Recomendado por dois
ministros, embora eu só tivesse pregado uma vez, sem que nenhum deles tivesse
me escutado, fui aceito para os habituais quatro anos de curso. Estudei
muito, <i>mas não as Escrituras,</i> embora estas tivessem seu lugar como
algo secundário aos outros estudos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Formei-me bacharel no final
do terceiro ano, mas enquanto aguardava os exames finais peguei a febre tifoide
e fui incapaz de continuar minha licenciatura. Depois de meses de fraqueza, recuperei-me
pela bênção de Deus. Faltavam cerca de seis meses de estudo. Ao final
de três meses, fui convidado a pregar, como um teste, e no final de minha
pregação a “igreja” se reuniu para discutir meus méritos como
pregador. Então, <i>por votação, fui</i> eleito por unanimidade
para ser o seu pastor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não vou aqui discutir o <i>método
de preparação de</i> jovens para o ministério, embora ele esteja repleto
de muitos males e seja completamente injustificado pelas Escrituras. Vou
limitar-me a uma pergunta: “Existe qualquer autoridade bíblica para a eleição
de um “ministro” por votação da igreja?” Esta foi a pergunta que, com a
Bíblia na mão, eu procurava responder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Abri primeiro em Atos 6,
onde encontramos algo parecido com a “eleição” dos ofícios da igreja pelos
crentes em comunhão (v. 5). Porém, observe que ali há várias
coisas. Em primeiro lugar, apesar de terem sido escolhidos pela multidão,
foi pela direção dos apóstolos, que a nomeação foi confirmada, se é que não
tenha sido feita diretamente pelos apóstolos (v. 6). Em segundo lugar,
apesar de terem sido escolhidos pela multidão, a palavra usada para indicar, ou
o ato de sua escolha, revela uma simples escolha, e não uma votação. Em
terceiro lugar, as pessoas escolhidas para ocupar os “ofícios” não eram anciãos
ou bispos, mas foram nomeadas apenas para atender a distribuição diária de mantimento
para as viúvas -- eram pessoas que serviam às mesas (vv. 1-3). Depois Estêvão
pregou a palavra no poder do Espírito Santo, mas ninguém afirma que esta tenha
sido uma consequência de sua nomeação para servir às mesas. Assim, nada
neste capítulo corrobora para a eleição de “pastores” ou “ministros”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Examinei então Atos 14:23,
que vai mais direto ao ponto. Lemos ali de Paulo e Barnabé “anciãos eleitos
em cada igreja”. Nas Escrituras, “anciãos” e “bispos” são uma mesma coisa. Os
dois termos indicam uma mesma função, e o ofício de um ministro denominacional
é tido como assumido em obediência a isto. Se estes “anciãos” eram
nomeados pelo voto da igreja, então poderia haver uma justificativa para a
prática adotada pelas denominações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A prova de que as palavras “anciãos”
e “bispos” indicam o mesmo ofício é encontrada em Atos 20:17, onde Paulo manda “chamar
os <i>anciãos</i> da igreja” Ao abordá-los,
ele diz no versículo 28: “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que
o Espírito Santo vos constituiu bispos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Voltando a Atos 14:23, vejamos
quais são as palavras exatas usadas. Literalmente está assim: “E,
havendo-lhes... eleito anciãos”. Até ali eu acreditava, conforme havia sido
ensinado, que a palavra traduzida como “eleito”, significava “designado pelo
voto da igreja” -- ou seja, pela contagem das mãos levantadas -- e, portanto,
que primeiro a igreja selecionava esses anciãos por voto, e em seguida os
apóstolos confirmavam ou ratificavam a escolha que a igreja tinha feito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se aceitarmos, por um minuto,
que este pudesse ser o significado da palavra usada, peço-lhe, querido irmão,
que pondere se este é o método usual para se interpretar uma linguagem. O
contexto mostra que o particípio traduzido por “havendo eleito” refere-se
apenas à ação dos apóstolos, e que o pronome traduzido como “lhes”, refere-se “a
eles” ou “para eles”, ou seja, aos discípulos que havia em cada igreja. Portanto,
é evidente que, independente do significado da palavra “eleito”, <i>estamos
falando aqui de algo que os apóstolos fizeram para as igrejas.</i> Todavia,
se você insistir que a palavra realmente transmite o significado de “votação
pela igreja”, eu responderia imediatamente, e sob a autoridade desta passagem
que, se a igreja tivesse votado, <i> nenhuma nomeação seria válida se não
fosse mediante a presença e ação dos apóstolos!</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas será que é este o
significado da palavra “eleito”? A mesma palavra grega só ocorre em dois
outros lugares no Novo Testamento, uma vez na mesma forma, e outra combinada
com uma preposição de “tempo”, o que deixa o significado da palavra inalterado. Em
2 Coríntios. 8:19 o apóstolo Paulo fala de um irmão cujo louvor no
evangelho era conhecido por todas as igrejas, e diz: “E não só isto, mas foi
também <i>escolhido</i> (a mesma palavra
traduzida como “eleito” na outra passagem) pelas igrejas para companheiro de
nossa viagem, nesta graça...” Aqui, as igrejas fizeram a indicação, mas não
temos nada além do próprio termo para indicar o <i>método</i> de escolha. No
entanto, esta não é a escolha de um ancião, mas apenas de um enviado pelas
assembleias para, juntamente com o apóstolo, encaminhar as contribuições -- uma
coisa totalmente diferente!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A outra passagem está em Atos
10:40-41: “A este ressuscitou Deus ao terceiro dia, e fez que se manifestasse,
não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes <i>ordenara</i> (no original é a mesma palavra)”. Acaso o uso da palavra
nesta passagem não prova o seu significado? Usada em conexão com Deus, é
impossível associá-la a qualquer ideia que não seja de uma <i>escolha</i> ou <i>indicação</i>
direta. Portanto, esta passagem deveria controlar nossa interpretação das
passagens que apresentem alguma dúvida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Volto a dizer que a palavra “eleito”
é usada apenas em um lugar em conexão com a escolha de anciãos ou bispos (o
ofício que os ministros das denominações alegam possuir), e mesmo nessa
passagem <i>a ação da palavra está aplicada
aos apóstolos, não às igrejas</i>. Portanto, será que alguma mente imparcial
poderia continuar acreditando que a Bíblia autorize a eleição de “ministros”
(anciãos) pela igreja mediante voto, ou que exista qualquer ideia contida na
palavra “eleito” além da de uma simples escolha?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sendo assim, os anciãos nos
versículos citados eram escolhidos pelos apóstolos. Esta é a conclusão à qual a
Palavra de Deus me fez chegar do modo mais relutante. Eu tampouco poderia
encontrar uma desculpa na ordem de Paulo a Tito para que “de cidade em cidade
estabelecesse presbíteros” (Tt 1:5). Primeiro, a palavra “estabelecesse” não é
a mesma que discutimos acima, mas tem o sentido de “estabelecer” mesmo;
segundo, o que Tito fez, ele só o fez por direção e autoridade do apóstolo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Estes são os resultados de
minha investigação. Minha conclusão é que o método de nossa ordenação não teve
autoridade bíblica. Se quiser saber mais sobre este assunto, deixe-me
recomendar “Lectures on the Church of God”, por William Kelly. Todavia, você descobrirá
que as Escrituras já são mais que suficientes para demonstrar a precisão das
conclusões que apresentei acima.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Afetuosamente seu, no Senhor,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Edward Dennett</span><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-28481468666906282832013-07-19T12:12:00.000-07:002013-07-19T12:12:28.829-07:00MINHA DECISÃO - Terceira Carta<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">TERCEIRA CARTA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghUbGD8_SdcZThPu7wQOVNqGWxbT32oKzEed2blK90MeDsSioCvyZphKLHA2oZT6TETjVi0ra8sRRywDKJzySMA_7OFVgSB0FxIdNfAz19Vylq3S66BogocvZ6DzyyXw0dOnAjvtthLNnk/s1600/p03plate-St+Martins+Porch.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghUbGD8_SdcZThPu7wQOVNqGWxbT32oKzEed2blK90MeDsSioCvyZphKLHA2oZT6TETjVi0ra8sRRywDKJzySMA_7OFVgSB0FxIdNfAz19Vylq3S66BogocvZ6DzyyXw0dOnAjvtthLNnk/s400/p03plate-St+Martins+Porch.jpg" width="310" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Saint Martin's Porch</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Blackheath, janeiro de
1875<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meu amado irmão,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao retornar para a
Inglaterra, mais uma vez teve início o meu ministério. Por eu ainda estar
fraco, minha amada congregação gentilmente permitiu que eu pregasse apenas uma
vez, no dia do Senhor, e através das misericórdias de nosso Deus e Pai eu era
capaz de fazer isso com relativa facilidade e muita alegria. Acredito que
nunca antes havia sentido tanto a presença de Deus e o poder do Espírito Santo
na pregação da Palavra. A razão, sem dúvida, foi que nunca antes havia tantas
orações elevadas a Deus para que a força do Senhor pudesse ser aperfeiçoada em
minha fraqueza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Independe de todas essas
experiências felizes, o Senhor estava prestes a fazer com que eu deixasse aquela
posição. Você está ciente do rumo peculiar em que fui guiado, portanto
sabe que não dei o passo de minha própria vontade, mas fui forçado a agir pelas
influências que vinham de fora. Convoquei uma reunião de crentes e li para eles
um texto que continha as principais verdades que eu professava naquele
momento. Transcrevo abaixo uma parte dele que ajudará a explicar as
mudanças que fui levado a fazer. Depois de citar algumas referências pessoais,
continuei o texto assim:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Dizem que ensinei doutrinas
dos chamados ‘irmãos de Plymouth’ no último dia do Senhor. Acontece que em duas
ocasiões anteriores expressei exatamente os mesmos pontos de vista e, ao que me
consta, não houve uma única reclamação. Porém, a pergunta mais importante é: ‘Será
que preguei verdade ou erro? Pelo fato de os católicos confessarem a
divindade do Senhor Jesus, deveria eu rejeitar esta doutrina tão verdadeira e
abençoada? Todavia, confesso que não concordo em grande parte com as doutrinas
geralmente associadas aos chamados ‘irmãos’. Há treze anos, quando comecei meu
ministério aqui, eu era um ótimo estudante e lia muitos livros. Mas o Senhor
gradualmente me mostrou que, com o Espírito Santo como Guia e Mestre, a Bíblia é
autossuficiente para a instrução do homem de Deus (João 14:16-17). Assim, o
número de livros que eu lia tornou-se cada vez menor. Agora as Escrituras
são a minha principal companheira e meu único livro-texto para o púlpito”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“O resultado disso foi que precisei
rejeitar a maior parte dos pontos de vista que eu tinha aprendido, e tive de
confessar que muitas das doutrinas dos chamados ‘irmãos’ estavam de acordo com o
pensamento de Deus. Por exemplo, vi que é correto congregar no dia do Senhor simplesmente
como cristãos para partir o pão. Também, no que diz respeito à verdade
dispensacional, embora eu discordasse dela em alguns pontos importantes, concordava
com eles em suas linhas gerais, como, por exemplo, no retorno pré milenar de
Cristo, na primeira ressurreição dos crentes, no arrebatamento dos santos e em
sua associação com Cristo na glória de Seu reino milenar. Também concordava com
uma restauração e conversão dos judeus e uma conversão do mundo, não pela
pregação do Evangelho, <i>antes</i> da segunda vinda de Cristo,
mas <i>depois da</i> volta do Senhor, quando Deus dará ‘uma linguagem
pura aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor, para que O sirvam com
um mesmo consenso’ (Sofonias 3:9). Também concordo com eles, de um modo geral,
no seu ensino relativo à posição e ao andar dos crentes, sua separação do
mundo, e a habitação do Espírito Santo. Tenho discordado deles em outros
pontos. Não fosse este o caso, creio que teria tido a graça de estar unido a
eles. Se eu tivesse sido plenamente convencido do terreno que adotam para a
adoração e o ministério, teria sido meu o prazer de buscar glorificar a Deus em
obediência à Sua vontade”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“E vou mais longe. Muitas
vezes eu já disse em conversa com amigos que, em algumas circunstâncias, eu
preferiria estar com os chamados ‘irmãos’ do que com outros cristãos. Mesmo
agora, se eu estivesse em um lugar onde nenhuma verdade definitiva fosse ensinada,
eu iria procurar o privilégio de ter comunhão com eles no partir do pão”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“Sempre expressei meu arrependimento
por ter escrito o livro contra os ‘irmãos’, pois logo descobri que os
unitarianos, clérigos e outros ministros pelos quais eu não nutria a menor
simpatia estavam usando meu livro para promover sua causa. Senti, portanto, que
estava no campo errado e envolvido com o erro. O livro foi também citado em
jornais e artigos para apoiar opiniões que eu rejeitava por completo. Daí eu
expressar minha profunda tristeza de ter um dia publicado tal obra, apesar de
naquele momento ela conter minhas mais sinceras convicções. Nestes dias de
mundanismo e erro eu preferiria muito mais ver cristãos com os chamados ‘irmãos’
do que na Igreja da Inglaterra ou com muitos independentes e batistas.
Aproveito esta oportunidade para dizer que agora não concordo com afirmações e
opiniões que meu livro contém”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Portanto, querido irmão, este
era o teor do texto que li na ocasião. Depois de lê-lo anunciei que, uma
vez que meu ensino havia sido colocado em dúvida, eu renunciaria a meu
pastorado. Voltei para casa com um gozo no coração como há muito eu não
experimentava, pois senti que o Senhor havia aberto uma porta para eu poder
apresentar claramente toda a verdade que confessava. Eu tinha certeza de que, quaisquer
que fossem as provações que minha fé viesse a sofrer relacionadas à separação de
minha congregação, Aquele que havia me falado tão claramente me daria a graça
de ser fiel e a força para o testemunho para o qual eu pudesse vir a ser
chamado, além da capacidade de seguir adiante, embora o caráter do caminho no
qual eu estava entrando estivesse totalmente escondido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Afetuosamente seu, no Senhor,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Edward Dennett</span><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-39838267926982018882013-07-14T15:16:00.002-07:002013-07-14T15:26:07.179-07:00MINHA DECISÃO - Segunda Carta<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">SEGUNDA CARTA</span></b><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgypLaLmyKmx1T53rsBoV-Wc0keyjDip84eiuXo7-XR1w9A1Cx_ttboBYFMLc9hfhWvsx-FRD-zoauP_xCEIwDZoaG1J3Be00niS32Qhpum7UTWP7IzRx1YcnDws4wQqA7smYfOg-2y8PKQ/s1600/p02plate-London+streets.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgypLaLmyKmx1T53rsBoV-Wc0keyjDip84eiuXo7-XR1w9A1Cx_ttboBYFMLc9hfhWvsx-FRD-zoauP_xCEIwDZoaG1J3Be00niS32Qhpum7UTWP7IzRx1YcnDws4wQqA7smYfOg-2y8PKQ/s400/p02plate-London+streets.jpg" width="400" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">London streets</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Blackheath, janeiro de
1875.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meu amado irmão,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quão misericordioso é o
Senhor para esconder de nós o futuro. Meu receio é que se tivéssemos visto
o caminho que havia diante de nós, nossas orações teriam morrido em nossos
lábios. Como o Senhor responde às nossas orações? Em ambos os casos
foi por meio de uma doença. Eu fui o primeiro a ser afligido, em
outubro de 1872. Após ter me recuperado um pouco, empenhei-me em meu
trabalho até março de 1873. Aquele período de fraqueza foi o mais
fértil de meu ministério na conversão de almas. Era, portanto, meu mais
sincero desejo permanecer em meu posto de ministro Batista, mas o Senhor iria
me enviar para o deserto para uma longa temporada a fim de que eu perscrutasse
meu coração em Sua presença.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por ter ficado muito doente,
fui enviado para o continente para um seis meses de descanso, período que
acabou se estendendo por treze meses até eu voltar. Embora o Senhor já tivesse
me separado de minha congregação, eu alegremente me recordo de como eles
ministraram para minhas necessidades ao longo daquele período. Que o
Senhor possa reembolsá-los abundantemente, pois fizeram aquilo como a Ele
próprio na pessoa de Seu servo. Ele, “segundo as suas riquezas, suprirá todas
as suas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Filipenses 4:19).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Antes de apresentar os
exercícios que tive durante a minha estadia na Suíça, deixe-me olhar para frente
alguns meses. Não muito tempo depois de eu ter partido, a sua saúde também
falhou e você também foi para o continente onde, inesperadamente, nos
encontramos em Lausanne. Você sabe como fiquei impressionado com essas “coincidências”
no modo como o Senhor nos tratou! Assim, sugeri considerarmos se poderia
existir algo em nossa posição e ensino que tivesse trazido sobre nós a amorosa
disciplina do Senhor, e que talvez pudesse ser a intenção do Senhor nos
corrigir e nos levar a uma compreensão mais completa da Sua verdade, e a uma
posição mais de acordo com a sua vontade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esta questão veio depois de
muito autoexame e autojulgamento. É natural que a tribulação leve o filho
de Deus a perscrutar seu próprio coração. Portanto, tão logo cheguei ao
continente comecei, em minhas caminhadas diárias e durante as minhas noites insones,
a ter sempre diante de mim a seguinte questão: “Qual seria o propósito do
Senhor naquela aflição?” ou “O que Ele queria me ensinar?”. Resolvi
não descansar até descobrir a razão de Sua mão pesando sobre mim. Por isso,
examinei e reexaminei os métodos de trabalho que estava acostumado a usar, as
verdades que ensinava, e a posição que ocupava. Deixe-me brevemente detalhar os
resultados de minha investigação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em primeiro lugar, ponderei
sobre meu livro contra “os irmãos”. Logo depois de ter sido publicado eu já
tinha lamentado a sua publicação, pois embora eu acreditasse em tudo o que
tinha escrito, eu sinceramente admirava aquilo que conhecia dos assim chamados “irmãos”. Eu
admirava seu caminhar separado, sua simplicidade de vida e seu amor pela
Palavra de Deus e pela Pessoa de nosso amado Senhor. Fiquei triste por
tê-los ferido e, por causa de meu livro, fechado todas as portas de comunhão
com eles. Além disso, questionei se eu tinha sido justo em criticar
citações tiradas do contexto; se, na verdade, eu tinha honestamente procurado
determinar o seu significado real e, em seguida, testá-las pelas Escrituras. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Portanto, muito antes de
deixar a Inglaterra, parei de promover meu livro. De posse de informações
mais autênticas sobre muitos dos pontos que eu tinha abordado, e tendo sido
forçado a renunciar, depois de examinar as Escrituras, algumas doutrinas que eu
tinha defendido no livro, eu me sentia obrigado não só a retirar o livro do
mercado, mas a confessar que eu já não podia concordar com todas as declarações
que fizera nele. Eu também havia decidido que, na primeira oportunidade, diria
isso publicamente e expressaria minha tristeza pela publicação do livro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em seguida, eu examinei
minha <i>prática</i> à luz de meu ensino. Será que eu tinha sido
coerente? Eu tinha que admitir algumas discrepâncias importantes. Eu havia
pregado por muitos anos que os crentes deviam estar congregados<i>, como
crentes</i> no dia do Senhor, para “partir o pão”. Eu também conhecia
o mal que havia no costume de se alugar bancos na congregação. Mesmo sem levar
em conta a inexistência de fundamento bíblico para tal prática, eu havia percebido
que os crentes pobres tinham de se sentar onde pudessem, por mais desconfortável
que fosse, pois os incrédulos em condições de pagar podiam escolher seus assentos. Eu
havia expressado com frequência as minhas convicções sobre estes pontos e, por
conseguinte, sentia-me satisfeito apenas com meu testemunho contra tal prática.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas a falha era minha. Eu
era responsável pelas verdades que o Senhor me revelara. Assim, eu era
responsável, na fidelidade a Deus, por colocá-las em prática. Eu havia
negligenciado isso, mas agora Deus me concedia a graça de confessar meu erro e
buscar forças para ser fiel quando retornasse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Depois testei as <i>doutrinas</i> que
tinha pregado à luz das Escrituras. Aqui também descobri motivos para me
arrepender. Eu havia ensinado a mortalidade do corpo humano do Senhor, no
sentido de que tal corpo iria necessariamente morrer. Eu não estava ciente
dos erros que associados a esta doutrina, caso contrário eu a teria evitado e ficado
horrorizado com ela. Um estudo mais aprofundado mostrou-me que o corpo
humano do Senhor era mortal, <i>mas apenas no sentido de ser capaz de
morrer, e não de maneira alguma, como estando sob a necessidade da morte!</i> Perseverar
em tal ideia seria atacar os próprios fundamentos do sacrifício expiatório do
Senhor na cruz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A vinda do Senhor para os
Seus santos também ocupou a minha atenção. Eu havia sustentado que, embora
sua vinda fosse pré-milenar (antes do reino de mil anos do Senhor sobre a
terra), eu inseria eventos intermediários antes do “arrebatamento” dos
santos. No meu pensar, a Igreja teria de passar pela grande tribulação e,
portanto, estar na terra durante o reinado do Anticristo. Dediquei todo o
inverno debruçando-me sobre este assunto. Busquei as Escrituras junto com
outros cristãos e, finalmente, conclui que a Igreja não estaria na “tribulação”
-- o período que ocorre entre a vinda do Senhor nas nuvens para os crentes (“Arrebatamento”)
e seu retorno à Terra para reinar (Sua Vinda). Percebi, por exemplo, que
Mateus 24 não se aplica à Igreja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com grande alegria percebi
que o crente tem o privilégio de diariamente esperar a volta do Senhor. Há
muito eu tinha uma convicção secreta de que, a menos que fosse assim, muitas
das exortações das Escrituras quanto a “esperar” e “vigiar” tinham pouca força,
e que essa expectativa deveria exercer, no poder do Espírito Santo, a mais
abençoada e santificadora influência sobre a alma do crente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha mudança de ponto de vista
sobre este assunto me ajudou a modificar vários outros pontos. Isso esclareceu
para mim a “natureza” e “vocação” da Igreja; o contraste entre a esperança
terrena do judeu e a esperança celestial do crente, e entre o “reino” e a “Igreja”. Aquilo
me levou a corrigir meu entendimento de outras verdades decorrentes desta
verdade. Todavia, naquele momento não fui mais longe que isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Embora durante o inverno, em
leituras bíblicas e conversas com amigos, eu achasse difícil defender as “práticas
eclesiásticas” da denominação com a qual eu estava associado, permaneci na
posição que ocupava nela. Com as exceções acima, eu não tinha alterado qualquer
princípio fundamental -- ao menos nada que afetasse a minha continuidade no
posto que mantido por tantos anos. Se eu tinha qualquer ideia de alterar a
minha posição, a simples perspectiva de em breve voltar à minha amada
congregação era suficiente para eliminar tal ideia e restabelecer minha
confiança. Assim, quando finalmente comecei a viagem de volta para casa, meu
único medo era se minha saúde me permitiria retomar o trabalho interrompido por
tanto tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Afetuosamente, no Senhor,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Edward Dennett</span><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-12131788655471773722013-07-12T13:38:00.000-07:002013-07-14T15:26:18.088-07:00MINHA DECISÃO - Primeira Carta<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">PRIMEIRA CARTA</span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiVoWRsjmbqsqEZYOsP3rP_PkmTqU52hiFCGaZNg28XwuTvzzAeobTLPdiIyjPIomiXh70rduXJT_wgWEAMGGpplNR172cbtnd_cR47BQMOKZHju1ePUtuRkQr58kxutos8cAlrbdgjaM3/s1600/p000c-Boadicea+Westminster+Bridge.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiVoWRsjmbqsqEZYOsP3rP_PkmTqU52hiFCGaZNg28XwuTvzzAeobTLPdiIyjPIomiXh70rduXJT_wgWEAMGGpplNR172cbtnd_cR47BQMOKZHju1ePUtuRkQr58kxutos8cAlrbdgjaM3/s400/p000c-Boadicea+Westminster+Bridge.jpg" width="306" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Boadicea Westminster Bridge</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Blackheath, janeiro de 1875.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Meu amado irmão,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sua carta era tão cheia de
protestos suaves e amorosos, e nossa amizade foi tão próxima, que lhe devo uma
explicação detalhada da razão de eu mudar minha posição. Uma vez que muitos
outros também perguntaram por que eu, que escrevi um livro contra os
chamados “irmãos”, mudei tanto de opinião ao ponto de me identificar com eles,
espero que você não se oponha à minha intenção de responder através destas
cartas endereçadas a você.</span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Antes de tudo, deixe-me
lembrar de nossa associação no passado. Há cerca de seis anos nossa amizade foi
formada, a qual continuou e cresceu mais profundamente com o tempo, provando
que a bênção do Senhor estava sobre ela. O início dessa amizade já era uma
previsão de sua natureza e caráter, pois ela surgiu a partir da comunhão que na
época parecia ser a verdade. Nominalmente, éramos ministros Batistas, mas em
espírito e na prática, estávamos tão fora da denominação batista que não éramos
vistos com bons olhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por quê? Porque tínhamos sido
libertados das restrições da teologia e simplesmente valorizado as Escrituras
como a verdadeira Palavra de Deus. Depois de termos aprendido algo das verdades
dispensacionais, da posição distinta da Igreja de Deus, e tendo ensinado sobre
a posição perfeita que o crente desfruta diante de Deus por meio da morte e
ressurreição de Cristo, da natureza divina de nosso chamado, da morada pessoal
do Espírito Santo no crente, do retorno do Senhor para os Seus santos antes do
milênio, e do glorioso reino milenar do Messias (1000 anos) etc, encontramo-nos
fora de harmonia com nossos colegas ministros, ao ponto de ficarmos receosos de
convidá-los para pregar em nossos púlpitos, para evitar que viessem a
contradizer nosso próprio ensino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em uma honesta discordância
de todo denominacionalismo, não podíamos apoiar nossas sociedades, e por isso
nos mantivemos longe dos procedimentos políticos de grande parte das reuniões
da denominação. A consequência foi que você e eu, quando presentes, estávamos
sozinhos nessas reuniões, e sobre nós pesava fortemente a suspeita de uma
tendência ao "brethrenism"*. Nossa posição era bem conhecida e nosso
isolamento quase total.<span style="color: #666666;"> [*N. do T.: Referência ao movimento dos irmãos
congregados somente ao nome do Senhor.]</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como resultado, nos entregamos
mais plenamente à obra do Senhor, nos esforçando em proteger nosso povo tanto
quanto fosse possível das “influências denominacionais”, para treiná-los a
estudarem por si mesmos as Escrituras e edificá-los com a verdade de Deus. O
Senhor graciosamente abençoou nosso trabalho. Ele nos incentivou por meio de muitas
provas da Sua graça. De fato, até o final de 1872, eu e você tínhamos muitos
motivos para agradecer, pois raramente passava um mês sem que pessoas fossem
levadas a Cristo pela pregação do evangelho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quantas vezes nós derramamos
nossos corações diante do Senhor em gratidão por Sua grande misericórdia em nos
usar para a Sua glória! Em todas as nossas orações nosso único desejo era o de
sermos transformados em “vasos para honra, santificados e idôneos para uso do
Senhor, e preparados para toda a boa obra, e aptos para o uso do Mestre” (2 Tm.
2:21). Nossas preces foram ouvidas, pois vejo a resposta para nossos clamores
nas experiências dos dois últimos anos. Nosso desejo era o de continuar com o
nosso povo e termos maior bênção sobre nós e sobre o nosso trabalho em seu
meio. Oramos para uma maior dedicação, mas estávamos fechando os olhos para o
fato de que a nossa posição não estava de acordo com a vontade de Deus (e havia
coisas em meu ensino que também não estavam de acordo com as Escrituras).
Portanto, se as nossas orações deviam ser respondidas, isso só poderia
acontecer se nós nos separássemos de tudo aquilo que era mau aos olhos do
Senhor, seja na posição ou no ensino. Ele nos respondeu de acordo com seus
próprios pensamentos de amor, e não conforme a nossa própria vontade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em Cristo, carinhosamente
seu,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Edward Dennett</span><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7132802381672925934.post-76318116875540259552013-07-12T06:31:00.002-07:002013-07-14T15:26:27.260-07:00MINHA DECISÃO - Esclarecimento<b style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">MINHA DECISÃO</span></b><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12.0pt;"><b>Edward Dennett</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcC7cKqy-y5ZRu6MguFX-EOhw3vbjGv-i77w86RjDJR-UkgQpm-sp9rWFvlX9eHbfiLhcz4GbV0UwT9B3RSGAhQI9OOI5iQFTYivaOYKswVi8KJ1pdDykJ1V0PAslpG3VMZIgA6gVORkWX/s1600/DENNETTE.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcC7cKqy-y5ZRu6MguFX-EOhw3vbjGv-i77w86RjDJR-UkgQpm-sp9rWFvlX9eHbfiLhcz4GbV0UwT9B3RSGAhQI9OOI5iQFTYivaOYKswVi8KJ1pdDykJ1V0PAslpG3VMZIgA6gVORkWX/s320/DENNETTE.png" width="227" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Edward Dennett</span></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12.0pt;"><b>Esclarecimento</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12.0pt;">As cartas a seguir,
publicadas com a permissão do amigo a quem se dirigem, não foram enviadas até
terem sido impressas. Quando o amoroso protesto dele chegou às minhas mãos eu quis
responder imediatamente, mas considerando que recebi muitas cartas semelhantes
e consultas pessoais, publiquei minhas respostas, primeiro, para explicar o
passo que tomei; em segundo lugar, para esclarecer qualquer equívoco, e em
terceiro lugar, a fim de retirar publicamente de circulação meu livro contra
os chamados "irmãos"*, aos quais me refiro nas cartas.</span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">[*N. do T.: O autor refere-se
aos “brethren”, também conhecidos por “Plymouth Brethren” e às vezes em
português por “irmãos de Plymouth” ou “irmãos unidos”, para identificar aqueles
que a partir do início do século 19 saíram dos sistemas religiosos para estarem
congregados somente ao nome de Jesus. Nesta tradução usarei “irmãos”, entre
aspas, porém aqueles que assumem tal posição fora das divisões denominacionais
nunca adotaram para si mesmos tal título por considerarem “irmãos” todos os que
fazem parte do corpo de Cristo, sem distinção].</span></blockquote>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt;">Os motivos da retirada de
circulação de meu livro é que descobri que algumas fontes de minhas
informações, usadas quando escrevi o texto, eram indignas de confiança.
Informações mais autênticas me levaram a interpretar as coisas de uma maneira
completamente diferente. Além disso, uma análise das declarações que eu tinha
usado, quando vistas em seu contexto, me convenceu de que eu lhes tinha dado um
significado que não era o pretendido pelo seu autor. Além disso, uma
reconsideração minuciosa de alguns dos pontos de vista que eu mesmo tinha
condenado, levaram-me a concluir que eles eram bíblicos. Sob tais circunstâncias,
eu simplesmente obedeci às indicações da Palavra de Deus e aos ditames da
consciência em confessar o meu erro, e espero que a publicação destas cartas ajudem
a anular os efeitos da meu livro.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12.0pt;">Se aprouver ao Senhor usar
essas cartas para orientar os crentes em um caminho e posição corretos, eu não
poderia ser mais grato. Que elas possam ser usadas para a Sua glória no
bem-estar dos seus santos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12.0pt;">Edward Dennett<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Blackheath, Londres,1875</span><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com